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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Petiscos naturais! E saborosos!

Não sou vegetariano, longe disso mas gosto de produtos campestres. Recordo que já por aqui falei por diversas vezes dos célebres míscaros, ou dos frades outra espécie de cogumelos cosmetíveis.

Desta vez trago outra especialidade das terras beirãs.O nome para esta espécie de trufas é criadilhas. Porém há quem lhes chame túbaras e até alegrias.

tubaras.jpg 

Jamais tal coisa me havia passado pelo estreito.Apanhadas em terras de poisio são muito apreciadas pelos homens mas mais mais pelos javalis que, tipicamente, lavram as terras com o focinho em busca deste acepipe. Não são parvos os bichos, não.

Claro que cozinhadas estas criadilhas têm outro gosto, outro sabor. No passado fim de semana deram-me um saco enorme que pesaria à vontade mais de 10 quilos. Já em casa lavaram-se bem lavadas  (como a imagem supra documenta) poara logo a seguir se descascarem quais batatas. Finalmente são laminadas para depoisd irem ao lume.

Isto acompanha tusdo ou quase tudo. Eu experimentei com ovos mexidos e souberam-me muito bem. As próximas, que foram congeladas apõs seram estufadinhas em cebola, azeite e alho, irão ser acompanahdas de um chouriço caseiro e provavelmente entrarão num prato de arroz. Logo verei.

Faltam os espargos silvestres. Em tempos houve muitos junto à ribeira que passa numa terra da família, mas faz tempo que não vou lá... principalmente porque as terras estão alagadas em água.

Portanto não só de couves vive o homem da aldeia!

O mestre Vatel que há em mim!

François Vatel foi um reconhecido cozinheiro da corte francesa do tempo de Luis XIV. A ele é atribuída a concepção do creme Chantilly, local onde haveria de se suicidar.

Não sendo eu um mestre de culinária francês nem um Chefe Silva que tanto sucesso fez na televisão portuguesa, ainda assim vou ousando a fazer umas pratos de culinária.

Obviamente que há pratos que gosto mais de confeccionar que outros. É normal, digo eu! Para que conste ainda ninguém morreu ou teve uma ingestão com a minha culinária. Gente resistente?

Hoje aproveitei ter em casa um pão alentejano duro para conceber uma açorda de gambas. Eu que nem sou enorme apreciador deste prato fiquei estranhamentre maravilhado com o que concebi. Não fiz doses individuais e por isso foi para a mesa assim mesmo... No tacho.

Acorda.jpg 

Entretanto a perna de perú assada no forno é um dos meus pratos com mais sucesso e muito fácil de fazer. Antes de ir para assar deixei-o assim.

peru.jpg 

Faço de tudo um pouco. Filetes de pescada à Provençal,

filetes.jpg 

massada de pescada com camarão,

massada.jpg 

ou até um prato regional como são as óptimas couves traçadas à moda de uma aldeia da Beira Baixa e que devem acompanhar um borregou ou cabrito assado!

couvestracadas.jpg 

Com tudo isto fico sempre com a sensação de que errei na profissão e provavelmente deveria ter seguido o caminho do tal mestre gaulês!

Ou se calhar não!

O pecado mora no frasco...

Ontem comentei este postal da Maria prometendo falar de um doce que uma tia minha faz com os figos.

É verdade que na aldeia dela as figueiras são imensas e boas. Falo da zona de Torres Novas cidade ribatejana amplamente conhecida pela abundância deste fruto.

Assim de vez em quando sou brindado com um frasco cheiinho destes saborosos frutos 

DSC_0130.JPG 

mergulhados numa calda que é simplesmente.. supercalifragilisticexpialidoce como muito bem cantou Julie Andrews no seu conhecido filme "Mary Poppins" de 1964.

Abri hoje um desses frascos e retirei apenas dois figos.

DSC_0132.JPG 

Comer este doce é obviamente um momento único e que requer ser saboreado muito mas muito devagar. Quase com requinte de malvadez...

Não tenho a receita deste doce, mas o mais importante será sem qualquer margem para dúvida o próprio figo. Este é, certamente, o culpado desta mistura ser tão boa, tão doce e tão... pecadora!

