O Natal passado trouxe-me um Concerto de Ano Novo que assisti no CCB logo no dia 1 de Janeiro e uma saída ao Politeama para ver o mais recente espectáculo de Filipe La Féria, Laura.
Tal como indica o nome este musical roda à volta da celebárrima actris Laura Alves, a menina de diversos amores e que morreu,, talvez, cedo demais.
Figura controversa do nosso teatro, estou espectante quanto à peça que irei hoje presenciar, ciente da chancela de qualidade que La Féria costuma colocar nos seus espectáculos.
Veremos como se sairá deste desafio! Que não me parece ser muito fácil
Já perdi o conto às vezes que fui ver os espectáculos de Filipe La Féria (alguns deles mais que uma vez). Todavia só iniciei a assistir aos seus bons espectáculos aquando do musical Amália, que vi repetidamente. Perdi estupidamente "Passa por mim no Rossio" ou "Maldita Cocaína" entre muuuuuuuuuuitos outros.
Assim sendo, e sem qualquer ordem cronológica, assisti:
Casa do Lago (com a inesquecível Eunice Muñoz e Pedro Lima):
Gaiola das Loucas:
Violino no Telhado,
My Fair Lady,
Revista à Portuguesa,
Jesus Cristo Superstar,
Música no Coração;
A Severa;
Fado, história de um povo;
e finalmente assisti ontem a:
Revista é sempre Revista.
Sendo a Revista um das mais populares formas de teatro português, a que se junta 100 anos do Parque Mayer, pareceu-me natural que o reconhecido encenador Filipe La Féria recriasse alguns dos momentos mais marcantes da Revista, num super espectáculo apresentado no costumado centro de teatro, alegria e diversão de Lisboa: o Teatro Politiema!
A sala aprentemente cheia (fiquei na primeira fila, sem muita percepção de como se encontrava o recinto) deu força e mais alegria a uma revisitação de tantos e memoriáveis sucessos que todos nós ao longo da nossa vida fomos ouvindo.
Certamente que muito do que ali se cantou e reviveu dirá muito pouco ou nada às gerações mais novas. No entanto a forma como La Féria encena o espectáculo faz com que todos os presentes, sem excepção, entrem fluentemente no espírito da... Revista.
Temi a ausência de referências como Ivone Silva ou Camilo, mas felizmente enganei-me. Gostei outrossim da bonita homenagem a Eunice Muñoz. Merecidíssima!
Em conclusão breve diria "Revista é sempre Revista" é um óptimo espectáculo que merece ser visto e apreciado por todos os portugueses!