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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Receio um futuro... à brasileira!!

Quando em 2015 foi criada a "Geringonça", logo naquela altura temi o futuro. De uma forma nua e crua o PS empurrado pelo BE e pelo PCP abriram um precedente ao criarem uma união governativa à esquerda sem contudo qualquer um dos partidos ter ganho as eleições.

Segundo uma sondagem do passado fim de semana, a haver agora uma "Geringonça" esta seria à direita. Isto é, o PS ao criar a ideia de um governo apoiado pelos partidos de esquerda abriu a porta para que num futuro possa acontecer o mesmo no extremo contrário da cor política.

Será bom que os apoiantes da tal coligação acordem, quanto antes, para esta nova realidade. Mais... seria interessante a esquerda assumir por inteiro as culpas daquilo que pode ser o futuro de Portugal!

Bem vistas as coisas a esquerda está no Governo desde 2015 e se tudo tivesse corrido como deveria ser o povo voltaria a querer a mesma esquerda.

Porém e ainda segundo a tal sondagem há uma diferença substancial entre os dois extremos da política. E que pode ser aumentada tendo em conta os recentes e estranhos casos no PS.

Posto isto começo a recear que Portugal poderá vir a sofrer do mesmo problema que o Brasil sofreu recentemente.

Convém aprender com os erros dos outros!

O vencedor foi…

... ups!

Previa-se, mas não se imaginava que fosse tão cedo.

A realidade é que os resultados das eleições regionais deram uma vitória eleitoral ao Partido Socialista, mas sem a saborosa, para não dizer poderosa, maioria parlamentar. O que significa que pode acontecer ao PS açoriano o mesmo que aconteceu à Aliança há uns anos: ganhar as eleições e não fazer governo. Isto é, à luz do que foi feito em 2015, pode ser criada uma geringonça, desta vez à direita, no parlamento insular, deixando o PS a ver as ondas do belo mar azul.

Da mesma forma que não concordei com a geringonça de esquerda que o PS, BE e PCP se apressaram a inventar e a impor ao país, também não concordo com uma eventual de direita nos Açores.

Todavia António Costa merece que lhe passem essa rasteira. SE o fizerem veremos se as razões para a geringonça de 2015 já não servirão para o parlamento açoriano. Não me admiraria nada…

Mas já estou habituado às piruetas e mortais que os diversos governos socialistas (e não só) vão apresentando aos portugueses. Naturalmente sempre em nome de um bem maior…

Que eu sinceramente nunca descobri qual é!

Tancos explosivo

Todos falam do caso Tancos. Uns a tentarem aproveitar as fragilidades do caso e da sua relação com o actual governo, enquanto a geringonça tenta a todo o custo desvalorizar a situação. Tudo em conformidade... digo eu!

Não me cabe aqui fazer qualquer julgamento ou análise da situação. Para isso estão os tribunais correspondentes e alguns tudologos que conseguem perceber o que ainda ninguém entendeu.

E o que não se entende são diversas coisas: a primeira prende-se com o que realmente aconteceu no paiol de Tancos; a segunda é não se perceber quem foram os reais envolvidos em toda esta trama e finalmente a terceira é entender até que ponto o governo e o próprio PR tinham conhecimento de todo o caso, independentemente das declarações que foram proferindo na altura.

Ora num país de gente séria já muitos destes governantes, provavelmente, estariam a contas com a justiça, mas como estamos em Portugal continuamos normalmente a viver na paz dos deuses, como se nada tivesse acontecido.

Geringonça "au Madeira"?

Se as coisas para Rui Rio já se encontravam mal encaminhadas nas próximas eleições, ora nada pior que uma derrota nas eleições da Madeira, que foi sempre um baluarte laranja. Não foi bem uma derrota mas perder a maioria... induz a isso.

Ora bem... a culpa deste resultado terá sido somente de Rio? Quero crer que não. A saída de Alberto João Jardim e a sua substituição por alguém menos frenético terá certamente contribuído para este mau resultado do PSD. Mas não só... acrescento!

O PS, entretanto, continua em alta. Lá como cá! E ontem à noite uma dirigente socialista cghegou-se logo à frente tentando lançar a escada a uma nova geringonça. Desta vez "au Madeira", isto é com outros partidos diferentes dos do Continente. E provavelmente com outro sabor...

Seja como o for o futuro da "Pérola do Atlântico" jamais será o mesmo. Seja através da constituição de um governo do género Bloco Central ou através de outros acordos, a verdade é que Miguel Albuquerque vai ter que saber negociar muito bem o novo elenco e programa de governo. Tudo apontará provavelmente para uma coligação entre PSD e CDS, mas ainda deverá correr muita água debaixo das pontes até se achar uma solução governativa.

Mas como se sabe, em política, tudo se transforma. E de um momento para o outro!

Geringonça sem… gasolina?

