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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

O nosso Verão é muito certinho!

Parece que vamos ter um fim de semana assim pro quente! Já hoje se começou a sentir o aumento da temperatura.

Imagino que as praias estejam repletas de banhistas e as filas para aquelas, extensas. Mas a malta não se importa das viagens quase nipónicas para chegar à beira mar! E claro está também não se preocupa com o regresso.

Pela minha parte detesto estes calores assim repentinos. Daqui a horas ou dias os telejornais e os próprios jornais vão encher-se do tema habitual do Verão: fogos! Até parece que esfregam as mãos...

Ao invés das nossas vidas que nunca sabemos como vai ser o nosso futuro, em Portugal sabe-se sempre o que irá acontecer por esta altura. Uma teima que se mantém há tantos anos e para a qual nunca se vê um fim à vista!

O governo vende a ideia de que tudo está preparado, mas quando as coisas iniciarem haveremos de perceber em que nível de preparação estávamos.

A gente lê-se por aí!

Estranhas coincidências ou acordos prévios?

No início do ano 2020 começou-se a falar amiúde de uma tal de gripe oriunda na China. Alguns estudiosos cedo perceberam que o virus comummente denominado Covid19 parecia ser altamente contangioso.

Não é necessário dizer mais nada, pois não? Raras são as pessoas que ainda não apanharam qualquer uma das versões da dita gripe.

Esta entróito é apenas o caminho para vos fazer chegar ao tema que aqui trago hoje e que tem a ver com televisão portuguesa. Raramente ligo o pequeno ecran para ver notícias, Todavia como não vivo sozinho há quem se interesse por saber o que de mau vai no Mundo o que me quase obriga a assistir a diversos jornais. Mas o que achei interessante é que desde 2020 até ao dia 24 de Fevereiro deste ano todos os canais dedicavam longuíssimos minutos à pandemia, mostrando números de infectados e mortos, hospitais a abarrotar de doentes, o caos imperfeito na saúde.

Durante dois anos martelaram incessatemente os telespectadores com as mesmas notícias. Levadas até à exaustão.

Só que a 24 de Fevereiro um tal de Putin achou que haveria coisas mais interessantes e iniciou um conflito bélico com a Ucrânia que ainda hoje perdura. Eis então as televisões a deixarem o covid muito descansadinho a matar doentes, para apontarem agora as suas câmaras para o conflito bélico no extremo europeu!

Quase cinco meses decorridos ainda há muita informação sobre a Guerra, mas o que interessa agora são os incêndios. Devastadores e incontroláveis!

Só que estranho que todos os canais tenham a mesmíssima agenda noticiosa, com os mesmos tempos e às mesmas horas, como tudo fizesse parte de um acordo prévio entre as diversas direcções de informação dos diferentes canais.

Até os intervalos são ao mesmo tempo. Mas isso percebe-se!

Entretanto hoje uma dos canais (não sei qual) apresentou uma reportagem sobre as colecções de carros de luxo de diversos jogadores de futebol. 

Fica a pergunta: o que interessa esta informação ao povo?

Portanto entre um covid, uma guerra ou um incêndio há sempre espaço para um carrinho de luxo para saborear ao almoço!

Haja, enfim, paciência!

Sorte? Quiçá, mas não só!

Ou a minha teoria!

Faz já parte do nosso quotidiano estival as notícias sobre os incêndios que todos os anos pintam de vermelho e depois de negro as nossas aldeias.

Muita gente aparece com teorias, mais ou menos diferentes umas das outras sobre a origem dos fogos. A teoria mais falada tem a ver com os pinhais poucos limpos de mato. Outros alinham na teoria do desalinhamento florestal plasmada num tipo de floresta altamente combustível. Há quem afirme a pés juntos que os interesses nos incêndios vão muito para além da madeira. Resumindo há teorias para (quase)  todos os gostos.

Diria que os fogos são um pouco de cada de umas destas teorias e de outras, sejam elas estapafúrdias ou plausíveis.