Acabaram-se...

... os doces e bolos de Natal!

Neste postal apresentei algumas das doçarias cá de casa para a época natalícia. A maioria feita aqui, mas surgiram também doces encomendados.

Hoje finalmente desapareceu o que foi ainda sobrando. Ficaram apenas as filhós que não tendo açúcar nem se podem considerar verdadeiramente um doce. Mais... é tradição da aldeia de onde é originária esta receita de fritos, fazer-se uma "festa das filhós" em Janeiro, muito depois do Natal.

Agora que passou a época da luxúria gastronómica, vem o regresso à alimentação mais comedida variando entre peixe cozido e alguma carne grelhada, com algumas saudáveis e necessárias variantes.

Deste modo encerra-se mais uma vez o último capítulo das festividades natalícias de 2022. Para tudo ser recuperado em 2023.

Bragança - Considerações finais!

À laia de conclusão gostei muito de Trás-os.Montes. Não obstante os montes e vales que percorri, esta região tem tudo. Bonitas aldeias, vilas e cidades, belas paisagens, comida fantástica e gente muito afável.

Obviamente que esta província não é uma ilha açoriana onde os verdes são constantes e quase todos iguais. Aqui também vi muita zona verde, mas de diferentes tons. Uns mais claros, outros mais fortes, mas todos, todos simbolizando uma região virada para a agricultura.

Depois a comida superlativa em quase tudo. Se frequentei restaurantes quase vulgares, também comi em casas de qualidade muito acima da média. Mas tanto numas como noutras gostei do que comi, nomeadamente a posta mirandesa, a alheira ou o javali.

Os vinhos são bons, muito bons mesmo, mas isso já eu sabia tendo em conta uns amigos que são daquela região e também produzem vinho. Os enchidos de fumeiro são também excelentes donde se destacam, obviamente, as alheiras.

Fiquei três noites numa quinta de Agro-turismo, enorme e muito bonita. Serviço impecável, quarto enorme e muito confortável. O pequeno almoço estava também incluido e deu para provar um pouco de quase tudo da região: pão, fruta e diversos doces. Tudo no aconchego de uma lareira acolhedora.

Termino com a ideia de regressar a Trás-os-Montes brevemente. Todavia desta vez para conhecer outra zona. Quiçá Chaves ou Miranda do Douro! Na altura verei para onde tombará a balança.

"Cozido à Portuguesa" é melhor com família

Sei que é uma trabalheira organizar um almoço. Então um cozido à portuguesa ainda mais. Mas adoro estes repastos com (quase) toda a família à volta da mesa.

Nem é preciso que seja um aniversário de alguém ou a comemoração de um dia especial. Basta que haja vontade, disponibilidade e muito carinho para distribuir.... e receber!

Como escrevi aqui, ontem fui à aldeia e trouxe de lá umas centenas (não estou de todo a exagerar!!!) de quilos de citrinos. Desde laranjas, tanjeras (ou será tânjaras?) e tangerinas veio muito de tudo que vou agora distribuindo pela família. Vieram outrossim umas couves coração que ajudaram ao nosso cozido assim como uns enchidos. E neste último campo os acepites eram fantásticos pois deram um gosto especial e característico ao almoço.

Cozido para nove pessoas obriga a uma certa logística. Mas tudo correu muito bem, todavia almoçamos um pouco para o tarde.

A determinada altura durante o almoço a algazarra era imensa, mas na quele breve instante senti-me quase feliz... Faltava um dos filhos...

A vida nunca é como gostaríamos... mas sempre como necessitamos!

Boa semana.

A gente lê-se por aí!

Míscaros - Melhor que carne

Sempre que vou à Beira Baixa nunca venho de mãos vazias. Ou seja eu que apanhe alguma fruta ou seja algum familiar ou amigo que tem a fineza de me brindar com qualquer coisa.

A viagem desta semana, não obstante ter sido uma deslocação relâmpago, ainda assim deu para trazer algumas couves, uns diospiros, vinho, borregos, enchidos e... míscaros acabados de apanhar.

