Uma não-loja!
Decididamente não sou apreciador das grandes superfícies. Prefiro a loja de bairro, o supermercado da esquina, a livraria velha.
Ainda há pouquíssimo tempo havia penetrado numa dessas enooooooormes superfícies, repletas de coisas (inúteis) para vender mas outrossim carregadas de imensa gente.
Aquilo são quilómetros de ruas e cruzamentos, setas no chão, destinos absurdos. De tal forma que naturalmente nos perdemos. Provavelmente é intencional…
Hoje voltei obrigatoriamente ao mesmo sítio, em busca do que não encontrei e mais uma vez arrependi-me. Oh se me arrependi!
Primeiro porque a filosofia daquele estabelecimento é a mesma das grutas de Mira de Aire: entras aqui e sais a centenas de metros de distância da origem.
Depois como aquilo não é a direito… pior um pouco. Simplesmente detestável.
Todavia percebo a filosofia. De uma maneira ou de outra acabas por passar por quase todas as secções e nessa passagem poderá haver que te interesse. Será bem visto, mas não para mim
Depois há os passeantes: setecentas gerações, umas atrás das outras invadem a loja. Param, miram e remiram, escolhem mas não levam, riem e zaragatam, enfim empatam quem não quer estar ali e pretende andar!
Um verdadeiro labirinto…
Os dedos de uma das minhas mãos são suficientes para contar as vezes que estive naquele estabelecimento.
Sinceramente, só espero que a próxima vez que lá regressar já tenha bisnetos! E crescidos!