Sempre considerei que a actual solução governativa, a que Vasco Pulido Valente denominou de “Geringonça”, adveio de uma “xico-espertice” política muito à portuguesa. Mas pronto temos o temos e nada há a fazer…

Entretanto há quem se ofenda olimpicamente quando alguém afirma que o país vive muito acima das suas possibilidades. Esta é uma verdade que muitos recusam a ver.

Portugal é, todos sabemos, um país pobre:

  • Pobre em espírito pois a invejazinha soez vive e alastra num ambiente propício.
  • Pobre em iniciativas, pois há sempre uma mão invisível (será a burocracia?) que deita tudo a perder;
  • Pobre nos políticos que do alto das suas tribunas continuam intocáveis e irresponsabilizados;
  • Pobre na assertividade pois o foco dos portugueses varia de dia para dia ao sabor do momento;
  • Pobre em recursos mas continuamos a esbanjar os poucos que temos.

Desde muito cedo se percebu que este governo tinha como função primordial desfazer o que outros governos haviam feito. A tróica que Sócrates trouxe para Portugal (e que muitos socialistas olvidam!) forçou o país a viver com menos recursos. Por isso durante a legislatura do governo de PPC a austeridade apertou de forma radical. Mas era obviamente necessário!

Sei que nenhum governo gosta de subtrair dinheiro aos seus contribuintes pois poderá corresponder outrossim à subtracção de votos. Todavia há evidências às quais não se pode fugir.

Aquela ideia de repor rendimentos após anos de austeridade na qual António Costa assentou a sua governação não está a dar os proveitos que o PM e seus apaniguados julgariam ter.

A justa questão do tempo de contagem dos professores, as greves dos enfermeiros e a actual greve dos camionistas de materiais perigosos têm colocado o governo numa situação pouco favorável e muito refém de sindicatos e outras organizações laborais ou de classes. Mais uma vez e perante os problemas a geringonça tenta adiar ou empurrar com a barriga uma eventual solução no sentido de ela cair somente na próxima legislatura.

Portugal vive actualmente à mercê de grupos estratégicos a quem o Governo tenta agradar no sentido da manutenção da tal paz social que nos primeiros anos da legislatura foi a bóia de salvação de Costa.

Só que o povo não tem memória curta, bem pelo contrário e na hora de votar lembrar-se-á dos atrasos das cirurgias, dos incêndios mortíferos, das famílias dos políticos, das viagens pagas, da greve dos estivadores, do tempo não contado dos professores...

O último bastião de PPC?

O Governador do Banco de Portugal é agora o alvo de todas as setas vindas essencialmente dos partidos da geringonça.

Acima de tudo, creio eu, porque Carlos Costa parece ser o último bastião que ainda resiste a esta nova forma de democrarcia e fazer política. É sabido que o Governador vem do tempo de Passos Coelho e que isso, de certa forma, o condiciona.

Também são conhecidas as animosidades do líder do BdP com o actual Ministro das Finanças. Se juntarmos o caso CGD temos um cocktail perfeito para que C.C. seja substituído rapidamente. Ainda por cima com a Dra. Elisa Ferreira a fazer parte do Conselho que dirige o Banco de Portugal, facilmente se percebe que o Governador pode estar por dias ou semanas.

Mais... é outrossim conhecido que tacitamente o PS e o PSD dividem entre si os principais pelouros dos dois bancos públicos. Ora se na CGD está agora Paulo Macedo, ex-Ministro de Passos Coelho, haveria assim que arranjar maneira de correr com o actual Governador, subindo ao seu lugar a ex-Ministra de Guterres.

Tudo o que escrevi acima não passarão de idiotas teorias da conspiração, mas neste país já me habituei que tudo parece ser possível. Até o impossível!

Custa-me falar sempre do mesmo.

Aí está nova greve dos enfermeiros. Mais intervenções cirúrgicas programadas adiadas até… à morte dos doentes. E não dói a esta gente a consciência. Nada de nada!

Depois temos a luta dos professores. Coisa já antiga mas que só vem ao de cima quando há interesses políticos na coisa. E os professores continuam a acreditar que irão ganhar esta luta. Ingénuos!

Entretanto o PCP continua a passar a mão pelas costas da geringonça enquanto atiça a sua guarda revolucionária (leia-se CGTP!) contra o mesmo governo. Algo parvo!

No Brasil a tragédia do rebentamento de uma barragem já originou a prisão de engenheiros e outro pessoal. Em Portugal ainda não vi ninguém preso pela derrocada de Borba. E do outro lado do Atlântico é que a corrupção existe em grande escala.

Entretanto num canal de TV uma “soarista” pôs “a boca no trombone” e espalhou por quem a pretendeu escutar a lista dos maiores devedores à CGD. Uma verdade que muitos querem passar por mentira.

Entretanto António Costa vai lançado umas piadas sem graça na AR enquanto aguarda ou não o Brexit. O nosso país que já esteve em coma conseguiu sair deste, mas ainda se encontra muito debilitado. Basta que a bolsa de Nova Iorque dê um breve bocejo para a Europa cair de sono. E depois lá trambolhará novamente Portugal pelas escadas da desgraça rumo à total ruína.

