Do meu avô para a actualidade!
O meu avô que morreu quando eu tinha 12 anos foi, ao que me é dado perceber, um homem sábio. Profundamente católico obrigava os filhos a ir à missa todos os Domingos. Porém alguns (o meu pai foi um deles!) já mais crescidos levantavam-se mais cedo e saíam de casa antes da religiosa sentença semanal.
Dizem quem o conheceu bem que foi um também homem honrado mesmo tendo sido preso num dia 15 de Agosto de má memória para a família, acusado de um crime que não cometera. Veio para Lisboa onde cumpriu pena e donde conseguia, sabe-se lá com que expediente, enviar cestos para a mulher que os vendia para sustentar os filhos..
Regressado à aldeia continuou a fazer filhos à minha avó, dez ao todo dos quais só resistiram sete, e iniciou a sua vida de fabricante de cal. Fez um forno e sempre que necessitava cozia a pedra que vendia nas feiras das redondezas da aldeia.
Com a idade foi ganhando sabedoria, traduzida esta em frases sábias. Recordo apenas três que ouvi e que ainda hoje fazem sentido:
- Dinheiro no bolso não consente misérias! (dinheiro ou cartões de crédito);
- Dinheiro e santidade é menos metade da metade (tão adaptado aos dias de hoje);
- Por este pequeno buraco passam das maiores fortunas do mundo! (o buraco é obviamente a boca!).
Passam por todos nós os dias, semanas, anos, décadas. Porém a natureza humana foi, é e será sempre a mesma! Independentemente da época, local, clima ou recursos.
Porque será?