Um dia perguntaram-se do que é que necessitava para ser feliz. Respondi naturalmente com um redondo nada. E ainda hoje penso assim.
Quando há tanta gente a aproveitar-se do lugar político, eu reservo-me o direito de optar por uma vida anónima e viver cada dia de forma serena e desapoquentada.
È óbvio que tenho muitas vezes momentos baixos e recheados de uma tristeza profunda, Todavia esta existe somente porque não consigo resolver alguns dos problemas com que me deparo diariamente.
O Mundo não é um lugar perfeito, mas poderia ser bem melhor.
O problema é que também nós não fazemos, bastas vezes, a nossa parte.
Mas adoramos queixar-mo-nos das nossas sofrívreis vidas.
Nada melhor que o amor para acabar esta já longa série, de uma espécie de desafios que eu trouxe para aqui.
Amar foi, é e será sempre muito importante na vida de um pacato cidadão. Quanto mais para um pobre de Cristo mais preocupado em sobreviver neste mundo tão árido de amor.
E neste amor envolvo não só as relações interpessoais, mas outrossim o amor a Deus, o amor aos nossos sonhos ou unicamente o amor à Natureza.
Portanto termino com um ensejo: que se ame muito, sim... e bem, também... mas acima de tudo que se ame... Simplesmente!
Vivemos certamente com o intuito de lá chegar. De alcançar aquele topo de montanha de desejos. Mas provavelmente o que importa mesmo é ter projectos, novas ideias, ensejos, sonhos...
Porque sem eles a vida não tem sal nem qualquer tempero.
E nada melhor que um apimentar de vida para que o nosso sangue volte a correr com força nas nossas veias.
Pelo meu lado, e se deus me der vida saúde e tino, terei sempre projectos para realizar...
Isso é que era bom... Com a minha idade será, provavelmente, muito difícil ter mais projectos que recordações. Ou, quem sabe, ainda vou viver muitos anos de forma a que possa engendrar outros tantos projectos.
Todavia se pensar bem do meu passado não guardo muitas recordações... Por isso nem me parece impossível ter mais projectos.
Na vida quotidiana guardamos tanto lixo nas nossas almas que dificilmente deixamos espaço para ideias futuras.
Portanto é bom procurarmos o caminho noutros trilhos.
Já dormi algumas vezes ao relento. Especialmente quando era mais novo e acampava.
A ligação que devemos ter com a natureza é normalmente muito proveitosa. Somos essencialmente seres urbanos, habituados e convencidos de que somos (quase) eternos.
Olhar a imensidão do céu numa noite de luar é algo que nem todos sabem apreciar.
Da mesma maneira o mundo que se espraia à nossa frente deve ser olhado como algo espectacular.
Porque o espectáculo está na própria vida. E de como sabemos vivê-la.
Viver sem internet 24h e que não seja por falta de cobertura
Nada mais fácil!
É certo que o acesso à internet é algo que seduz qualquer pessoa. A informação na hora, as opiniões, as mensagens... tudo parece ser muito importante para todos nós.
Mas conscientemente sei que não necessitamos estas plataformas para viver. Tal como de outras coisas.
É por vezes necessário fugirmos então deste mundo, cada vez mais atribulado, sairmos do conforto dos nossos lares, para percebermos o que é realmente importante nas nossas vidas.
Porque já por diversas vezes estive à beira-mar e a chover. Seria fácil...
Mas despojarmo-nos de tudo o que temos é uma daquelas iniciativas que nem todos seremos capazes de assumir. Eu incluído! Habituamo-nos durante anos a viver assentes em determinados pressupostos que mui dificilmente somos levados a abdicar deles.
E na maioria dos casos nem temos consciência disso. Todavia basta correr sem roupa à chuva para finalmente percebermos e acima de tudo dar o respectivo valor ao que temos.
Temos pouco? Talvez... Mas há quem não conheça a palavra ter... Porque nunca teve!
Ena... este é daqueles desafios que me obrigam a puxar pela cabeça. Primeiro porque a questão não é simples e envolve uma outra parte. Segundo porque este parece um daqueles desafios com "pano para mangas".
Mas um sítio onde jamais faria algo parecido seria em cima da neve. O frio é inibidor...
Todavia se olhar para este exercício somente como um teste à capacidade humana para superar desafios, percebo que tem muitas potencialidades. Todos nós temos pequenos traumas, receios oriundos sem se sabe muito bem de onde e que por vezes nos limitam no nosso relacionamento com os outros.
Este será porventura um daqueles exercícios que jamais farei. Não por vergonha ou incapacidade, mas somente porque nunca me sentiria confortável com a situação.