Aproveito este meu espaço para outrossim apresentar a minha teoria. Provavelmente também idiota, acrescento!
Há trinte e muitoas anos visitei um pinhal (que ainda existe e resiste) do meu falecido sogro. Herança de família, aquela pequena floresta - somente 3 hectares - cresceu espontânea e anormalmente desordenada, já que de terra de cultivo foi paulatinamente sendo abandonada a uns rendeiros que só queriam tirar de lá rendimento sem investir um cêntimo. Para além deste desordenamento a mata era vazadouro de inertes que muitos aldeões ali despejavam sempre na calada da noite. Desde animais mortos a sofás velhos ou frigoríficos, tudo por ali se podia encontrar… Então garrafas de vidro… eram aos montes.

Perante esta lixeira a céu aberto, falei com o meu sogro e avisei-o que aquele lixo era um perigo pois facilmente ali se poderia iniciar um incêndio. Vai daqui o meu sogro contratou um homem que com uma máquina própria juntou todo o lixo que encontrou espalhado no pinhal, num monte. Naquele tempo a reciclagem era uma miragem e assim abriu-se uma cova bem funda e enterrou-se todos os inertes. (Nem imagino o que pensarão daqui a milhares de anos os arqueólogos sobre esta cova!!!).

Certo é que passam os anos e aquela mata ainda não ardeu, mantendo-se limpa e sem lixo. Sorte? Quiçá!

Resumo da teoria: não façam da mata uma lixeira a céu aberto e provavelmente haverá menos pontos de ignição!

Um flagelo (infelizmente) bem aceso!

Ano após ano, Verão atrás de Verão a história repete-se em Portugal! Falo como imaginam de fogos ou incêndios como lhe queiram chamar. Daqueles activados ou dos que nascem espontaneamente (pois também os há!!!).

Quando em Junho de  2017 aconteceu Pedrogão Grande com 66 mortos e mais umas dezenas em Outubro, como sempre muito se estudou, muito se prometeu, mas nada se fez. Ou o que foi feito foi insuficiente.

Recordo por aquela altura escutou-se amiúde um conhecedor da problemática dos incêndios florestais, o Professor Xavier Viegas, que denunciou publicamente a insuficiente capacidade de Portugal em lidar com os incêndios. Falou muitas vezes de como minimizar a situação propondo diversas soluções que eram obviamente onerosas e às quais o Governo disse que sim senhor, mas não passou para o papel... muito menos para a acção.

Este ano de 2022 foi pobre em água, o calor surgiu quase de repente e de um minuto para o outro Portugal pinta-se de vermelho dos avisos da Protecção Civil, mas acima de tudo pelos muitos fogos que vão devorando as poucas matas existentes.

Governo e PR mostram muita preocupação com o estado em que está o País nestes derradeiros dias, mas sabemos que passada esta crise voltam a esquecer-se das actuais preocupações e aguardamos pelo ano seguinte...

A par daquilo que não se faz no terreno e que se deveria fazer, há um pequeno detalhe e que se prende com a nossa justiça, especialmente no que se refere às condenações dos incêndiários que quase todos os anos repetem a "gracinha" de atear mais umas mechas...

Enquanto mantivermos esta justiça, demasiado branda para os criminosos e altamente injusta para as vítimas, jamais seremos capazes de por fim a este flagelo. Ou minimizá-lo!

Ei-lo... o calor!

E com ele a ameaça de incêndios florestais.

Todos os anos quando o Estio surge com estas temperaturas tropicais começo a temer pelas nossas florestas.

Os fogos continuam a ser em Portugal uma enormíssima calamidade que ninguém quer ou sabe controlar. Por muito que se tente, se lute, se sensibilize, certo é que o calor nunca nos traz boas notícias, quanto a incêndios.

Ontem foi às portas de Lisboa. Hoje poderá ser em qualquer lado deste país que vive literalmente sobre brasas. Amanhã à nossa porta.

Sejamos conscientes quanto aos perigos dos incêndios. Deste modo ajudemos a Natureza a manter a sua beleza e força, tendo diversos cuidados.

Não será necessário enumerá-los, pois todos nós temos mais ou menos ideia do que se pode ou não fazer por esta altura.

A luta contra os fogos começa também connosco! Façamos a nossa parte.

Bom fim de semana!

Verão onde andas?

Inicia-se hoje a estação quente e luminosa do Verão. Aquela estação do ano que significa sol, calor, praia e acima de tudo... férias. Simboliza também incêndios, dramas, tristezas e aflições.

Entretanto este Verão principia arrepiado, sem cheiro ao tal calor. Por estes lados da capital paira um tapete plúmbeo, acompanhado de um vento frio que sopra brando mas frio..

