Tendo eu chegado ao Outono da vida (o Inverno espero que chegue mais tarde!!!) fico a olhar para aquilo que foi a minha Primavera e o meu Verão.
Sinto-me um privilegiado! Creio que será primeira conclusão a tirar destes mais de 60 anos.
O nosso caminho nem sempre é fácil, acrescento que nunca é!
Tive uma Primavera enfadonha e triste, um Verão com muitos desafios complicados, mas outrossim com muitas venturas.
Entretanto este Outono que vou agora desfiando está repleto de diferentes sensações e emoções. Filhos homens, netos, livros, reforma... um ror de momentos que vão serenamente preenchendo o meu coração.
Veremos então até onde consigo levar este monte de carne porque o Inverno pode ser já amanhã!
Sempre que eu regressava das diversas peregrinações que fiz a Fátima, havia ali uns dias em que, literalmente, vivia numa realidade paralela, tais eram as boas sensações que permaneciam no meu espírito.
Decorridas algumas semanas é que começava a interiorizar de uma forma mais serena tudo o que havia vivido na caminhada feita tempos antes.
Da mesma maneira a juventude que viveu estes dias das JMJ realizadas em Lisboa sob a batuta sempre muito atenta do Papa Francisco, só daqui a alguns dias, para não dizer semanas, irá perceber o que realmente terá vivido.
Porém é nesta consciencialização que irá residir o futuro desta juventude e, por não dizê-lo, o sucesso das próximas Jornadas que se realizarão em Seul, na Coreia do Norte. Fica assim a ideia de que todas estas emoções ora vividas poderão influenciar o futuro de muitos jovens, sempre tão ávidos de certezas e, por vezes, pouco questionadores.
Não sei, ninguém sabe como estará o Mundo daqui a 24 horas quanto mais daqui a quatro anos. Todavia será interessante assistir ao que esta juventude tão presente em Lisboa poderá fazer pelo Mundo até às próximas JMJ.
Já nem comento que nessa altura o Papa Francisco terá, se estiver vivo, noventa anos!
Aguardemos pois... por aquilo que o futuro e toda esta juventude nos reservará!
Neste mesmo dia há precisamente três anos despedia-me virtualmente dos colegas do trabalho, pois ia entrar de férias para logo a seguir passar à reforma.
Segue infra a mensagem que enviei na altura aos meus colegas. Não enderecei a todos porque, sinceramente, ao fim de mais de trinta e cinco anos já conseguia separar o trigo do joio. E alguns nem a água que gastavam mereceiam. Mas isso foram outras estórias que hoje aqui não interessa.
Esta foi a mensagem que escrevi e que depois de a reler, mesmo depois de passados estes anos, não retiraraia uma vírgula.
"Boa tarde,
ONTEM fui um jovem que aos 23 anos abraçou o desafio de entrar nesta casa. Quase inocente e ingénuo estava, ainda assim, muito longe de imaginar como é que aquele passo, no já longínquo dia 6 de Outubro de 1982, quando entrei pela primeira vez no 148 da Rua do Comércio, viria a influenciar a sua vida.
HOJE sou um homem maduro. Daquele menino de ontem resta muito pouco ou quase nada. Entrei solteiro, mas por aqui casei, fui pai e avô. Quem diria? Nem eu, nos meus sonhos mais optimistas, calculei aqui chegar. Mas saio desta casa de cabeça erguida, consciente que trabalhei não para uma instituição, mas essencialmente tentei defender uma causa. Retiro-me por isso feliz. Muito feliz.
AMANHÃ acordarei igual ao que sempre fui até aqui: um amante da vida. Não imagino se viverei um dia, uma semana ou uma década. Mas também não é algo que me preocupe grandemente. Viverei apenas o segundo seguinte sem medos ou dúvidas. Nem poderia ser de outra forma.
FINALMENTE vou-me despedir. Sem lágrimas nem sorrisos. Sem amplexos nem osculações. Esta pandemia retirou-nos, outrossim, estes pequenos e singelos prazeres. Mas é a vida!!!
QUERO no entanto deixar aqui um agradecimento profundo e autêntico pelo contributo que deste pela forma com que saio desta casa. Não o posso nem devo esquecer!
AO fim de 37 anos, 9 meses e 25 dias, a porta onde entrei tem o mesmo sentido de hoje. O do dever cumprido.
DESEJO que o teu futuro seja tão radioso quanto tu esperas e desejas. E que no fim da tua caminhada possas também viver a alegria que hoje vivo.
OBRIGADO."
