Nenhum político gosta da verdade. Seja em Portugal, China, Burkina Fasso ou Estados Unidos.
Porque a verdade acarreta consigo sempre ou quase sempre uma certa responsabilidade de insucessos. Nenhum candidato a um governo dirá que irá cortar nas pensões, mesmo que as razões para tal sejam demasiados válidas. Tal como não assumirá qualquer subida de impostos.
Ora do lado de lá do Atlântico o actual Presidente dos Estados Unidos, em plena campanha, jurou a pés juntos, logo que tomasse conta do País terminaria com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Decorrendo já alguns meses a guerra não sõ não terminou como parece estar em crescimento.
Por outro lado Israel continua a sua política invasora e destrutiva na faixa de Gaza, para recentemente entrar em conflito com o Irão, arrastando consigo para o conflito também os Estados Unidos.
Tudo somado já demos conta de como Trump continua a mentir. E jamais deixará de ser um mentiroso. Só que este tem um problema bem mais grave: acredita piamente nas suas próprias mentiras.
Tenho andado a pensar em que estado estarão os dirigentes do PCP agora que Putin parece estar emparelhado com um acéfalo Trump.
Quando há três anos principiou a invasão da Ucrânia por parte da Rússia os países ocidentais correram a colocaram-se ao lado de Zelensky contra Putin. Mas houve quem considerasse a intervenção militar russa como legítima. Diziam que a Ucrânia era chefiada por alguém da extrema-direita e assaz perigosa.
Um dos partidos em Portugal que nunca criticou esta intervenção foi obviamente o PCP, talvez crente que Putin poderia, um dia, fazer renascer paulatinamente a ex-URSS e a respectiva visão política pensada por Lenin.
Passado este triénio bélico e com Donald Trump a apoiar agora Putin e a criticar o Presidente ucraniano, o partido liderado por Paulo Raimundo deve viver momentos assaz bizarros. O PCP tem por hábito estar sempre no lado inverso da lógica política e quem sabe se é por isso que tem vindo a perder deputados.
O que equivale dizer que o PCP vai ter de rever, e de que maneira, a quem entrega os seus apoios, pois de uma momento para o outro tudo se transforma. Ou como diria um antigo Presidente de um clube de futebol: o que hoje é verdade, amanhã é mentira.
Sinceramente creio que Paulo Raimundo deveria perceber mais de futebol!
Se a eleição de Trump trouxe alguma coisa de bom à Europa (repito se!!!) é a pressa com que a maioria dos países europeus de juntaram e reuniram para encontrarem uma solução rápida para uma guerra que nunca deveria ter principiado. E já tem três anos!
Observo estas andanças, resoluções, acordos e desacordos entre Putin, Trump, União Europeia e demais países e pergunto-me qual deles é o mais radical? Recordo que no início da guerra da Ucrânia o presidente russo acusava o presidente ucraniano Zelensky de ser um elemento da Direita. O curioso é que Putin parece dar-se agora às mil maravilhas com um quase lunático chamado Donald Trump defensor até à sua triste medula de medidas anti democráticas.
Será que é desta vez que a guerra entre a Rússia e Ucrânia chega ao final?
Não defendo nem nunca defendi que uma guerra seja o derradeiro meio para dirimir um conflito e muito menos numa altura em que, por esse Mundo fora, crescem cada vez mais mentes deturpadas quanto à política e ao futuro. Sejam estas de esquerda ou de direita.
Portanto gostaria que todos, sem excepção, se entendessem de uma vez por todas. Até porque se um dia houver um conflito bélico a nível Mundial poucos certamente ficarão cá vivos e saudáveis.
Será que alguém já pensou nisso? Obviamente que sim! Mas é provável que julguem que tal nunca irá acontecer.
Sempre pensei que quando chegasse a esta altura da minha vida, iria ter uma vida mais calma, mais repousante. Pois é... enganei-me redondamente!
Para além de andar todos os dias numa roda viva por causa dos que me são queridos como são os netos, filhos, pais começo a sentir algumas fundadas preocupações com o meu futuro e essencialmente o futuro dos mais novos.
Vivemos tempos obnóxios assentes em demasiadas incertezas. Os Estados Unidos que foram, durante muitos anos, o garante da paz na Europa tudo por causa de uma Guerra Fria que terminou sem vencedores nem vencidos, parece ter mudado de trincheira e é ora um foco de problemas tanto para o Velho Continente como para o resto do Mundo.
