Emotivamente racional!
Quando somos adolescentes ou até mesmo jovens com mais alguma idade, temos a teimosa percepção de que somos os únicos donos da verdade.
Tudo o que os pais, avós, tios ou outros amigos mais velhos possam dizer sobre determinado assunto nunca é tomado em consideração, tendo como base a ideia de que “… o mundo está diferente, não é como no vosso tempo”.
De uma forma mais assertiva diria que a emoção da juventude sobrepõe-se à razão da experiência.
Porém os anos não passam só pelos mais velhos… desenrolam-se sobre os mais novos e de um momento para o outro a tal verdade única e invencível, começa a apresentar algumas fragilidades.
É a altura em que nascem finalmente as primeiras dúvidas e quando se inicia a escutar, pela primeira vez, o que os outros mais velhos afirmam. E conquanto se vai envelhecendo mais nos vamos afastando das ideias da juventude e aproximamo-nos dos conceitos atribuídos aos mais velhos.
Aqui chegados passámos do 8 para o 88. A verdade, que em novo era formatada de determinada maneira, após o irreversível esmeril da vida tornou-se noutra completamente diferente.
Face a tudo o que escrevi atrás concluo que a verdade estará na maioria das vezes a meio caminho entre a emoção juvenil e a razão geriátrica.