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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

O nosso valor!

Há uns tempos largos vi um cartoon, onde um homem com muitas malas a abarrotar de dinheiro se apresentava a S. Pedro e onde  este dizia:

- Não vale a pena trazer isso para cá, pois não irá ter necessidade.

Na verdade anda por aí muito pessoal a encher a carteira à custa dos outros para um dia, quando morrerem, deixarem cá tudo. Também sei que haverá quem se julgue eterno apenas por aquilo que tem. Outros ainda estão convencidos que com o seu dinheiro comprarão a eternidade. E nem estou a falar pelo prisma religioso que este tem também muito que se diga.

A eternidade Não é nem nunca será negociável e ganha-se com homens como Leonardo Da Vinci,  Miguel Angelo ou Gaudi. Como Camões, Shakespeare ou Dumas. Ou até como Mozart, Beethoven ou Strauss.

Todos os que referi acima ganharam a verdadeira eternidade entre os homens. O valor de toos eles estava muito acima das riquezas  que não tinham, mas haveria quem tivesse.

Assim sendo o nosso valor não está no que temos, mas no que somos para os outros. Como exemplo, como força da natureza, como alguém com bons princípios.

Um dia à porta do Céu o rico e o pobre irão encontra-se e terão ambos mortalhas iguais!

 

Palavras que dizem tudo!

Ontem li:

"O homem faz planos e Deus ri-se".

Uma frase que em apenas sete palavras resume a essência dos nossos dias. Por muito que lutemos diariamente, que compremos demandas, a verdade é que nunca somos senhores de todos os nossos actos e muito menos do nosso próprio futuro.

Tanta gente que julga que viverá eternamente deveria perceber que a vida é feita de mais incertezas do que de dados adquiridos.

Só um aparte. Deus na frase supra não corresponde apenas a qualquer crença corresponde àquilo que nos torna diferentes dos demais animais: o livre arbítrio.

A gente lê-se por aí|

A um Deus que não existe!

Cada vez serão menos, em todo o Mundo, os crentes em Deus. E este Deus que me refiro não é unicamente o católico-apostólico-romano, o anglicano, o ortodoxo, o hindu ou Alá. A ideia de Deus perfeito e acima de todas as coisas será semelhante na generalidade das religiões e credos, mesmo as politeístas. Digo eu!

Há dois dias comemorou-se os 20 anos da tragédia asiática quando um enormíssimo tsunami originou ondas enormes que destruiram regiões inteiras matando mais de um quarto de milhão de pessoas. Já para não falar de desalojados.

Devido a esse fatídico dia muito se escreveu e filmou... Uns contando somente aquilo que assistiram horrorizados e impotentes, outros o que lhes aconteceu com diferentes e estranhas análises e conclusões. Umas mais realistas outras quase romanceadas. Até de um autor português, entretanto desaparecido, li sobre este terrível tema. Curiosamente, ou se calhar não, o livro chama-se "E Deus pegou-lhe pela cintura"!

No passado dia 26 li que uma jovem portuguesa, na altura dos acontecimentos com apenas 13 anos, escrevera e publicara recentemente um livro sobre o que lhe havia acontecido. Disse a autora que a determinada altura e no meio de todo aquele gigantesco alvoroço de água, lama e destroços, gritou por Deus e que logo á frente viu um cabo ao qual se terá agarrado. E salvo.

Este brevíssimo relato fez-me recuar perto de meio século quando logo a seguir ao 25 de Abril, na pacata e piscatória vila da Nazaré, muitos pescadores quando se viam aflitos para chegar a terra vindo do mar tempestuoso (as ondas gigantes são do outro lado do promontório) rezavam a Deus e essencialmente à Nossa Senhora da Nazaré que lá do Sítio velava pelos homens do mar! O curioso é que naquela altura muitos pescadores haviam renegado as suas crenças em Deus e nos Santos protectores porque não queriam estar ligados á igreja que apoiara o Estado Novo, recentementre destituído por um golpe de Estado.

Também na nossa normal linguagem o "se Deus quiser", "por amor de Deus", "Deus queira que sim" é usado amiúde. Entretanto os americanos mais susceptíveis com estas coisas sbustituiram o conhecido "Oh my Good" por um idiotismo "Oh my gosh" (nem imagino se será assim que se escreve!).

Dito isto diria que muitas pessoas não querem, nem gostam, nem supostamente necessitam de acreditar em Deus. Porém quando sentem os fundilhos bem apertados é ouvi-los em preces para com o tal Deus que não existe, nem acreditam.

Eu, ao invés, acredito sempre Nele, mesmo quando as minhas coisas correm menos bem!

Uma lição!

