A casa que não compraria...
... a minha!
Ontem esteve cá em casa um amigo de há muitos anos. Tem menos 15 anos que eu, o que equivale dizer que o conheci ainda miúdo. Cresceu, criou família e tem diversas ocupações. Uma delas é comprar e vender casas.
Na nossa conversa de ontem acabámos por falar desse negócio tão em voga como próspero e a determinada altura perguntei qual o valor aproximado da minha casa.
Pediu algumas especificações como área, número de quartos, casas de banho e acima de tudo localização. No telemóvel tinha uma aplicação que dava mais ou menos um valor. Disse-me um!
Assustei-me! Vinte e quatro anos passados e se eu vendesse a minha moradia poderia ganhar três vezes mais do que ela me custou, isto é, os valores do imobiliários estão tão inflacionados e há tanta especulação, que nos dias que correm dificilmente um casal jovem conseguirá adquirir uma habitação.
Poderia optar por fazer uma, provavelmente sairia mais barata, No entanto para tal é necessário ser muito mas muito paciente para lutar contra uma burocracia autárquica que grassa nas edilidades.
Não estou obviamente vendedor, ainda assim tenho algum cepticismo quanto à capacidade de vender a minha casa pelo valor apresentado pelo meu amigo. Diria que é um valor quase grotesco.
Percebo agora porque muitos jovens preferem alugar uma casa! Que também não há!
A gente lê-se por aí!