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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

A felicidade é um momento!

Há quem considere que ter muito dinheiro seria a felicidade completa. Outros prefeririam ter uma enorme casa (sem ninguém para lá colocar dentro) e outros ainda ter aquele carro todo xpto.

Portanto... ter algo! Dinheiro e mais dinheiro, coisas, casas, carros... Tristezas, acrescento eu.

A felicidade é uma bóia na vida de cada um de nós. Sobe e desce conforme vamos caminhando, mas nunca se afunda independentemente do estado do mar das nossas vidas.

Hoje fui à  primeira consulta pós-cirurgia. O médico que me operou recentemente aprsentou-me o resultado da análise, (uma HBP - Hiperplasia Benigna da Próstata) o que em termos reais quer significar que não é canceroso. Mas a forma estusiasmada como o cirurgião o comunicou fez-me ainda mais feliz, porque senti que foi sincero ao dizê-lo. Parecia que estava a falar dele mesmo.

Foi um momento singular, único de felicidade pura e genuína. Que dinheiro nenhum do Mundo conseguiria fazer acontecer!

A gente lê-se por aí!

A idade que não tenho!

Lembrei-me hoje de uma entrevista dada por Ney Matogrosso, o fantástico falsete da música brasileira. Dizia ele a determinada altura que tinha consciência da idade que contava, mas dentro do seu corpo havia algo que ele próprio não sabia explicar e que não o deixava ter essa idade.

De súbito percebi que não era só eu que sentia que a minha idade interior é justamente inferior àquela que o meu cartão de identificação me transmite e mostra.

Num convívio restrito de amigos costumo dizer meio a brincar meio a sério: o CC diz 65, o meu coração tem trinta e o meu espírito metade. Pode parecer brincadeira, mas é isso que sinto.

Enquanto muitos parecem ter mais idade do que têm, eu faço o caminho inverso. Acima de tudo porque só acredito na plena felicidade interior se formos profundamente sérios, não só com os outros, mas connosco.

O enorme armário que esconde, tantas vezes, a sexualidade é o mesmo que encerra os anos que cada um sente ter.

Bom fim de semana!

O dom da vida!

Na minha vida há eventos estranhos ou, no mínimo, curiosos. Entre muitos, que não irei agora referir, recordo um, assaz importante e que ocorreu em 1987. No Sábado de Aleluia desse ano fui a um casamento com a minha mulher que apresentava já uma volumosa barriga de fim de gravidez.

Já em casa noite dentro acorda-me dizendo que rebentaram as águas e aí vamos nós, numa fona, a caminho do Hospital da Cruz Vermelha. No dia seguinte foi Domingo de Páscoa e nessa mesma madrugada nasceu o meu primogénito.

Dêmos um salto na tábua do tempo de quase trinta e sete anos, para aterrar nesta Sexta-feira Santa da Páscoa. Ainda esta semana a minha nora fora à médica que a acompanha na sua gravidez, concluindo que o parto ainda estaria longe...

Pois é... há coisas na minha vida quase inexplicáveis já que pela manhã surgiu o meu filho apressado comunicando que a mulher entrara em trabalho de parto.

De tudo isto resultou que hoje, dia 29 de Março do Ano da Graça de 2024, fui avô pela terceira vez. Agora de um rapaz.

Portanto e com tanta coisa estranha ao nosso redor sinto-me grato em poder dizer: o dom da vida é um bem precioso que infelizmente nem todos valorizam.

Agora temos de o ajudar e aos pais a crescer e a educar!

Será por tudo isto que prefiro a Páscoa ao Natal?

Consoada!

Este ano o Natal será mais cheio... de gente! É quer as netas já contam. Se uma tem quase quatro anos e a outra ainda não comemorou o seu primeiro aniversário, é certo que a alegria é a rodos.

Entretanto veio cá uma sobrinha-neta também para brincar!

Resultado: uns partem, outros chegam e assim se completa o ciclo da vida!

Quando por vezes fecho os olhos e pergunto e se... nunca tivesse sido pai como estaria hoje?

Não consigo imaginar, mas de uma coisa tenho a certeza... não seria mais feliz do que sou hoje, porque estas minhas crianças são uma espécie de carregadores de felicidade do meu coração!

