Tive na família um primo afastado que além de ser professor de português e francês, escrevia livros, gramáticas e tinha uma enormíssima coleção de caixas de fósforos, algo que hoje caiu em desuso.
O "Primo Doutor", tal como era conhecido entre todos nós, tinha também uma paixão pelo cinema amador. Para além de muitos documentários sobre a labuta no campo, todos filmados na aldeia, dedicou-se outrossim a realizar curtas-metragens.
De todas as películas que fez há uma que ficou famosa na família. Chama-se "O rapto" e a estória tem pouco enredo. Todavia as personagens principais deste filme foram pessoas deveras importantes na minha vida. A começar pelo suposto criminoso oscarmente interpretado pelo meu avô materno. Depois surge a minha avó materna de varapau na mão, um tio de arma em riste, primos e muita criançada da aldeia como meros figurantes.
Um filme mudo ao qual recentemente foi adaptada uma música de fundo.
Não foi filmado por um Visconti ou Fellini, mas será certamente o filme da minha vida!
Tenho um armário com uma série de filmes que gostaria de ver alguns que nunca vi e rever outros. Todavia o equipamento blu ray que me ofereceram há 14 anos já não consegue ler os filmes. Portanto das duas uma:
- ou deito tudo fora;
- ou compro um novo leitor.
Neste momento estou inclinado em adquirir um novo leitor, até porque não imagino quanto custará mandar reparar o antigo.
Imagino que muitos pensarão, e com alguma propriedade, que esta tecnologia já se encontra em desuso. Mas da mesma maneira que não deitei fora os discos de vinil, as cassetes de bobines, nem as cassetes de vhs também não me sinto confortável em desfazer-me destes dvd's.
Caberá aos meus descendentes dar caminho a estas coisas quando eu já não estiver presente. Para já ficam os filmes e virá um equipamento novo!
Antes de desenvolver o tema sobre a pirataria informática assumo que sou totalmente contra este tipo de actividade. A informática na sua génese é uma criação de um produto que depois será comercializado. Da mesma maneira que são os livros, discos ou filmes. Portanto diria que deveria estar sob a alçada dos direitos de autor. Todavia não sou jurista e nada sei de leis sobre assunto.
A pirataria informática é quase uma indústria paralela tantas são os sítios da Internet que disponibilizam conteúdos supostamente gratuitos que na origem seriam principescamente pagos. Mas é neste litígio de valores que assenta, provavelmente, a maior razão da pirataria.
Se pegarmos na SportTv temos valores que variam entre os 20 euros por mês para o mais básico até aos 40 euros com direito a tudo e "mais_um_par_de_botas"!
Vinte euros por mês dá 240 euros por ano o que equivale a quase metade do ordenado mínimo nacional. Ora se alguém conseguir aceder aos mesmos conteúdos por exemplo por 60 euros anuais (isto é quatro vezes menos) parece quase tentador que se deixe a plataforma legal para passar para a pirataria.
Se juntarmos a tudo isto canais com filmes... passaremos a estar perante um enorme dilema: pirataria sim ou não?
Deste modo, se bem que como já referi acima, não concorde com esta forma ilegal de ver televisão, também me parece uma espécie de forma de luta contra os preços, por vezes, exorbitantes que pedem pela visualização de certos canais.
Não seria mais sensato as empresas baixarem os preços para angariarem mais clientes? Provavelmente ganhariam menos individualmente, mas acabariam por sair beneficiados porque teriam mais gente a assinar as suas plataformas.
Entretanto no vastíssimo mundo dos jogos on-line há um pouco de tudo: acessos gratuitos e outros bem pagos. Mas tenho a ideia que neste as opções são muito maiores porque há muito mais escolha. Logo a pirataria é menos usual.
Não imagino como será daqui a uns anos, contudo fico com a ideia de que a pirataria veio para ficar... E por muito mais tempo do que se julgava!
Já havia lido críticas muito positivas sobre o sucesso da Nelflix (passe a publicidade!). Outras ainda assim menos fantástcicas.
Durante algum tempo fui adiando, adiando, adiando... até que enchi-me de coragem e dediquei o tempo necessário para ver um dos grandes filmes dos últimos tempos.
A história conta uma impensável amizade entre os dois últimos Papas (Bento XVI e Francisco), um demonstrando incapacidade para mudar, outro denotando uma inabalável vontade em ... se reformar da vida eclesiástica.
Um filme poderoso onde o poder verbal do Cardeal argentino se sobrepõe e destaca da teologia de Ratzinger.
Depois... bom depois temos Anthony Hopkins como Papa Ratzinger o que é naturalmente selo de filme com qualidade extra.
Já perdi a noção das vezes que vi este filme. E se por acaso ele está a passar na televisão, nem que sejam os últimos dez minutos, eu paro para ver o que resta.
Forrest Gump é um daqueles filmes que me marcou atá à medula. Nem sei explicar porquê. Ainda hoje me comovo ao (re)vê-lo.
Por vezes temos destas coisas parvas: gostamos ou odiamos sem quase haver razão. Este é um desses exemplos.