Decorrido 36 meses continuo a pensar que fiz bem em sair. Tenho os meus dias preenchidos, a vida repleta de eventos (bons e maus!), alguns sonhos realizados, mas muitos ainda por realizar.
A vida acaba sempre por nos mostrar quais os resultados das nossas decisões. Independentemente do que possa acontecer num futuro mais perto ou mais longe, ainda não arrependi de ter saído.
Talvez amanhã penso o inverso, porém ainda não cheguei lá!
Imaginam quantos anos medeiam entre a cassete e a pen? E quanto espaço cada um arrumava?
Diria que em termos de história da humanidade pouco mais de 20 anos é um micro segundo. Mas em termos de tecnologia será muuuuuuuuuuito tempo.
Na minha casa guardo estas preciosidades. A cassete que serviu (não esta obviamente) para jogar por exemplo no Sinclair no dealbar dos anos 80, a disquete de 8 polegadas já estava descontinuada quando abrecei a informática, mas a de 5 e 1/4, ainda utilizei.
À direita da disquete mais pequena está um disco SATA de um velho computador contendo 250 Gigabites de espaço de memória. Note-se que a disquete de 8 polegadas da foto arrumava cerca de 800 Kbites de informação.
Já a pen creio ter apenas 128 Gigabites, mas note-se o espaço que ocupa.
Hoje ninguém necessita disto. Anda tudo nas nuvens a pairar por aí, mesmo com este calor, que guardam tudo e mais alguma coisa sem a necessidade de levarmos algo no bolso ou no computador.
Problema? A segurança...
Actualmente há máquinas dedicadas a tentar obter todas e quaisquer senhas. Nomeadamente nos acessos a contas bancárias. Portanto cuidemos dos nossos acessos porque o que se vê na foto supra já só serve para museu!
Diria que as descobertas mais importantes nos primórdios terão sido a roda, o uso de metais e o fogo. Depois disso a evolução ter-se-á normalmente acelerado.
No século XIX houve a conhecida explosão industrial que no fundo foi o primeiro grande alicerce para aquilo que somos hoje.
Entretanto no século XX a revolução tecnológica abriu espaço para muitas valências. Dizem que o homem foi à Lua (serei dos poucos que não acredita!!!), as comunicações passaram a viajar à velocidade da luz para finalmente o último grito ser um ser humano artificial (literalmente).
O vídeo chegou-me ontem e fiquei impressionado com o que vi.
Será verdade ou apenas publicidade enganosa? Mas se for verdade como foi possível o ser humano descer tão baixo?
Poderão dizer que é apenas uma máquina com aspecto humano, mas para mim este protótipo poderá vir a ser uma espécie de Caixa de Pandora.
Seria bom que alguém cuidasse que o verdadeiro princípio do fim da humanidade poderá estar para breve.
O título deste postal deveria ser: "Como explicar a uma criança de três anos o que são livros!" Mas como compreenderão seria enorme o que nestas coisas dos títulos não convém nada!
Cá por casa há muitos livros. E não há mais porque os vou distribuindo por outra casa.
Desde sempre a minha neta que aqui passa os dias tem naturalmente convivido com a minha biblioteca. Só que recentemente dei conta que a cachopita, já de três anos, pega nos livros aos quais consegue deitar mão e faz com eles brincadeiras. Trata-os bem, cuida deles, mas creio que ainda não percebe qual a verdadeira função daqueles volumes.
Na verdade os livros a que ela chega são quase todos policiais. Se bem que nestes esteja também incluída uma colecção de 10 enormes volumes de uma colectânea que Ross Pynn juntou e dos quais mostro uma das capas e que começam a ter algum valor e são raros de encontrar, mesmo em alfarrabistas, já que não houve reedicções.
Mas regressando ao tema principal de hoje como explico a uma criança que os livros são genuinamente nossos amigos? Que nos ensinam tudo, baste querermos aprender?
Hoje com tanta tecnologia à distância de um clique de um rato electrónico, os livros tenderão, quiçá, a desaparecer materialmente. Perante isto que justificação dou a uma criança ao ver o espaço que os livros ocupam na casa?
Por exemplo o livro mais antigo que tenho remonta ao século XIX e são as "Les Fleurs du Mal" de Charles Baudelaire que comprei num alfarrabista no Quartier Latin em Paris. Decorria o ano de 1980!
O título deste postal deveria ser: "Como explicar a uma criança de três anos o que são livros!" Mas como compreenderão seria enorme o que nestas coisas dos títulos não convém nada!
Cá por casa há muitos livros. E não há mais porque os vou distribuindo por outra casa.
