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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Sindicatos, uma estranha arma de arremesso!

Hoje recebi na minha caixa de correio um envelope contendo planfletos eleitorais de diversas listas, já que brevemente o meu sindicato irá a votos.

Naquele instante só soube pensar: já? É que nas eleições que colocaram a actual Direcção no meu sindicato eu ainda estava a trabalhar e fiz até parte de uma lista, não para o próprio sindicato, mas para um secretariado de empresa.

Sempre fui de opinião que um sindicalismo genuíno e organizado a favor dos trabalhadores e absolutamente contra ninguém, seria algo muito importante numa sociedade que se pretende justa.

Não me posso considerar um sindicalista, mas bati-me algumas vezes por novas ideias e ideais, sem ter grande sucesso. Mas fiz o que a minha consciência mandou.

Ao cabo de mais de 40 anos de trabalhador sindicalizado fiquei com a certeza que o sindicalismo serve para quase tudo menos para salvaguardar os trabalhadores. Tudo por culpa dos próprios dirigentes sindicais muitas vezes apoiados pelos delegados.

Conheci muitos dirigentes de sindicatos. No SITESE que foi o primeiro onde me inscrevi conheci o já falecido António Janeiro, co-fundador da UGT. Ao invés de outros que conheceria mais tarde sempre o tomei como uma pessoa séria e acima de tudo coerente, que nestas coisas de sindicatos é muito importante.

Quando passei para a Banca fui sindicalizado por uma figura que seria mais tarde bem conhecida, mas não pelas melhores razões e daí escusar-me a proferir o seu nome! Também neste sector conheci diversos dirigentes sindicais e convivi abertamente com alguns deles.

Todavia deste meu passado retenho a triste ideia que em Portugal o sindicalismo serve para quase tudo menos defender um trabalhador, já que se tornou uma arma de arremesso contra os diferentes Governos, azedando a tão desejada paz social.

Recordo a este propósito dois exemplos:

- o primeiro no tempo do PREC (Período Revolucionário Em Curso) naquele verão muito quente (politicamente falando) de 1975 quando a esquerda (leia-se PCP, MDP/CDE) estavam no governo através das mãos de um general que até teria direito a uma canção composta por alguém que muitos anos mais tarde haveria de ser um amigo, quando os sindicatos deixaram de fazer greve. Foi até criada uma palavra de ordem que era “não à greve pela greve”.

- o segundo foi no tempo da geringonça quando a esquerda apoiando de forma evidente o governo de António Costa da altura criou uma certa paz social que tantas vezes o Primeiro ministro evidenciou. Pudera!

Portanto o sindicalismo luso serve exclusivamente para dar tempo de antena aos dirigentes sindicais e consequentemente aos partidos a que estão umbicalmente ligados.

Talvez por tudo isto sejam cada vez menos os jovens trabalhadores que se sindicalizam.

A doença que é a nossa Saúde!

Muito se fala agora sobre a problemática da falta de médicos nos hospitais com a agravante de um recém nascido ter falecido por falta de assistência especializada.

Diria que em traços gerais este é um problema que há muito se previa. Basta olhar para a quantidade de novos alunos nos cursos de medicina (poucos!!!) para se perceber que mais tarde ou mais cedo a coisa teria de estoirar.

Obviamente que se em vez de um bebé tivesse sido um idoso a morrer, provavelmente ninguém faria desta situação o drama que se está a fazer. Mas isto sou eu a pensar alto!

Infelizmente nas últimas semanas deste Verão tão escaldante, as minhas idas a hospitais têm sido frequentes. Mas faz parte porque tenho na família gente com muita idade e que necessitam de cuidados permanentes.

Pelo que percebi os serviços de urgência estão cheios. Os médicos desdobram-se em atendimento a este e depois àquele para logo a seguir ser mais outro. Um verdadeiro corropio que esmaga qualquer pessoa tal é o "stress" associado.

Faltam médicos? Faltam. Faltam enfermeiros? Claro que sim! Como faltam auxiliares e muitos outros técnicos de saúde.

Mas deveria o Estado pagar melhor a esta gente, que muitos deles não optariam pelo estrangeiro e muito menos pelos hospitais privados.

Todos nós descontamos muitos impostos mensalmente. Já para não falar dos indirectos... Por isso bastaria aos consequente governos negociarem uma carreira específica para esta gente da saúde associada obviamente a uma tabela salarial compatível.

Problema! Se o que escrevi no parágrafo anterior viesse a manifestar os outros sectores do Estado (professores, administração pública, administração autárquica... etc, etc, etc) viriam logo a terreiro dizer que também queriam reformulações laborais.

Solução? Não fazer nada e pontualmente acertar uns acordos!

Até que isto um dia rebente!

Mirem-se no exemplo da China

Foi lá que tudo começou.

Mas é lá que as coisas estão a melhorar... enquanto na Europa estão a piorar.

Imagino que haja demasiados interesses instalados que inibam os governos de tomarem posições mais radicais no sentido de travar esta pandemia.

Porém quanto mais tarde os países decidirem por quarentenas forçadas a toda a população pior ficará a situação da Europa. E não há volta a dar isto...

Há que pensar nas populações primeiro. Sem pessoas também não haverá economia.

Portanto seria bom que os governantes olhassem para o exemplo chinês e o seguissem. Sem quaisquer receios e dúvidas.

Para que depois não se arrependam por não terem tomado as decisões correctas no tempo devido.

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