Ontem o dia acordou chuvoso colocando-me a questão: teimar ou não teimar!
A equipa concordou... teimar!
E lá fomos nós dar cabo das azeitonas que ainda dormiam nas árvores. Porém a chuva intensificou-se e à hora do almoço pensou-se em não regressar. Só que o tempo abriu e foi uma tarde bem proveitosa.
Hoje logo de manhã lá estávamos... mais uma vez! Um vento frio soprava da serra da Gardunha, mas não nos impediu de trabalhar! As oliveiras sucediam-se e as mantadas de azeitona colhida espalhavam-se pelo terreno.
Sem telemóvel para fotografar a manhã vinguei-me de tarde quando umas nuvens surgiram por detrás da montanha e ainda assustaram devido à... pouca chuva.
Deu para rever o arco-iris com a Gardunha por trás.
As varejadoras não paravam e eu corria para dar vazão ao trabalho dos apanhadores: mudar panos para novas oliveiras, escolher azeitona e ensacá-la... ufff!
As mantadas pareciam crescer de cada vez que reunia a azeitona... Sacos e sacos cheios espalahavam-se pelo chão.
Mas as pequenas árvores teimavam em ser competentes... Como esta:
O fim do dia aproximava-se. Num relance olhei a fazenda verde e gostei do que vi
os sacos espalhavam-se... sinal de azeitona colhida e limpa!
O frio regressou e voltámos para casa conscientes que fora um dia bom. Se tudo correr bem amanhã acaba-se e a azeitona irá para o lagar.
Na passada sexta feira quatro alminhas partiram dos arredores de Lisboa para a Beira Baixa. A viagem correu lindamente com direito a um pôr-de-sol fantástico.
Regressava-se à aldeia após mais de um mês de obras. Cozinha nova, casa de banho moderna, uma despensa mais funcional, em resumo melhorias que tornaram a casa mais apetecível de se viver.
Espectativas em alta para tomar consciência do aspecto da casa após as obras.
Cheguei já quase noite, descarreguei a carrinha e quando entrei em casa gostei do que vi. Uma cozinha moderna e funcional.
'Bora experimentar os equipamentos, pensei eu já que eram quase todos novos.
O gás que antigamente estava dentro de casa estava agora fora sendo mais seguro. Portanto liguei a bilha e aguardei pacientemente que o fogão acendesse, Ao fim de uns bons minutos fez-se luz e eis que a chama nos bicos acenderam.
Passei para a prova seguinte que era o esquentador. Pois... as coisas aqui não correram bem e acabei por ir para a cama... sem tomar aquele duche!
Bom veio-se a descobrir no sábado que o esquentador teria uma avaria, já que sendo daqueles inteligentes é a água que faz acender o piloto que por sua vez activa os queimadores.
Resultado um fim de semana a lavar-me "à gato" com água frigidíssima! Um tormento. Para ajudar os quartos também conservavam uma temperatura óptima... para um esquimó!
Entretantro regressámos hoje à cidade e após um banho demorado... já consegui aquecer os pés!
Quando ontem ao fim da tarde cheguei à aldeia beirã situada no sopé da serra da Gardunha, jamais calculei que iria rapar um frio daqueles. Casa fechada há uns meses, obras recentemente concluídas e a falta de uso da casa, fez com que esta estivesse simplesmente gelada quando chegámos.
Nem mesmo a ideia de ligar alguns aquecimentos a gás resuktou na perfeição... Ou melhor resultou nos quartos, falhou na sala ou vice versa!
Quando me deitei (desta vez fi-lo cedo) a cama estava gelada. Agora imaginem como me senti ao deitar-me pois não tenho por hábito usar pijama.
Bom tudo isto para dizer que por estas bandas o frio anda a apertar com as gentes.
Eram perto das 18 horas quando entrei da estrada regional que liga a Nacional à aldeia beirã, onde parte da família tem raízes. Nesse caminho atravessamos uma barragem através duma ponte.
A hora já tardia, a água mansa, as nuvens ao longe criaram um momento propício para esta foto de um pôr-de-sol na Beira Baixa.
Pena não ter presente a minha boa máquina fotográfica e apenas o telemóvel!
Só por esta beleza já valeu a viagem, mesmo que por aqui esteja muuuuuuuito frio.