Desde sempre a minha neta que aqui passa os dias tem naturalmente convivido com a minha biblioteca. Só que recentemente dei conta que a cachopita, já de três anos, pega nos livros aos quais consegue deitar mão e faz com eles brincadeiras. Trata-os bem, cuida deles, mas creio que ainda não percebe qual a verdadeira função daqueles volumes.
Na verdade os livros a que ela chega são quase todos policiais. Se bem que nestes esteja também incluída uma colecção de 10 enormes volumes de uma colectânea que Ross Pynn juntou e dos quais mostro uma das capas e que começam a ter algum valor e são raros de encontrar, mesmo em alfarrabistas, já que não houve reedicções.
Mas regressando ao tema principal de hoje como explico a uma criança que os livros são genuinamente nossos amigos? Que nos ensinam tudo, baste querermos aprender?
Hoje com tanta tecnologia à distância de um clique de um rato electrónico, os livros tenderão, quiçá, a desaparecer materialmente. Perante isto que justificação dou a uma criança ao ver o espaço que os livros ocupam na casa?
Por exemplo o livro mais antigo que tenho remonta ao século XIX e são as "Les Fleurs du Mal" de Charles Baudelaire que comprei num alfarrabista no Quartier Latin em Paris. Decorria o ano de 1980!
A família tem vindo a crescer. Pela minha parte já cá cantam duas crianças, como dei conta aqui e aqui. Mas na linha paralela familiar há mais três infantes sendo que o mais velho tem seis anos.
O curioso é que em cinco crianças nascidas só um é do sexo masculino. Tudo o resto... cachopas!
Hoje fui ao parque infantil com a minha neta mais velha, já que a mais nova ainda não tem iniciativa para tanto. Lá chegará, digo eu!
Entretanto no recinto do parque algumas crianças. Contei quando cheguei cinco, para mais tarde somar mais duas ou três. Deste grupo infantil somente um varão!
Ao mesmo tempo que vou contactanto colegas e amigos estes vão-me devolvendo também a situação dos descendentes: só miúdas.
Uma antiga bloguer desta plataforma e que agora está aqui é neste momento mãe de quatro filhos sendo um rapaz (o mais novo) e três moçoilas.
Tudo somado fico já com a certeza que daqui a 20 anos a tal regra da paridade feminina deixará de fazer sentido. Ou provavelmente até fará!
A resposta não vem no sopro do vento como escreveu Bob Dylan nem no silêncio que por vezes me invade. Diria mesmo que não há uma resposta perfeita à questão.
Desde muito cedo que iniciei a escrever. Textos pequenos e pobres, mas com o tempo fui evoluindo e abraçei vários projectos jornalísticos.
Já neste século acordei para a blogosfera. Todo o mundo ali à distãncia de um simples clique.
Hoje lembrei-me dos primórdios da minha escrita e dos sonhos que naquele tempo persegui. Que ingenuidade. Passaram muitos anos, talvez em demasia, desde esse escolástico tempo, porém o desejo de um fim de excelência mantém-se.
Quando iniciei a trabalhar e a ganhar algum dinheiro não tive o cuidado nem conhecimento de gerir as minhas próprias finanças. De tal forma que antes do final do mês já metia vales... à minha mãe!
Ao fim de uns meses acabei por arrepiar caminho e iniciei um controlo apertado sob as minhas finanças. De tal forma que consegui que o dinheiro começasse a chegar até receber novamente. Filosofia ou postura, conforme lhe queiram chamar, que mantive até aos dias de hoje.
Diria mesmo mais... hoje uso um estratagema que me inibe de gastar dinheiro. Simples e eficaz. Tão simples como ter uma nota alta na carteira. Se na carteira usar notas de 10 ou 20 euros é certo que desaparecem num abrir ou fechar de olhos. Todavia se tiver uma nota de 50 ou 100 euros fico muuuuuuuuuuuito mais inibido em gastar esse dinheiro.
Também tenho perfeita consciência que os cartões de débito e essencialmenteb de crédito não deixam ninguém à mingua (só em casos extremos!). Ou como diria o meu sábio avô: "Dinheiro no bolso não consente misérias"!
Hoje muitas famílias vivem muito acima do que ganham. No entanto não se coibem de gastar sem parar! Com a inflação a subir, o aumento das taxas de juro das casas e dos créditos ao consumo, mais apertados vão ficando os orçamentos familiares.
As pessoas necessitam de ser esclarecidas, de ser alertadas para que não empenhem somente a casa mas o próprio futuro.