Destes últimos já em 2018, neste meu postal, havia falado deles e de como se tornaram num petisco bem apreciado. Porém desta vez coube-me apanhá-los da terra, obviamente com ajuda, já que é necessário ter olho clínico para a apanha.

É que os danados nascem debaixo da terra e por lá ficam. E não fosse um ínfimo montículo de terra a denunciá-los, que só os olhos treinados conseguem perceber, jamais os apanharia.

miscaro_.jpg

Já em casa lavei-os bem lavados e retirei a pele que os cobre.,

míscaro_1.jpg

ficando então assim.

Miscaro_2.jpg

Um refogado feito de cebola, alho, uma colher de sopa de tomate, uma folha de louro e claro azeite, ajudou a cozinhar este pitéu.

miscaro3.jpg

Após uns bons vintes minutos a ferver juntei-lhe a água e por fim o arroz.

miscaro4.jpg

Há quem os coma assim sem mais nada (eu, por exemplo), pois é melhor que carne. Todavia pode também acompanhar carne ou peixe.

Enretanto para este meu almoço de hoje optei por nada melhor que um bom tinto do Douro. Este!

esteva.jpg

Frades - Melhor que carne!

Estava eu quase no final da minha campanha da azeitona deste ano na aldeia que se espraia no sopé da serra da Gardunha, quando fui brindado com um saco enorme de frades. Frades é uma espécie de cogumelos selvagens que só os conhecedores sabem colher. Conforme as zonas há quem lhes chame também tortulhos, santieiros ou choteiros.

Após a sua cozedura os frades dão um pitéu fantástico. E este ano tive o privilégio de os arranjar e cozinhar. Depois de bem limpos e cortados em pedaçoas mais pequenos, levam-se a um tacho acompanhados de azeite, cebola e alho.

Os frades parecem encher o tacho, mas passado pouco tempo de estarem ao lume perdem a água e o tamanho. Convém, no entanto, deixá-los cozer bem. Depois é verter um pouco mais de água e quando esta estiver a ferver deitar o arroz. Tempere-se com sal a gosto.

Ficam com este aspecto

frades_com arroz.jpg

Este petisco pode comer-se só assim ou a acompanhar carne ou peixe. Digo eu que, sinceramente, prefiro sem mais nada.

O que não deve faltar, obviamente, é uma boa pinga. Encontrei na minha garrafeira este vinho. Não sei de onde veio nem como surgiu, mas acreditem é um nectar de grande qualidade.

casa_sabicos.jpg

Casa de Sabicos - 2013

Mestre Vatel?

Andava a marinar a ideia há alguns tempos. Porém falta-me tempo e acma de tudo coragem.

Até que este fim de semna decidi que hoje seria o tal dia.

Escolhi da internet uma receita entre as muitas que encontrei, adquiri os ingredientes e logo de manhã após o pequeno almoço, mandei as mulheres para fora da cozinha (a colaboradora que nos ajuda e a minha mulher!!!) e lancei-me na arte da gastronomia o fazer uma arroz à Valenciana. Faltou-me o verdadeiro açafrão pois só encontrei açafrão das ìndias que não tem nem o mesmo gosto nem a cor.

Um par de horas depois chamai a malta para a mesa. O almoço estava pronto. E tinha este aspecto.

Arroz_valenciana.jpg

A acompanhar um belo branco bem fresquinho.

 

O prometido é devido!

Em Maio passado prometi neste meu postal beber um branco Guarda Rios bem fresco assim que encontrasse esta marca no tal tom mais icterício. A verdade é que a promessa fora feita em primeiro lugar ao Robinson e que por não ter ficado completa na altura, teimei com a ideia de que assim que achasse o dito vinho passaria à acção...

Há dias encontrei-o de forma casual num supermercado. Logo comprei duas "botelhas" e levei-as para casa para aguardar o tal dia.

Foi ontem!

Um almoço de arroz de polvo que se fez acompanhar deste nectar digno de Baco.

O polvo estava também bom, se bem que para o insosso, já que os meus pais que estiveram presentes comem tudo com pouco sal.

Ainda assim comeu-se quase todo. Tal como o vinho que só restou um dedal na garrafa.

Tudo feito cá pelo Zé! Fica a foto a comprovar!

arroz de polvo.jpg

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