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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Divagando!

Quantos de nós, enquanto jovens, refilámos, barafustámos, fizemos valer os nossos pontos de vista? Quase todos se não me engano.

E hoje perante as mesmas situações teríamos as mesmas reações?

Este é um tema sempre em discussão. A vida vai invariavelmente ensinando-nos a tornear os problemas de forma diferente.

O que ontem podia, à primeira vista, parecer um problema quase insolucionável, hoje será algo simples de resolver. E vice-versa.

Por isso pergunto-me muitas vezes qual a necessidade de fomentar quesílias se no fundo ganhamos... quase nada?

Na minha vida vi homens lutarem afincadameente pelos seus ideais, prejudicando muitas vezes as suas próprias vidas profisssionais e pessoais para, anos mais tarde, darem conta da utopia das suas ideias.

Talvez por isso já não compro lutas, guerras ou litígios, seja em casa, no trabalho ou noutro sítio qualquer.

Não merece a pena! Não fico mais feliz por isso.

Aceitar! - Parte 2

A Golimix respondeu a este texto com um comentário que abaixo transcrevo (com a devida e natural vénia e agradecimento). É um exemplo como aceitar está intimimamente ligado a... lutar. E unida outrossim ao inconformismo.

Eis o naco de bela prosa:

Sabes também eu sofro de um problema de saúde. Se procurares por dor no meu blogue encontras alguma coisa. Já falei para aí uma três ou quatro vezes no assunto. Isto para te dizer que a vida torce-nos as coisas e cabe-nos fazer a tal limonada com os limões, ou seja a aceitar e lutar com as armas que se tem. Ou então ficar azedo e resmungar.

Aqui há uns dias uma colega de trabalho, que só está há dois anos no serviço, não sabia que tenho dor crónica. Sabia que tenho alguns problemas com o braço mas só. Na conversa comigo ele perguntava espantada.
- Mas tens dor 24 horas por dia?
- (eu) Sim. Alguns momentos mais suportável e outros menos.
- Mas como é que consegues não demonstrar, e mesmo assim fazeres por trabalhar, arranjares maneira de sorrir e tudo?
- (eu) Se a dor estiver no suportável consigo, já que não me adianta absolutamente nada dizer que tenho dor, pensar que tenho dor, e viver para essa dor. É ela que vive comigo, não eu com ela. Aceito-a. Mas não gosto dela, tento livrar-me dela com vários tratamentos mais invasivos. Um dos quais, da última vez, correu muito mal e em vez de descer na escala de dor subi e esta passou ao insuportável todo o dia atirando-me outra vez para casa. Deprimi uns dias. Claro! Foi uma grande pancada que levei depois de uma luta enorme para chegar onde cheguei. Mas tive que erguer a cabeça aceitar e lutar.

Aceitar não é conformar, é viver com algo sem rancor, sem vingança, sem raiva. E lutando sempre pelos nossos sonhos mas com o coração limpo.

E em psicologia de dor, na consulta de dor, é uma das primeiras técnicas que se trabalha. Aceitar a dor.

 

Mais uma vez muito obrigado pela tua partilha. 

Aceitar!

Este tema veio à ideia após um comentário num pequeno texto que escrevi num outro blogue (eu avisei-te Golimix!!!!).

Aceitar é porventura a melhor forma de vivermos felizes... Ou melhor... se não formos completameente felizes pelo menos brandamente infelizes.

Durante toda a vida aceitei (mesmo que muitas vezes contrariado) o que o destino, fado, quimera, o que lhe quiserem chamar me reservou.

Sou filho único e mesmo que quisesse um irmão, como naquele tempo vinham da França e como o meu pai estava em Angola, tornava-se difícil. E assim fiquei sozinho. E aceitei...

Quando me perguntam qual o meu momento mais feliz na infância respondo sempre com o seguinte: o dia em que deixei de ser criança! Deste tempo, quase sempre de descoberta da vida e de aventuras não guardo gratas recordações. Mas aceitei...

Já "espigadote" tive a minha primeira paixão. Daquelas que nunca mais se têm... Mas enchi-me de coragem e falei-lhe da minha paixão que ela naturalmente recusou. E eu aceitei!

Muitos anos mais tarde e com outros caminhos trilhados ofereceram-me um trabalho numa livraria. Aceitei!

O tempo não parou e acabei por ir para a empresa onde ainda estou hoje. Aceitando...

Tive dois filhos mui diferentes em tudo. E aceitei!

A cegueira de uma vista e a surdez de um ouvido, com dois AVC's pelo meio também fazem parte da minha vida. Claro que aceitei!

Assim sendo direi apenas que a minha génese é aceitar! Sempre!

Vivo mais feliz? Não sei. Porque nunca vivi sem nunca saber aceitar.

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