Ontem baixei a barreira (mais física do que psicológica!) dos 90 quilos de peso. De forma gradual tenho vindo a perder alguma gordura o que em termos de saúde não é mau.
Mas como o fiz é que pode ser curioso. Sem dietas tontas, nem exercícios físicos exacerbados, certo é que a balança lá vai dando boas notícias.
Há uns anos cheguei aos três dígitos. Olhava-me ao espelho e via… uma bolacha. Literalmente. Percebi que teria de ser mais regrado, mas acima de tudo alterei um pouco os maus hábitos alimentares. Todavia continuei com peso a mais...
Em 2021 com o Covid perdi muito peso, para mais voltar a aumentar.
Entretanto um dos assuntos estrela da internet é sempre o excesso de quilos e as milhentas formas de emagrecer. E como saberão há de tudo um pouco, como também há muitos culpados: o álcool, as gorduras, os doces, o sedentarismo e quase sempre o pão. Este encabeça assim muitas listas.
Durante tempos também acreditei que o pão era o principal culpado do meu peso excessivo. Até que no início deste Verão tive que levar com um implante dentário, para já provisório, e a recomendação da médica dentista é que não poderia comer uma “sandocha” à moda antiga, nem uma torrada bem tostada pois arriscaria a estragar o que havia feito. Obviamente que houve outras, mas não tão relevantes para mim.
Perante esta triste sentença optei por comer à mesma o pão todavia numa tacinha com leite e café. As tão conhecidas e velhas como o Mundo… sopinhas de leite! Que sinceramente nem aprecio mas que são macias e humildes aos dentes!
Não sei se foi disso ou de outra opção alimentar a verdade é que a balança é agora mais sensata.
Percebi por fim que o pão (geralmente água, farinha e fermento) não nos engorda. O que nos transforma em gordos são os acompanhamentos. Ou seja… a manteiga, o queijo, fiambre, um qualquer doce e mais não sei quantas coisas que podemos colocar como recheio. Anormalmente hipercalóricas!
Esta assumpção fez-me até recordar a piada do cientista que foi retirando uma asa a uma mosca e depois dizia-lhe para voar. E ela voava… Até que tirou todas as asas e mandou a mosca voar, Esta não saiu do lugar, obviamente. A conclusão do cientista era que uma mosca sem asas… ficava surda!
Constatei que a população portuguesa está cada vez mais obesa. Antigamente havia gente magra, gorda e obesa! Actualmente os magros não existem (nem nas crianças) para só surgirem gordos, muitos gordos e obesos.
Parece que temos um problema na alimentação. Ou isto ainda será cosnsequências do confinamento "covídeo"? Não sei dizer...
Mas o curioso é que há cada vez mais gente a fazer longas caminhadas na praia.
A nossa população entrou naquela fase "amaricana" de ganhar peso e no sentido inverso a perder inteligência! Depois as lojas de comida rápida, os petiscos e as comidas estranhas. Tudo acompanhado de muito álcool e daquele bem destilado.
Sempre que chego cedo à praia (não foi o caso de hoje) é frequente encontrar à beira bar os restos das noites bem bebidas.
Faz-se tanta campanha por minudências quando estes casos de obesidade social grassam pela nossa população em geral!
Quanto a mim, que também tenho peso a mais, estou numa fase de perder algum. Sem ginásticas nem remédios milagrosos, somente pela boca!
Já fui rapaz de muito alimento. Não que fosse alarve, mas quase!
Engordei demasiado e cheguei a ver três números na minha balança. Um horror.
Depois comecei a cortar nas quantidades de comida e no tipo de alimentação. Recomecei a andar e bebi mais água. E perdi alguns quilos...
Com a entrada na reforma calculei que o meu peso voltaria a crescer. Na verdade aquele ainda teve uns lampejos, mas o covid veio alterar a minha estrutura física, já que perdi mais alguns quilos tendo entretanto, encontrado já alguns...
Deixando a brincadeira para trás, continuo a tentar evitar engordar muito, até porque não caminho para novo e os ossos já principiam a ressentir-se de algumas parvoíces da juventude.
Todavia não deixo de comer um bom prato de comida. Talvez coma agora apenas metade e beba um terço de antigamente.
No entanto na minha vida há... aquela refeição! No meu caso não será um prato específico, mas somente... o pequeno almoço!
