Há uns anos uma colega minha que esteve muito ligada à Representação Portuguesa em Bruxelas dizia-me que era óptimo o Presidente da Comissão Europeia ser português. Obviamente que se referia a Durão Barroso.
Hoje e à distância que o tempo nos impõe ainda não percebi muito bem quais as vantagens que obtivemos daquele lugar ocupado em dois mandatos pelo antigo líder do PSD.
Da mesma maneira também não entendi que melhorias teve Portugal com a Presidência da Assembleia das Nações Unidas em 1995-1996 liderada pelo antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral.
Actualmente não reconheço nenhuma melhoria só porque António Guterres é o Secretário Geral na ONU.
Recentemente o nome do Ministro das Finanças. Mário Centeno. surgiu como possível Presidente do FMI. Mais uma figura lusa que pode subir ao palanque mundial, mas sem qualquer benefício para os interesses deste rectângulo.
Remato com esta questão: se temos tanta gente tão boa capaz de chegar ao topo de Organizações Internacionais como foi possível que chegássemos tão baixo de forma a pedinchar umas migalhas à velha Europa?
Não consigo perceber o que levará alguém a escolher o actual presidente do Eurogrupo e Ministro das Finanças do governo luso, para liderar o FMI. O Doutor Mário Centeno pode ser uma pessoa muito competente, mas tenho a sensação que não tem o perfil para liderar aquele entidade financeira.
Todavia há em Portugal alguém que eu gostaria de ver a liderar o Fundo Monetário Internacional. Chama-se Mariana Mortágua (a ministra sombra das Finanças!!!).
Não pensem que estou a brincar. A deputada do BE tem o perfil exacto para estar à frente de uma Instituição que ajuda os pobrezinhos. Países, claro!
É que esta coisa de se criticar as políticas e decisões económicas de um país sem se ter qualquer responsabilidade é demasiado fácil. Como diria alguém: criticar é fácil, fazer melhor melhor é que é dificil!
A deputada parlamentar associada às diversas comissões de Economia e Finanças no âmbito da Assembleia da República necessita rapidamente de assumir um cargo destes, de forma a perceber que a teoria é, infelizmente, muito diferente da prática.
Até lá vai debitando umas ideias que já ninguém crê e ninguém quer!