Há muitos, muitos anos conheci na aldeia um homem sui generis, mesmo para aquela época. O nosso primeiro encontro foi na estrada quando eu, um rapazola ainda muito imberbe, passava os dias rua acima rua abeixo na minha bicicleta. Como andava sempre a "assapar" certa vez quase me esbardalhava contra o seu enorme rebanho de cabras. Pedi-lhe desculpa, mas aquela figura do ti' António Costa chamou-me à atenção. Já muito entrado na idade, percebi-lhe na voz uma certa deficência: era fanhoso!

A verdade é que esse foi o nosso primeiro diálogo. Alguns outros se seguiriam, poucos, mas de um deles ficou uma lição de filosofia para a minha vida. Quiçá a primeira e que anos mais tarde consegui claramente entender.

O ti' António era um pobre homem a quem ninguém lhe conhecia amizades, mas ele também não as favorecia. Nunca ia à taberna e se alguém por acaso o convidava para beber um copito, ele respondia:

- Não vou, depois queres que pague eu...

Se insistiam lá ia, mas escutava logo um assobio colectivo:

- O ti' António na tasca? Quem será o desgraçado?

Na verdade o velho pastor vivia numa casa que mais parecia um pardieiro. Não tinha água, nem casa de banho e muito menos electricidade. O que comia poucos sabiam, mas não deveria variar muito de batatas, tomates ou feijão que ele fazia questão de cultivar.

Um dia percebi que o seu parco rendimento financeiro advinha da venda do leite a uma cunhada e de alguns cabritos e cabras mais velhas, para o talho. Mas se recebia pouco, também era verdade que não gastava uma moeda.

Das últimas conversas que tive com ele e perante a minha insistência sobre o que fazer com o dinheiro ele deu-me esta lição:

- Quem te dera a ti, meu rapaz, gostares tanto de estrafegar o teu dinheiro, como eu gosto de poupar o meu!

Esta frase que na altura entrou a 100 e saiu a 200, só muitos anos mais tarde, como já observei acima, se tornou numa assumida filosofia de vida.

Transportada para o dia de hoje aquela frase traduz com uma simplicidade quase absurda o que deveria ser a nossa vida: fazer unicamente o que gostamos, sem termos vergonha nem receio.

Ti´António foi encontrado morto por uma irmã, no chão imundo da casa, rodeado de todo o género de bicharada peçonhenta.

Nunca ninguém falou se encontraram dinheiro.

Ser-se idiota!

Li há tempos uma frase que dizia o seguinte: quando morres não sabes que morreste e quem sofre são os outros, o mesmo se passa com os idiotas!

Ora um idiota não é uma pessoa que tem ideias. Isto é... até pode ter, mas são tão imbecis, que nem merecem referência.

Lidei na minha vida com alguns idiotas... daqueles tenazes e fundamentalistas. Eram tão idiotas que poderíamos até dizer uma piada para os ofender que nem percebiam. O pior neles é julgarem-se os maiores do planeta Terra e arredores.

A idiotice não é assumidamente uma doença, mas somente uma certa filosofia de vida. O problema hiperboliza-se quando os idiotas têm algum poder. Basta olhar para a política e para o futebol, dois ninhos onde nidificam estas espécies de aves idiotas, para perceber o que estou a dizer.

Termino com outra frase conhecida: não é idiota quem quer, mas só quem pode!

Felizmente eu não posso, nem quero!

Filosofia à portuguesa!

Em Portugal a corrupção é assim como o nosso Vinho do Porto: pode-se não beber, mas está ali sempre à mão para uma eventualidade.

Ouso mesmo acrescentar que quase todos os portugueses já deitaram mão dessa garrafa, seja por necessidade premente ou por mero ensejo de chegar mais longe.

Não falo obviamente daquela grande corrupção que envolve políticos, empresários e demais DDD, mas somente daquele favorzito que se pede ao senhor presidente da Junta prometendo votar nele nas próximas elelições ou um simples pedido de emprego como servente lá na empresa por troca daquele presunto e da garrafa de vinho especial!

Começa-se sempre por baixo, onde a corrupção quase nem se nota, ou se se nota ninguém liga, porque "hoje és tu, amanhã serei eu"! Mas a coisa tende a crescer... em pesos e envolvidos. Da Junta de Freguesia passa ao Presidente da Câmara e deste a um adjunto de alguém conhecido. E a partir daqui... será sempre a escalar!

A corrupção vive tatuada na génese lusa... E há-de ficar para sempre! Porque está intimamente ligada àquela filosofia "tão nossa" do desenrascanço, que assenta na conhecida ideia: não importa como se resolve a situação... o que conta é que fique solucionada!