Mas o pior nisto tudo é que na oposição não há ninguém repito ninguém com capacidade para reverter este estado de coisas. A economia vive do actual fogacho turístico e das exportações. Todavia com o que se aproxima (Brexit indeed!) o nosso país voltará a 2011.

E nessa altura nem S. Marcelo nos valerá!

Outros quinhentos!

Gosto pouco que brinquem com o meu dinheiro.  Ainda por cima quando ele me é retirado contra a minha vontade. 

Falo disto por causa dos 500 milhões que Portugal vai emprestar a Angola. Não imagino qual a taxa de juro aplicada mas tendo em conta que algumas delas estão negativas...

Mas sinceramente... não havia mais país nenhum ou organização com capacidade de emprestar tal dinheiro a Angola? Então andámos nós a pagar juros altíssimos, a aceitar uma austeridade como nunca fora vista, para de um momento para o outro... vir um PM e entregar de mão beijada 500 milhões de euros ao Estado Angolano?

Andou um país a quotizar-se para pagar as obras de Pedrógão para agora António Costa pespegar com 500 milhões em África?

Desculpem, mas das duas uma: ou sou eu que vejo teorias estranhas ou alguém anda a comprar amizades.

Como diria um outro: isso são outros 500!

Paz social, uma guerra aberta!

O que previ neste texto, que publiquei no iníco do mês, começa agora a confirmar-se.

Segundo as últimas sondagens o PS parece ter vindo a perder força. As razões para tal poderão estar associadas ao caso Sócrates, mas outrossim à instabilidade social que começa a crescer.

Foi a greve dos enfermeiros seguida pelos médicos. Agora há uma dura batalha com os professores com mais greves anunciadas. Ainda por cima numa altura crucial...

Resumindo... saúde e educação, dois pilares essenciais na sociedade portuguesa e claramente influenciadores nas decisões eleitorais, no centro deste furacão de instabilidade social.

Para isto o PCP usou dos seus "soldados" mais fiéis para a nova frente de batalha. É o caso de Mário Nogueira, tendo a seu lado o líder da CGTP Arménio Carlos. Ambos dão a cara à instabilidade social que no início desta legislatura foi reduzida a mera insignificância.

O partido da Soeiro Pereira Gomes teme que o PS ganhe as próximas eleições com maioria absoluta, perdendo, se assim acontecesse, a força e influência que tem tido. António Costa que nunca pretendeu fazer coligações com o Passos Coelho poderá, em face dos resultados eleitorais, ficar mais disponível para outros acordos de regime ou mesmo coligações.

É sabido de alguma antiga convergência entre os antigos presidentes das mais importantes edilidades portuguesas. Não sei se será suficiente para formar um futuro governo. Tudo dependerá das exigências europeias.

Maior flexibilidade laborar e menos intervenção estatal em alguns sectores estratégicos, poderão obrigar AC a virar o foco de apoio para outros partidos (leia-se PPD/PSD).

A paz social é hoje uma utopia... até que a gerinçonça queira!

Convergência Ibérica?

Quando em 2015 a coligação PAF ganhou as eleições, sem maioria absoluta, e foi criada uma plataforma de entendimento entre diversos partidos de centro esquerda (vulgo geringonça) abriu-se uma espécie de caixa de pandora que agora Espanha tenta imitar envolvendo o PSOE como partido maioritário e mais uns acordos com diferentes organizações.

Tudo em nome de um poder que se diz democrático.

Este novo tabuleiro político só é possível porque a esquerda considera que tudo o que faz é bem feito desde que chegue ao poder.

Os Louçãs desta vida não percebem que ao jogarem o jogo político com estas novas regras estão, pura a simplesmente, a subverter o desejo popular expresso através do voto?

O próximo ano vai trazer mais eleições. Perfilam-se por isso novas demandas contra este governo de forma a fragilizá-lo e retirar a força que ainda tem. O PCP e o BE farão de tudo para que isso aconteça. A tal paz social que reinou desde que a geringonça assaltou o poder vai deixar de existir.

Exemplo disto foi a greve de hoje nos comboios que prejudicou milhares de passageiros. Virão de seguida as greves de professores e provavelmente daqui a uns tempos a FP por causa de um decreto qualquer.

Aproximam-se novos e estranhos tempos. O PSD tarda em encontrar um rumo num Rio repleto de incertezas. Cristas contradiz-se entre aquilo que propaga e o que fez enquanto governante. O AC, bem à moda de Trump americano desfaz o que PPC fez, não medindo as consequências nos seus futuros acordos. Enquanto a esquerda vai lançando algumas armadilhas já sobejamente conhecidas.

Se a inveja soez é o nosso pior defeito, a brandura da aceitação será, quiçá, a nossa maior virtude.

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