Adoro uma refeição matinal tomada com calma, iniciada com uma breve oração de agradecimento e finalizada com um expresso saboroso e aromático. Envolve sempre leite, café, pão fresco, manteiga, doce, queijo e um pouco de fiambre. Se houver também um sumo de laranja.
Portanto há momentos do dia que devem ser simplesmente saboreados! O da manhã é um deles, quiçá o melhor!
Já fui magro. Há tanto tempo que já me esqueci! O que equivale dizer que ora estou com uns quilitos a mais...
Também não faço muita coisa para perder peso.
Um dia fui a uma nutricionista que me disse que o peso ideal para mim seria 82 quilos. Até porque na altura tinha muita massa muscular e esta pesa mais que a gordura.
Entretanto no início deste ano tive Covid o que me levou a perder alguns quilos. Nem tudo haveria de ser mau nesta pandemia, acrescento.
Porém alguns dos quilos perdidos já foram encontrados, mas ainda assim estou abaixo do que já tive.
Esta pandemia não me tem ajudado a manter uma actividade física constante. Depois a vinda da neta confinou-me ainda mais em casa.
De uma coisa tenho a certeza: posso naturalmente perder peso sem recorrer a ginástica ou a longas caminhadas, basta que a boca se feche aos acepipes que se fazem (eu faço!!!) cá em casa.
Mas é tãããããããããããão difícil.
No entanto tenho consciência de que, ao invés do adágio popular, a gordura não é formosura.
Restaram destes dias alguns doces, sobrou muita comida!
Quanto aos doces vamos fazendo o sacrifício de os ir devorando seja em pijamas ao pequeno almoço, seja em sobremesas após os repastos. A comida também... marcha, já que cá em casa nada se desperdiça.
No dia seguinte ao fim dos doces vou naturalmente pesar-me na mesma balança que usei antes do Natal e tentar perceber os estragos produzidos pelo bolo-rei, azevias, bolos de todas as espécies, rabanadas e demais acepipes natalícios (e não só!), no meu peso.
Entretanto entrei já na fase de jantar iogurtes e flocos, mas a manhã é sempre terrível, especialmente enquanto houver doces!
Há umas semanas largas decidi dar um novo rumo à minha alimentação.
A balança parecia tonta assim que eu subiu para o seu colo e dava pesos estranhos... Noventa e oito foi o número maior que aquela devolveu.
Senti que estava na hora de acordar para uma realidade que eu conhecia, mas não queria assumir. Estava a entrar na faixa dos obesos. As camisas andavam esticadas por uma proteberância na frente a que se chama normalmente barriga, as calças ao invés tornavam-se cada vez mais encolhidas e a minha face parecia uma bolacha...
Por tudo isto decidi alterar alguns dos (maus) hábitos alimentares e passei a ter mais cuidado com o que comia e quando comia. A verdade é que passaram-se algumas semanas e a balança parece ter ganho juízo já que passou a apresentar números bem mais simpáticos.
Até que esta manhã ao subir para a dita consegui ler um número fantástico: 89 quilos. Portanto sem ir a uma nutricionista e sem passar muita fome eis-me a perder peso. De forma lenta é certo, mas prefiro assim.
Foi a segunda alegria desta manhã. A primeira foi... acordar!
Há uns dias percebi que estava mais gordo porque já não cabia na roupa. Pesei-me e... ups... aquele número... não podia ser verdade!
Mas parece que era! Os três digitos surgiam logo ali à mão (leia-se boca) de semear. Não podia ser eu. Jamais poderia chegar àquele peso, jamais.
Então decidi (vejamos por quanto tempo) dar uma volta na minha alimentação diária. Assim cortei muitos das coisas que comia e passei a alimentar-me mais vezes ao dia.
É óbvio que o meu grande problema prende-se com o sedentarismo a que estou diariamente sujeito, especialmente por causa do trabalho. Basta referir que na campanha da azeitona em Novembro passado comi de tudo sem restrições, mas como andava e fazia grandes esforços facilmente consegui perder peso. Mas na cidade as coisas tendem a ser naturalmente muito diferentes.
Portanto agora estamos numa de comer pouco de cada vez, cortar com hidratos de carbono e comer mais vegetais. Veremos até onde consigo chegar.
É que a minha boca gosta muito pouco, para não dizer nada, de comida... triste. Depois há aquele célebre expressão: gordo mas feliz!
Reconheço que é uma fantástica máxima... mas sinceramente, nesta altura da minha vida, não me apetece comprar mais roupa.