Cenas (reais) de um quotidiano
São onze da manhã. Entro num supermercado para fazer umas parcas compras. Célere estou na fila para pagar quando assisto:
- São 12 euros e 32 cêntimos Dona Almerinda!
A idosa busca num saco quando declara em tom muito assustado:
- Roubaram-me a carteira!
- Não se terá esquecido dela em casa? - opiniou a operadora.
- Não... ainda agora levantei dinheiro no Multibanco.
Num instante a menina chama um agente policial que ali faz serviço e solicita:
- Vê lá se está por aí o Joel. E não deixe sair nem entrar ninguém!
O segurança do estabelecimento é também alertado e fecha as portas enquanto o agente (por acaso uma pessoa do sexo feminino) entra e percorre os diversos corredores em busca de alguém específico. Depois conclui que não está dentro da loja. A jovem da caixa indica:
- Veja nas casas de banho.
Nem decorrera um minuto quando a mulher polícia empurra um jovem já algemado, para fora das casas de banho. Depois revista-o e não encontra uma só carteira, mas sim... três! Sendo que uma delas era da idosa presente e que mais tarde lhe terá sido devolvida.
Por fim a autoridade manda chamar a viatura para levar o jovem detido. Surgiu minutos depois.
Todos sabemos que se vive num ambiente em que "olho que vê é mão que pilha", mas este meliante nem teve a inteligência de após cada furto sair do local.
Provavelmente o ladrão já deve estar solto para continuar a assaltar.
Depois não me venham dizer que há justiça em Portugal!