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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Laicidade e conveniência

Há uns anos, mais propriamente no tempo negro da troica, foram retirados aos portugueses quatro feriados. Dois de carácter cível – o 5 de Outubro e o 1 de Dezembro – e dois de âmbito religioso – o Corpo de Deus e o dia 1 de Novembro ou o dia de Todos os Santos.

Foi já no governo liderado por António Costa que todos os feriados foram repostos para enorme gáudio dos portugueses, fossem eles crentes, agnósticos ou simplesmente ateus.

Sei que os nossos feriados estão inscritos nos diversos Códigos de Trabalho e noutros acordos laborais, que a Igreja católica teve uma palavra muito importante nessa decisão, mas no meio disto tudo há algo que me espanta e que se prende com a dita laicidade de Portugal.

Se não vejamos… Quando a Igreja Católica opina ou pretende alguma alteração legislativa, seja ela qual for, logo vêm a terreiro alguns artistas com a conhecida teoria que Portugal é um pais laico e que a igreja Católica não deveria intervir na sociedade civil.

É verdade que a nossa Constituição nada refere quanto à religião preponderante no país. Mas não colando Portugal a nenhuma religião, certo é que há, num ano cível, cerca de seis feriados de cariz religioso.

Ora se somos o tal país laic, porque temos uma imensidade de feriados católicos que tanto alegram os lusos trabalhadores?

Pois é… à boa maneira portuguesa adoramos ter o melhor dos dois mundos e a religião só interessa mesmo para algumas coisas…

E já nem questiono as causas de outras tendências religiosas que deveriam ter direito outrossim aos seus próprios feriados.

Conveniências à portuguesa… laicidade à parte!

Num dia que já foi feriado…

Ontem pela tarde parti de Lisboa com destino a Castelo Branco. Carrinha carregada e família disposta a fazer a viagem de noite, lá partimos.

Nestes dias de Outono as noites chegam depressa. E já na auto-estrada deparei-me com um problema eléctrico na carrinha. Pensei parar numa estação de serviço, mas em boa optei por tentar chegar à minha aldeia, que fica a meio caminho entre Lisboa e Castelo Branco,

Mal parei o veículo este não mais tugiu nem mugiu. A bateria tinha-se finado. Telemóvel na mão lá contactei um electricista de automóveis, conhecido do meu pai, que se comprometeu em resolver o meu problema hoje.

Era meio dia de um dia de Todos-os-Santos, antes feriado, quando parti novamente para a estrada com uma bateria nova, um alternador reparado e o problema completamente resolvido.

Quase me odiei por pensar o que pensei, mas agradeci à troika por obrigar este governo a cortar em feriados.

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