Ser feliz: será sempre uma luta!

Há uns dias ouvi alguém dizer que "só se é plenamente livre se conseguirmos, durante o dia, dedicarmos tempo àquilo para a qual nos sentimos vocacionados".

Quase concordo com esta ideia. Mas o que faz desviar da total concordância prende-se com aquela nossa dúvida em que nos perguntamos: estarei inteiramente vocacionado para isto que estou a fazer?

Somos seres inundados de dúvidas e de incertezas. Queremos por isso antecipar o futuro, preferencialmente entendê-lo e acima de tudo tentar adivinhá-lo. O cerne é que este não está na sua totalidade nas nossas mãos. Haveremos de vivê-lo, quiçá até influenciá-lo alguma coisa, mas pouco mais.

Quando trabalhava costumava dizer: não faço o que gosto, mas gosto do que faço! Parece uma parvoíce, mas está longe de ser uma imbelicidade, sendo mais uma evidência lógica. Assim no meu tempo de activo "não fazia o que gostava" porque sentia que poderia ser muito mais útil noutra função. Mas aquilo que era a minha normal actividade era algo em que me sentia bem ao fazê-lo "mas gosto do que faço"!

Viver feliz diariamente obriga-nos a uma espécie de bravata contra muita coisa que nos rodeia. Mas valerá sempre a pena lutar!

Sempre!

Resposta nº 7...

... a este desafio da Ana

Tema: escreve sobre a felicidade

Felicidade é:

- escrever muito;

- ler mais ainda;

- rir sem parar;

- chorar em silêncio;

- ver o pôr do sol;

- perceber a alvorada;

- sentir a água do mar;

- poder beijar quem gosto;

- assobiar aquela melodia;

- sentir a chuva a bater na janela;

- dormir ao sol na praia;

- amar os meus;

- sentir a fé no coração!

Os meus dias... infantis!

Durante muitos anos não houve crianças cá em casa. Mas havia juventude que em termos de (não) arrumações nem sei quem é pior!

A verdade é que desde que tenho a neta em casa, surgiu um fenómeno invulgar que consiste em aparecerem brinquedos em todos os lados, até naqueles inimagináveis.

Ao fim do dia cabe-me arrumar toda a tralha infantil que encontro... sabendo logo que no dia seguinte aquela voltará a espalhar-se pelo chão da casa.

Hoje, ao invés de há trinta e muitos anos, não estou preocupado nas desarrumações infantis, mas tão somente na alegria desta criança que diariamente me é entregue.

Repetidamente o chão atapeta-se de brinquedos, livros e demais artefactos pediatricos, para minha alegria e felicidade infantil.

Fico sempre a pensar como muitos pais com crianças deficientes adorariam ter a casa deles desarrumada.

Uma filosofia de vida

A estória da minha vida não é daquelas de fazer chorar as pedras da calçada, mas tenho quase a certeza absoluta que muita gente que tivesse passado o que eu passei estaria nesta altura dependente de muitos medicamentos.

Cada um é como é, da mesma maneira que ninguém deverá obrigar os outros a serem da maneira que acham que deveriam ser. Como fizeram comigo, por exemplo, muito tempo. Demasiado, acrescente-se!

Todavia com os anos fui-me libertando desse espécie de jugo e, usando uma lingiuagem informática, a determinada altura formatei o meu cérebro e consequentemente a minha vontade.

Deixei de me preocupar com aquilo que os outros pensavam de mim, procurei ser leal a mim mesmo em detrimento de outras opções quiçá mais apelativas, passei, no fundo, a preocupar-me em ser feliz.

Mas a felicidade não é uma poção que se compre numa farmácia nem numa ervanária... A felicidade é um estado de alma contendo duas peças fundamentais. Uma chama-se aceitar o que a vida nos dá e a segunda traduz-se numa outra palavra: coragem!

Com a primeira percebemos que aquilo que não podemos mudar é para aceitar sem qualquer rebuço já que, provavelmente, nunca dependeu de nós. Porém a segunda envolve-nos até ao fundo. A coragem não é apanágio dos heróis de filmes de aventiuras, mas envolve cada um de nós na plenitude do nosso pensamento e vontade.