A primeira vez que falei aqui dele foi em Maio de 2021, neste postal. Desde esse dia até agora o Aparecido (baptismo dado por mim!!!) nunca mais deixou de aparecer (creio ter falado nele outra vez, maso não me lembro do postal).
Ainda mal cheguei à minna casa e eis que surge a miar à porta. Entra enrosca-se aos meus pés e por ali anda até que lhe dê algo para comer. Depois fica e vai saltitando de almofada em almofada das diversas cadeiras que tenho na sala. Finalmente, quando lhe apetece... parte, para regressar no dia seguinte.
Já vão quase dois anos nesta relação entre um felino estranho que definitivamente nos adoptou e nos educa e este par de velhotes que se sente bem com a sua companhia.
Ontem esteve frio, muito frio na Aroeira onde fui passar o fim de semana! Um frio cortante que gelava qualquer pessoa que andasse na rua. Vai daí ter acendido logo a lareira dando à casa uma temperatura mais acolhedora.
Logo cedo o Aparecido miou à porta. Abri-a e ele entrou sem pedir licença. Comeu ração, bebeu água e dormiu quanto quis. Passaram as horas e de vez em quando encontrava-o enroscado noutra cadeira a dormir.
Fez-se noite e ele sem dar sinal de querer ir embora.
A verdade é que o bichano não é meu e depois não tenho nada para a sua higiene e onde dormir, para além das cadeiras.
Por isso já tarde acabei por o acordar. Mas custou... como se pode comprovar no filme infra!
Percorro as ruas neste fim de tarde. Estão desertas, únicas! O frio abraça-me e aperta-me contra a roupa.
Recolho as mãos em lugar quente.
Diz o povo que "Deus dá a roupa conforme o frio". Triste aquele que hoje não tiver roupa, pois morrerá de frio, certamente!
Um cão ladrou ao ver-me passar. Um outro respondeu acolá e mais um, lá longe, fez coro. Sopra uma brisa cortante.
No horizonte que consigo perceber o sol é somente uma luz laranja que se vai desvanecendo conforme a noite vai se aproximando.
Respiro o ar frio e olho em meu redor!
As casas parecem fantasmas imóveis. Uma ou outra moradia tem luz e da chaminé sai um fumo cinza que o fim de tarde mal deixa perceber. Mas paira no ar o aroma da lenha a arder na lareira. Tal como na minha casa a lareira deverá estar acesa ! Imagino-a crepitante, forte e quente.
Apresso o passo ao ritmo do desejo do calor. Um carro passa por mim devagar.
Saio do passeio para a estrada. Há escavações de uma obra. Regresso ao passeio repleto de malvas crescidas.
Chego finalmente a casa. Meto a chave à porta, rodo-a e entro… desejoso!
Em 2018 escrevi este postal exaltando a baixa temperatura do mar da Costa em pleno Agosto.
Este ano já fui uma série de vezes â praia como já fui referindo neste espaço. Todavia ainda não arrisquei um banho completo. Vá lá... molho os pés até aos calções e já me parece suficiente.
Porém e de acordo com a outra minha ideia, contrariando esta coisa da água gelada da praia, sempre afirmei que o frio é... psicológico.
Sei que cada pessoa é diferente e da mesma maneira que conheço quem num quarto com perto de 40 graus considere que está uma temperatura agradável, há quem entre no mar de forma destemida sem qualquer receio do frio.
Neste último caso tenho o exemplo da minha neta de dois anos que olhando para a praia tudo nela sorri. E não há temperatura por mais baixa que a iniba de penetrar no mar.
Diz a sabedoria popular que "em Abril águas mil" simbolizando que este mês costuma ser chuvoso.
Porém o Abril deste ano anda um tanto bizarro, porque se ao sol temos calor, à sombra o frio superioriza-se às temperaturas amenas.
Nem sei que roupa vestir. Gosto de usar pouca indumentária, mas também não gosto de passar frio. Portanto vivo num certo limbo.
Hoje de manhã, e nem era muito cedo, o termómetro do carro marcava 10 graus centígrados. Sei que este frio advém de uma massa de ar polar. Mas nesta altura do ano parece-me ser fresca demais.
Por aquilo que me possível observar num sítio da especialidade este frio será para continuar!