Eu quero acreditar!
Nos anos setenta a grande campanha dos ambientalistas da altura era contra a energia nuclear. Campanha que acabou com o trágico acidente de Chernobil e com os países defensores da energia nuclear a acordarem para uma outra realidade para a qual não tinham (?) verdadeira consciência.
Quarenta anos são passados e há novas tentativas para ajudar o ambiente a tornar-se e a tornar-nos mais saudáveis. Mas para estes tipos de compromissos tenho quase sempre uma visão repugnadamente céptica.
Só por uma simples razão: porque tornar-se-á mais dispendioso à maioria dos países criar condições para melhorar o ambiente do que suportar os custos do uso excessivo de gases poluentes.
Deste modo este acordo assinado hoje em Paris não vai, a meu ver, trazer grandes melhorias climáticas, nem a média nem a longo prazo.
O ambiente não melhora tendo como base boas ou más intenções mas acções concretas! Será então que o acordo, ora subscrito por dezenas de países, assenta em acções palpáveis ou não passa de um mero caderno com teorias pouco realistas e de difícil aplicação?
Eu gostaria imenso de acreditar que o Mundo está a tentar mudar... Mas justamente é a crença que me falta!