Em 2020 estávamos no dealbar da pandemia Covid e o Giro foi adiado para Outubro desse ano. João Almeida participou nessa volta à Itália e andou de "rosa" durante muitos dias, só a perdendo já nas últimas etapas.
Na época devida uma etapa muito complicada de alta montanha escrevi este postal. Titulei-o com "Grande João". Hoje quase três anos depois João Almeida mostrou porque é um dos sérios candidatos a ganhar, este ano, o Giro.
Õ caldense teve hoje a sua primeira vitória numa etapa de uma grande volta. Os últimos quilómetros acredito que tenham sido de algum sofrimento, mas o ciclista luso está munido de um espírito de sacrifício que o torna num atleta que sem dar muito nas vistas vai fazendo o seu caminho.
Note-se que entrámos já hoje na derradeira semana do Giro e o lugar mais baixo que João Almeida esteve nas últimas semanas foi... em 4º lugar, para agora estar em segundo lugar e uns meros 19 segundos da tão apetecida camisola Rosa.
Iniciou no passado Sábado mais uma volta à Itália em bicicleta, mais conhecido como Giro d'Italia. Com a presença da estrela lusa no ano passado, João Almeida, o vencedor do prémio da Montanha, Ruben Guerreiro e o Nelson Oliveira outro campeão português no selim.
Veremos como corre este ano para as cores portuguesas não obstante cada atleta pertencer a equipas diferentes.
Ao fim de quatro etapas o corredor da Movistar, Nelson Oliveira, já se encontra em 4º lugar. Veremos até onde pode chegar.
Sempre gostei de ciclismo, mas curiosamente o Giro nunca foi alvo das minhas atenções. O Tour sim, assumo!
Porém este ano e logo no dealbar da Volta à Itália dei conta de que um português vestira a camisola Rosa, símbolo do comandante da classificação.
Desde aquele dia até hoje tentei ver tudo o que me foi possível do Giro. E sofri a bom sofrer com as etapas em que João Almeida transportava o jersey Rosa. Como aqui e aqui dei conta.
No entanto não posso olvidar Ruben Guerreiro que deu razão ao apelido, tendo ganho a camisola Azul, símbolo do rei da Montanha, e vencido a nona etapa sob chuva e com uma sinalética deveras conhecida no futebol ao atravessar a linha de meta. Outro herói!
Acabou hoje o Giro.
Ora após a triste queda na classificação de João Almeida, de primeiro para quinto, após a etapa onde o Stelvio não se deixou derreter pelo coração luso, talvez se pensasse que um quinto lugar seria uma fabulosa classificação do atleta de A-dos-Francos. Ainda por cima no ano de estreia numa prova de três semanas...
Todavia hoje João mostrou aos mais cépticos de que fibra é feito e no contra-relógio galgou mais um lugar na classificação terminando a etapa e o Giro num honrosíssimo quarto lugar, à frente de ciclistas com Peter Sagan ou Nibali, ciclistas de créditos firmados e que dispensam apresentações.
Agora cabe às equipas destes dois atletas decidirem o que irão fazer, num futuro próximo ou mais distante, com este património atlético. Quanto a nós portugueses será também a hora de publicamente agradecermos o empenho, a coragem e a garra que estes dois lusos atletas mostraram nas estradas italianas (senhor Presidente da República olhe que não é só de futebol que vivem os portugueses!!!).
A etapa de hoje do Giro italiano seria aquela que iria mostrar de que fibra é feito o nosso ciclista português. Uma etapa muito dura com prémios de montanha de segunda categoria acabando a etapa numa de primeira categoria. De cortar a respiração...
As coisas, a determinada altura, pareciam até nem correr mal para o atleta da A-dos-Francos. Só que nos últimos quilómetros o ciclista que persegue João Almeida na classificação geral do Giro arrancou e foi ganhando segundos.
Senti que João Almeida que ficara sózinho não conseguiria aguentar o "jersey" rosa vestido no final da etapa. Todavia, o ciclista não esmoreceu e chegando em quarto lugar aguentou-se de rosa. Com uma redução substancial de segundos de vantagem, mas amanhã é dia de descanso e entretanto muita coisa pode acontecer.
Mesmo que não ganhe a Volta à Itália, João Almeida mostrou hoje ser um enormíssimo atleta com o qual os outros ciclistas têm de começar a contar e a temer para o futuro.
Tenho assistido à Volta à Itália em bicicleta mais conhecida como Giro.
Este ano com boas razões para os portugueses já que a camisola Rosa, símbolo do primeiro lugar, é pertença de João Almeida. Desde a 3ª etapa... É obra.
Entretanto um outro português veste a camisola azul, símbolo do Prémio da Montanha após uma vitória numa etapa deveras chuvosa.
Mas tudo isto que escrevi é do conhecimento público. Todavia o que desejo aqui realçar é a forma fantástica como ambos os atletas têm conseguido, dia após dia, ultrapassar as inúmeras vicissitudes que o Giro vem apresentando. Muita chuva, frio, calor, subidas incríveis... um ror de desafios!
Ainda por cima hoje o João Almeida quase ganhava a etapa ou como diziam no canal de desporto Eurosport: é raro ver-se um camisola rosa a bater-se ao sprint pela vitória numa etapa.
Entretanto amanhã há contra relógio, especialidade muito do agrado do atleta português que lidera o Giro, o que equivale dizer que o jovem da vila de A-dos-Francos pode ganhar margem suficiente para a derradeira semana.
Estou a torcer pelo João e pelo Ruben se bem que ambos estejam em equipas diferentes.
Estes lusos ciclistas são uns valentes em terras transalpinas.