Mas antes assim porque o Verão terá certamente muito tempo para nos atentar os dias com canícula. 

Gostaria de pensar que no final desta estação o país havia sabido escapar com a devida competência à tragédia dos fogos. A ver se é desta vez que conseguimos ganhar essa batalha!

Entretanto agasalhem-se que as manhãs estão bem frescas.

Chuva: uma benção...

... ou se calhar não!

Os últimos dias trouxeram alguma chuva, muita desta transformada em granizo que só estraga.

Por esta altura a chuva não é necessária já que é tempo de colheitas e de ceifas. E com a chuva, mesmo que pouca, tudo se pode estragar.

O depósito de mil litros que tenho no quintal para receber a água da chuva de um telhado, encheu-se bem. Não está repleto, mas ainda assim foi bom.

Daqui resulta que a chuva, mesmo que pouca nesta altura do ano, nem sempre é sinal de benção dos céus.

Ou como diria a minha avó: após Santo António chuva só pela Nossa Senhora. Que se comemora a 15 de Agosto.

Pode ser que esta água ajude a mitigar os próximos fogos. Por isso já valerá a pena!

O "eucaliptalismo"

Quem, por exemplo, percorre a A23 desde a A1 até perto de Castelo Branco dá conta do que terá sido o Verão passado especialmente em Junho e Outubro.

São quilómetros seguidos de terra queimada a tentar renascer das cinzas, que o vento e a chuva da primavera já levou grande parte.

Sempre que por ali vou passando constato mais árvores queimadas cortadas. O que faz todo o sentido. Pior que a terra despida, é esta repleta de viúvos paus sem qualquer vida.

Há um ano, mais ou menos, escutei alguns governantes observarem que não seria autorizado a plantação de mais eucaliptos, nos terrenos ardidos, para além dos que já estavam destinados.

Só que na política, tal como no futebol, o que hoje é verdade amanhã é mentira. E não bastam vontades políticas para que algo deixe de acontecer. É necessário vontade própria e acima de tudo não ceder a forças poderosas, que insistem na plantação desta espécie de árvores, que são altamente combustíveis e profundamente prejudiciais aos terrenos, secando tudo em seu redor, mas certamente muito valorizadas para a pasta de papel.

Ao redor da A23 o "eucaliptalismo" é já uma triste realidade. Bem visível!

Nem imagino como será noutros locais mais afastados.

Quando ninguém é culpado!

Faz amanhã precisamente quatro meses que se deu a tragédia de Pedrogão Grande.

Desde esse trágico dia muito se escreveu e debateu. Mas pelo que se viu tudo não passou de um conjunto de estranhas intenções que culminaram em mais esta humilhação perante o Mundo ao deixarmos morrer cem pessoas às mãos de fogos incontroláveis.

Sei por experiência própria que o fogo assim que toma conta de uma mata dificilmente se deixa apagar. Todavia o problema não é o que está já a arder mas aquilo que ainda falta queimar. E falta cada vez menos.

As sucessivas autoridades há muito que vêm dizendo que é necessário ordenamento florestal e outras palavras atípicas. Mas nada se faz, só se estuda. O fogo, entretanto, que não se peocupa com estas demandas vai devorando tudo que encontra no seu caminho. Até vidas humanas.

A culpa de tudo isto é do calor exagerado, da seca, de dezenas de factores. Nunca é dos incendiários apanhados e logo libertados, nem das entidades competentes em (não) gerir as florestas, nem dos interesses escondidos por detrás destes fogos (que os há, quase de certeza).

O governo continua a assobiar para o lado. Decretas umas calamidades como se com essa iniciativa os incêndios apagassem por si só. A ministra não consegue dar um murro na mesa de forma a mandar mais gente combater os incêndios. As autarquias, passadas que foram as mãos abertas para obras eleitoralistas, refugiam-se na velha ideia de não terem dinheiro para limpar as matas. Histórias conhecidas...

Ao mesmo tempo que tudo isto acontece António Costa não consegue ser um PM à altura dos acontecimentos. Quantas mais pessoas terão de morrer para que a Ministra da Administração Interna saia? Não é que vá resolver nada, mas certamente que o seu CV não ficará mais iluminado com estas desgraças. E necessitamos de alguém que pegue "o touro pelos cornos".

E com tudo isto o Governo continua em alta!

 

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                

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