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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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O (estranho) silêncio da esquerda

Ando um tanto admirado com o silêncio da nossa esquerda, no que se refere aos últimos acontecimentos em França que têm como mentores e activistas os coletes amarelos. Supostamente!

Um movimento pujante que tem colocado Paris a ferro e fogo e no centro de uma demonstração de enorme força por parte dos manifestantes e de grande fraqueza por parte do Governo gaulês.

Mas o que neste texto pretendo colocar em causa é a anormal ausência de quaisquer declarações por parte dos partidos de nossa esquerda sempre tão trauliteiros e tão afoitos em trazerem para a rua o protesto.

Ainda não li nem escutei qualquer declaração oriunda destes nossos "canhotos", sempre tão lestos a apoiar as causas e as lutas dos mais desfavorecidos.

Tanto a líder do BE, Catarina Martins, como Jerónimo de Sousa ultimamente têm-se mostrado tão mudos que ando desconfiado de há neste mutismo algo muito estranho. Ainda não percebi foi o quê...

A boa política faz-se de grandes e debatidas ideias, mas acima de tudo de boas práticas sem anormais incoerências tão pródigas nos nossos partidos.

Chefes, líderes e outros políticos

É já sobejamente conhecido e reconhecido que Portugal é o país de Europa onde se trabalham mais horas sem a corresponde capacidade produtiva e muito menos remunerativa. Muitos dirão que é da falta de formação, do desinteresse dos próprios trabalhadores, da inoperância de quem chefia ou gere.

Em mais de quarenta anos de trabalho que já levo cruzei-me com muitos colegas e obviamente com muitos chefes, mas neste campo com poucos ou nenhuns líderes. Na maioria dos casos o lugar de chefia é um posto que era oferecido como prémio de carreira ou por trabalhos empenhados, já que com o lugar vinham incrementos financeiros de monta.

Sei que muito pior que gerir trabalhos e pressas é gerir pessoas. Quem trabalha de forma consciente e empenhada percebe que há colegas com mais valências que outros e reconhecê-lo não me parece anormal. Anormal será alguém pouco dedicado considerar que está no mesmo patamar que os outros só pelo facto de se levantar cedo e chegar a horas ao trabalho.

Por isso os verdadeiros líderes numa empresa são a ferramenta fundamental para o sucesso de um negócio.

Um líder não manda, pede.

Um líder não quer, gosta.

Um líder não critica, elogia.

Um líder não decide, aconselha.

Um líder não se escusa. Assume.

Ora se pegarmos nestas premissas e tentarmos decalcá-las nos governos dos países, poucos são os dirigentes que se tornam verdadeiros líderes. O caso do actual presidente francês é disto um bom exemplo, pelas piores razões.

Macron tem entre mãos um problema muito mais grave do que ele próprio possa imaginar. Obviamente que não foram os verdadeiros “coletes-amarelos” que colocaram a França em pé de guerra, mas certamente grupos muito bem organizados exímios em criarem turbulência e que aproveitaram a onda de protesto para quase incendiarem o centro de Paris.

Mas pior de tudo isto foi o recuo de Macron nas medidas tomadas apelando agora ao diálogo e concertação dos diversos sectores envolvidos.

Este enorme erro de gestão de um país pode sair muito caro ao novel Presidente Francês. Pois bastaria que tivesse negociado antes e provavelmente nada disto teria acontecido. Um líder na verdadeira acepção da palavra jamais cairia aos pés de gente violenta e sempre disponível para desacatos. Antecipa-se...

Em Portugal os nossos chefes políticos também denotam pouca ou nenhuma liderança. Vão normalmente vogando ao sabor das ondas no mar tempestuoso da política, mas sempre, sempre com a Costa à vista.

Não vá o Diabo tecê-las.

O fracasso da Paz europeia

O triste atentado de ontem à noite em Nice leva-me a colocar uma questão e para a qual não obtenho qualquer resposta: até quando estes constantes morticínios?

Cada vez mais começamos a perceber (e a temer!) que o nosso inimigo pode ser aquela pessoa que está sentada ao nosso lado no metro e vai brincando com o telemóvel ou simplesmente vai lendo um livro. Ou o jovem que passou por nós a correr devidamente equipado com roupagem de atleta e de repente se transforma numa bomba humana... só porque sim!

Este problema que vai alastrando pela Europa é assim responsabilidade de quem?

Curiosamente e regressando por breves instantes à Final do Euro2016 dei por mim a rever algumas imagens de sofredores por Portugal em alguns países lusófonos. Isto quer dizer que, não obstante a nossa passagem como colonializadores, restou todavia um factor de ligação a este rectângulo por parte desses povos. Algo que não vejo nas antigas colónias Francesas, por exemplo.

É mais ou menos sabido que o Estado Islâmico convive mal com a liberdade e com a democracia ocidental. Basta perceber o estatuto das mulheres de lá e cá... quão diferentes! Depois há todo aquele fanatismo religioso que lhes retira qualquer discernimento humano. Sei que a nível dos católicos também há gente adepta do radicalismo religioso... mas jamais capazes duma barbárie como a que aconteceu ontem em Nice.

Não sei que solução se deverá dar para este gravíssimo problema. O que sei é que as sociedades modernas conforme estão montadas, fracassaram. E este fracasso vai naturalmente fazer crescer radicalismos ainda mais extremistas.

Portanto e de uma forma velada a Europa está em guerra. E se noutras batalhas conhecíamos o inimigo no campo de batalha... hoje ele almoça a nosso lado sem que realmente o saibamos!

 

Em nome de Deus

Como se pode invocar o nome de Deus para cometer uma atrocidade como a de hoje? Foi a pergunta que fiz a mim mesmo.

Fiquei obviamente sem resposta porque não posso aceitar esta ideologia fanática e retrógada.

Sabemos que o Mundo está (muito) mudado. Para pior! E um dos exemplo é a permanenete deterioração das relações entre países e sociedades. É neste clima profundamente instável que certas organizações se movem com enorme à-vontade sem qualquer controlo, usando e abusando do nome de Deus para as suas acções, mais ou menos subversivas. Para não chamar um nome bem pior.

O estudo e interpretação dos acontecimentos do passado mais ou menos longínquo e que comummente tratamos por história, deveria servir para se aprender alguma coisa. Mas há quem se julgue capaz de lidar com todas as situações sem receios de qualquer espécie.

Um atentado terrorista é sempre um acto de profunda cobardia, mesmo que assente nas melhores teorias.

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