Salvar o quê?
A questão que levanto neste título pode ter diversos alvos.
O problema do Verão passado com a morte de mais de uma centena de pessoas e o dizimar de diversas manchas florestais, algumas delas com centenas de anos, levou a que o actual governo acabasse por ordenar a limpeza de matas tanto ao redor das povoações como ao lado das estradas.
Mas das duas uma ou os responsáveis não percebem da coisa ou então estas leis servem somente como propaganda política, já que é sabido que os fogos nas florestas se propagam, na maioria das vezes, pelas copas e não pelo chão.
Todavia o essencial continua por resolver. A nossa floresta mediterrânica com este tipo de pinheiro bravo carregado de resina é altamente combustível o que ajuda ainda mais à propagação dos incêndios. Prevenção é necessária, mas antes de mais será útil que cada região, cada Câmara, cada Freguesia conheça a fundo o seu parque de árvores e para cada um se apliquem medidas diferentes, conforme as árvores, os caminhos, as equipas de sapadores, etc.
Não basta falar, ordenar. É necessário entender os erros do passado para não se repetirem no futuro mais ou menos longo.
Portanto salvar o quê? Eis a questão principal: o governo, a floresta ou as pessoas...
Tem a palavra a Geringonça.