Ao invés de muitos que se dizem cobardes perante a vida, assumo que essas pessoas nunca perceberam o que constitui a verdadeira coragem do ser humano.

Coragem é ter medo, mas ainda assim avançar;

Coragem é viver inseguro, mas ciente que pode ganhar;

Coragem é gritar a plenos pulmões para que possa ser ouvido;

Coragem é amar o impossível!

Olhe então cada um de vós para dentro de si mesmo e pergunte o que pode e deve aceitar e aquilo que pode e deve ter coragem para mudar.

Um dia seria bom pensar nisso! O que acha?

Uma lição que aprendi!

(Uma resposta a este postal da Mafalda!)

A vida ensinou-me muita coisa. Ensinou-me mais aquela que todos os compêndios da escola onde também, verdade seja dita, nunca estudei.

Trabalhei durante mais de 40 anos, abraçando diferentes desafios: fui vendedor de enciclopédias às portas, lavei loiça num café, trabalhei numa livraria, fui amanuense num escritório, caixa num banco para terminar a minha vida laboral como técnico de informática. Durante todo este tempo lidei, sem qualquer exagero, com milhares de pessoas. E foram estas que de forma involuntária me foram ensinando a enfrentar os desafios que me surgiram na vida.

Após muitos trambolhões percebi que viver não custa, o que custa é saber viver! Por isso não vale a pena chorar sobre o passado, mas perceber até que ponto este nos ensinou a viver o presente e o futuro.

Abdicamos tantas vezes de boas companhias, de boas leituras ou até de óptimas escritas só porque estamos focados num qualquer trabalho que requer de nós tudo e mais alguma coisa.

Mas na verdade só estamos a adiar o óbvio: somos todos descartáveis! E quanto mais depressa tivermos noção disto mais depressa puxamos das emoções do nosso coração e passamos a viver a vida de maneira mais livre e consequentemente mais feliz.

Nunca fui pessoa para no início de cada ano apresentar resoluções para o futuro. Prefiro aguardar cada dia, cada hora, cada minuto que se me apresenta com estoicismo e digo-o de alma aberta… com fé, para no final de cada ano dizer sempre o mesmo: o melhor foi chegar ao novo ano!

Portanto nunca percam uma oportunidade para serem felizes. Mesmo que os outros torçam o nariz!

Construir a felicidade!

Hoje recebi a visita de um amigo. Conhecemo-nos há mais de 40 anos, mas não obstante alguma diferença de idades (ele é mais velho do que eu 10 anos!!!), construímos uma boa e forte amizade.

Já estava a sair e a meter-se no carro quando me deseja:

- Tente ser feliz...

Devolvi:

- Mas eu sou feliz.

- É raro - responde.

- O que é raro?

- As pessoas assumirem que são felizes. Geralmente nunca o são.

- Mas eu sou, genuinamente.

Já não entrou no carro. Ficou ali a olhar para mim e a tentar entender como pude dizer aquilo. Percebi no seu olhar uma certa incerteza. Por fim conclui:

- Ainda bem...

Entrou no carro e partiu!

Certamente que a felicidade não é um estado de espírito que se compra numa qualquer farmácia e muito menos num supermercado, se bem que muita gente ache que por detrás de uma garrafa de alcool ou de uma qualquer droga encontrará o tal estado supremo. É um engano e não me canso de o afirmar.

Não tenho uma vara de condão para ficar feliz de um momento para o outro, como se tudo dependesse de um mero interruptor. Porque o ser feliz é, acima de tudo, uma construção que se faz interiormente. Como quando se constrói uma casa... inicia-se por baixo.

Reconheço que nem sempre fui assim, pois também tive os meus momentos menos simpáticos. Mas foi a própria vida que paulatinamente me foi ensinando o caminho ou no limite me mostrou as opções.

Poderia perfeitamente assumir um estado depressivo, angustiado (provavelmente teria muitos razões para isso), mas ao invés de me enfiar num pântano de tristeza tive a audácia de me agarrar aos poucos momentos bons e com eles fui construindo uma fortaleza interior que me defenderia mais tarde de algumas agruras.

Por isso hoje cheguei a este ponto da minha vida ciente de que muita da nossa felicidade está dentro de nós... Basta para isso encontrá-la.

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