A cor da dor e do pecado!
O título é uma das mais belas frases que se podem escutar no espectáculo que Filipe LaFéria ergueu no Politiema desde Março passado.
De nome "Severa", este musical conta a história triste da mãe do Fado, uma prostituta que no século XIX retirou o fado das tabernas e das vielas, trazendo-o para a ribalta.
Como é hábito o encenador mais conhecido e reconhecido em Portugal não deixou nada ao acaso. Os actores, o guarda-roupa, os cenários, os jogos de luzes tudo sai na perfeição.
A curiosidade de hoje é que Filipe LaFéria estava presente à entrada a receber os espectadores e a autografar o livro do espectáculo.
Depois lá dentro na sala... tudo ganha outra dimensão e outra, porque não dizê-lo, loucura. O musical que estava marcado para começar às 21 e 30 iniciou com cinco minutos de atraso. Nada de muito grave. Só meia-hora depois de ter iniciado é que Anabela subiria ao palco no seu excelente papel de cantadeira de Fado vadio.
O grupo de actores é soberbo, mas reconheço que o papel e a representação de "Custódia" (o amigo deficiente de Severa) atingiu um patamar muito acima do que provavelmente seria suposto.
Está de parabéns, uma vez mais Filipe LaFéria, a cidade de Lisboa e os espectadores que já tiveram a oportunidade de ver este musical.
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