Portanto não vale a pena preocuparmo-nos com o que irá acontecer daqui para a frente em termos políticos, porque saindo estes, logo entram outros com a mesma filosofia!

Sempre foi assim e sempre será!

Amanhã: o ilustre desconhecido!

O melhor que o ser humano tem é aquilo que não tem. Parece confuso? Mas eu explico.

O que o nós humanos temos realmente de mais aliciante no nosso dia a dia é não sabermos como será o dia de amanhã! Se tivessemos cem por cento de certeza no futuro ainda viveríamos mais infelizes.

O que nos encanta é o desconhecido, é termos consciência que esta vida acarreta consigo um enormíssimo mistério e para o qual nunca temos uma explicação lógica. Fosse a vida uma ciência exactatal como é, por exemplo, a matemática e não teria qualquer graça.

Podemos no limite calendarizar alguns eventos, mas só chegado à hora é que temos a certeza de os viver. Quase diariamente chega-nos a informação  por vezes triste de pessoas muito mais novas que nós e que faleceram, enquanto há outras muito mais velhas e que continuam por cá. Umas mais sóbrias, outras menos cientes, mas ainda assim vivas.

Como animais lógicos e com conhecimento tecnológico ainda estamos reféns daquilo que não dominamos e que se chama simplesmente... vida!

A gente lê-se por aí!

A idade não perdoa!

Quando chegamos a certa idade e começamos a ver os nossos a definhar, ficamos com aquela ideia ou será sensação: amanhã sou eu que estou assim!

Quer queiramos quer não, a idade tudo nos dá e tira.

Dá-nos sabedoria, mas tira-nos descernimento!

Dá-nos sensatez, mas esconde-nos memória!

Dá-nos calma, mas retira-nos a consciência!

Portanto cada dia será mais um dia. Vivido em plenitude ou muitas vezes nem isso.

Nesta altura da minha vida peço pouco da vida. Talvez um pouco mais de paz no coração, uma noite tranquila e saúde q.b.

Vejo neste mundo tanta demanda, tanta bravata que me sinto chocado. Seria bom que muitos ouvissem o que os chineses dizem após uma partida de xadrez: o peão e o rei encontram-se dentro da mesma caixa.

A verdade é por vezes tão simples.

A gente lê-se por aí!

O vai-vém da vida

A nossa vida não é nenhuma nave espacial (será especial?) que nos leva a qualquer lado e nos traga são e salvos. Longe disso...

Os nossos dias são sempre preenchidos por opções. Que podem redundar em coisas horríveis ou em momentos maravilhosos.

Porque tudo o que fazemos tem um retorno.

Se fizermos algo de bom certamente que mais à frente receberemos a contrapartida bem positiva. Da mesma forma se nos mostrarmos naquela essência menos simpática é certo que receberemos troco.

É este "toma/dá cá" sem prazo nem tamanho que rege os nossos dias e a base da vida de todos nós. Na maioria das vezes sem termos consciência disso.

Talvez por perceber esta filosofia é que tento aproveitar tudo o que a vida tiver para me dar. Se for maravilhoso... óptimo. Se não... há que aceitar.

A gente lê-se por aí!

Quem manda?

Por vezes vivemos dilemas na vida para os quais jamais estivemos preparados. E o pior que nos pode acontecer é esse virus consiga invadir os nossos dias. Nunca mais descansamos, sendo que o pior de tudo é a guerra que cresce no nosso peito.

Tudo isto porque somos seres humanos e temos consciência. Da vida, da morte, do que será normal ou daquilo que nos ultrapassa, no fundo da finitude. Daqui talvez a incessante busca de respostas para as nossas dúvidas ou dilemas. Daqui, quiçá, endossar para entidades divinas algumas das culpas do que nos acontece! "Foi a vontade de Deus!" dizemos amiúde quando algo nos corre menos bem, já que se correr bem tivemos uma óptima decisão e não foi necessário qualquer intervenção divina.

Porém será dentro de nós que reside as escolhas que fazemos. Boas ou más, repentinas ou amadurecidas, radicais ou tradicionais! E não devemos nunca culpar os outros pelas decisões que tomamos.

A vida está repleta de dúvidas, dilemas, opções. Então a quem cabe a verdadeira decisão: ao coração sempre tão emotivo e exposto ou à cabeça onde reside a lógica e algum bom senso?

No fundo é nesta dictomia que residem as nossas verdadeiras escolhas: coração ou cabeça? E qual deles terá mais força?

A questão fica totalmente em aberto para que pensem no assunto.

Digam lá, sinceramente, quem manda aí dentro... onde dói!

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