Entretanto a Rússia e a Ucrânia continuam numa guerra sem tréguas e sem ganhador à vista. No Médio-Oriente os conflitos mesmo esporádicos vêm-se mantendo, para gáudio (óbvio) dos fabricantes de armas e dos extremistas religiosos.
E já nem falo da Coreia do Norte sempre pronta a dar "um ar da sua graça", do problema de Taiwan e da China ou dos permanetes conflitos no coração de África.
Preocupo-me por tudo isto que os meus netos venham a herdar um sentimento de medo que eu sinceramente nunca tive em Portugal.
Tudo somado concluo que este Mundo está realmente muito diferente de há alguns anos. Para pior.
Remato com uma questão simples: como chegámos a este ponto?
Estamos a poucos dias da tomada de posse de Donald Trump. E esta tomada de poder pelo mais polémico candidato que há memória nos Estados Unidos pode originar, para já, duas reacções.
A primeira prende-se com o prometido fim de guerra na Ucrânia, ideia que me surge como quase impossível, basta pensar que do outro lado existe outro louco. A segunda prende-se com uma eventual batalha comercial com a China, com consequências imprevisíveis.
Não tenho qualquer tendência a ser analista politico, mas tendo em conta a minha idade, o que já vi e vivi, ao que terei de somar o que aprendi, diria que os próximos tempos vão ser bem curiosos, acima de tudo por aquilo que se poderá ganhar ou perder com esta nova entrada de Trump na Casa Branca.
Obviamente que os olhos do Mundo estarão quase todos virados para Washington e para aquilo que sairá da cabeça e das mãos do próximo Presidente americano.
Porém e por aquilo que já foi capaz Trump de fazer ou de não fazer, temo que os próximos tempos não nos tragam bons ventos.
Seguindo assim a ideia lançada ao Mundo por muitas entidades logo cedo coloquei na minha varanda uma fralda branca do meu neto mais novo.
Um simbolismo duplo: a alvura que corresponde a uma trégua permanente e ser uma fralda porque neste Mundo tão guerreiro há milhões de crianças a sofrerem, sem o desejarem, com as agruras dos senhores da guerra.
Calculo que esta iniciativa não nos leve a lado nenhum e até seja motivo de troça pelos enormes defensores dos conflitos, mas ainda assim caberá a cada um de nós mostrar como nos sentimos neste Universo.
A PAZ obviamente não interessa aos donos do Mundo, já que a industria do armamento tem muita força e por isso dificilmente os políticos conseguirão reverter as situações de conflito.
Mas cuidado... muitos de nós também enchemos os nossos corações de guerras. Muuuuuuuuuuitas! Demasiadas!
Cada dia que passa neste conturbado Mundo, mais nos aproximamos de um final catastrófico.
Creio que tudo pode ser resolvido se algyuns dirigentes dos países ora em conflito pretederem a paz. O problema é que as fábricas de armamaneto espalhadas por esse Mundo fora precisam trabalhar e is seus proprietários mais ainda de ganhar dinheiro.
A guerra nunca será uma boa maneira de vivermos neste Mundo. Mas a verdade é qiue muitos de nós não vivemos em paz connosco mesmo!
É na política, é no futebol, é nas famílias, é no trabalho... as bravatas sucedem-se e nós sem capacidade de inverter a marcha dos acontecimentos.
Portugal é tão pequeno e tão ínfimo neste canto do Mundo que dificilmente alguém viria aqui atacar-nos... só porque sim! A nossa vizinha Espanha historicamente nossa arquirival durante centenas de anos nem pensa invadir-nos pois só arranjaria mais problemas para cima de si. Já basta Barcelona, País Basco e outras províncias.
Portanto quando a guerra começar a sério (diria que agora são apenas exercícios militares) irá demorara algum tempo até aqui chegar.
Todavia estou plenamente convicto que não estaremos a salvo. Seja na cidade. seja no campo.
Vivemos tempos esquisitos, temerários! Não sabemos como será o nosso futuro, tendo em conta as inúmeras ameaças que pairam sobre todos nós.
Uma guerra à escala Mundial parece já não ser uma mera utopia. Creio mesmo que depois da segunda Guerra Mundial esta será a crise mais grave. Não me refiro exclusivamente à guerra na Ucrânia, nem na Faixa de Gaza, mas numa guerra à escala planetária com demasiados países, muito armados, envolvidos.
Se tal acontecer surgirá uma enormíssima crise alimentar, já que poucos países produzem produtos em enormíssimas quantidades, controlando produções e preços. Com um eventual litígio armado à escala Mundial restariam os pequenos países com ínfimas produções para as necessidades mundiais, o que parece ser demasiado pouco.
Portugal teve durante séculos a base da sua economia assente no secto primário onde se destacava a agricultura. Foi já no século XX que se descobriu no sector terciário a fonte de incremento da nossa economia. Obviamente muito à conta do Turismo e derivados.
Com um conflito bélico este sector ficaria quase parado (recordo a este propósito o que aconteceu e das queixas que se escutaram durante a pandemia!). Com o sector da indústria quase inutilizado restará novamente o sector primário para alimentar as bocas lusas e provavelmente de mais gente.
Hoje olha-se para a agricultura como um sector pobre e de pouco valor e no qual poucos são os trabalhadores portugueses. Optou-se por estrangeiros (em condições, muitos deles, profundamente deploráveis) que trabalham longas horas por uns míseros euros.
Conhecendo eu bem esta vida da terra, sei o que custa andar de sol a sol a sachar batatas, a mondar milho, a escardar oliveiras. Para depois num golpe de azar uma trovoada, um frio atípico estragar a produção de um ano. Sei que muitos agricultores sobrevivem à custa de uns parcos subsídios que por veses mal dá para pagar uma alfaia estragada.
A título de exemplo posso afirmar que já gastei 1000 euros este ano para podar as oliveiras para a próxima colheita. Todavia não sei, como ninguém sabe se terei um, dois ou centenas de quilos de azeitona para fazer azeite.
Com um novo governo em funções seria óptimo que o Ministério da Agricultura olhasse para os pequeníssimos agricultores e cuidasse deles como eles merecem! Não falo para mim... mas há por aí muitos a necessitarem de uma mão governativa.
Finalmente convém não esquecer que sem agricultura não há víveres. E sem estes as pessoas não (sobre)vivem!
Hoje é o primeiro dos últimos! O primeiro dia do derradeiro mês do ano de 2023.
Mas é outrossim o mês do Natal, que deveria, repito deveria, ser uma época de alegria, de partilha e acima de tudo de... Paz!
- Paz num Mundo que não pára de se guerrear;
- Paz nos corações dos soldados da vida;
- Paz nos espíritos permanentemente rebeldes;
- Paz nos dias que vamos desfolhando em cada folha de calendário.
O Dezembro é para os católicos o mês do Advento. Um mês de um novo ano litúrgico e que nos remete para a nossa vida resumida nos passos que demos, nas palavras que (mal ou bem) proferimos, nos gestos que assumimos.
Um mês de alegria infantil com a luz, embrulhos, enfeites e mais uma panóplia de artefactos que enchem os nossos olhos.
Dezembro... o mês da consciência de que vivemos num planeta recheado de contradições e perante as quais somos totalmente impotentes para as reverter.
Finalmente não esqueçamos os desvalidos sejam eles sem-abrigo, idosos ou simplesmente gente que vive a vida no limite da incerteza.
O último mês do ano... Dezembro! Um mês de emoções... Todavia nem sempre pelos melhores motivos!
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia é no actual contexto mundial assunto permanente em todas as reuniões de alto nível. Imagino eu!
Mas nestas coisas da política internacional nem sempre o que parece é (quase nunca!).
Vejo alguns presidentes de países a chegarem-se à frente no sentido de encontrarem meios e fórmulas de obterem a paz. Reparem que quem conseguir mediar este conflito de forma a alcançar o fim da guerra, ficará não só nos anais da história Mundial como angariará um enormíssimo prestígio para si e consequentemente para o País.
Notei isso com a visita do Presidente chinês Xi Jinping à Rússia. Como percebi a mesma ideia, logo no início do conflito, em Erdogan da Turquia, se bem que os interesses deste seriam também meramente locais. Agora escuto o actual Presidente Lula da Silva ao mostrar uma vontade de estar no centro das grande decisões internacionais. E o fim da guerra pode ser (será certamente) uma delas.
O problema porém está do outro lado da guerra, onde dois contendores estão olimpicamente de costas voltadas para a paz.