Lembro-me com saudade das antigas Feiras do Livro de Lisboa, quando os pequenos stands amarelos escorriam pela Avenida da Liberdade abaixo.
Hoje a Feira do Livro não é um encontro da população com a escrita através dos livros, mas quase só uma feira de comes, bebes e demais coisas, com uns livros à mistura.
Um dos exemplos do poder de compra dos portugueses está também nesta postura demasiado consumista e menos cultural. Disfarça-se depois a coisa com umas sessões de autógrafos e mais umas actividades e... voilá... uma Feira do Livro bem moderna e actualizada.
Fui à Feira este ano numa correria pois sabia que os autores de certo livro que queria comprar estariam presentes para autografá-lo. Adquiri o "dito-cujo" que foi devidamente autografado pelos escritores e parti tão depressa quanto cheguei... sem percorrer mais nenhum stand.
Outrora a Feira do Livro de Lisboa era um local quase mágico, onde poderíamos calmamamente ver os livros, folheá-los sem sermos empurrados. Tudo isso desapareceu para dar lugar a uma fauna humana estranha e muito volátil.
A Feira perdeu alguma da magia de outros tempos...
Conhecemo-nos pessoalmente em Dezembro do ano passado. Num restaurante na bela vila da Ericeira!
Logo nesse dia percebi que a Olga seria uma daquelas amizades para a vida. Não importa se nos vemos uma vez por mês ou por ano. O que realmente se percebe é que os alicerces de uma boa e sincera amizade estavam montados.
Bom, também naquele dia soubemos que a Olga estava a preparar uma aventura de escrita e desenho. Pediu reserva que eu sinceramente tive alguma dificuldade em controlar.
Mas pronto hoje já se pode falar desse livro que a Olga (fantástica ilustradora e participante com contos do livro dos Contos de Natal de 2021) irá publicar brevemente, tendo sido já agendado o seu lançamento do seu livro para o dia 27 de Agosto, imagine-se... na Feira do Livro de Lisboa!
Portanto a blogosfera é aquele Sapal que continua a oferecer a todos do melhor que há na escrita e no desenho.
Parabéns Olga. O sucesso está de antemão garantido! Não só pelos desenhos, mas também pela qualidade da tua bela escrita.
Três anos seguidos a ir à Feira é, para mim, um luxo.
Durante muitos anos andei dali ausente. Outros factores obrigaram-me ao afastamento.
Só que agora tenho companhia... Do meu infante mais novo.
A Feira do Livro é acima de tudo um local onde as diversas culturas, idades e condições se misturam numa saudável mixórdia. Em diversos palcos pudemos ver autores, apresentadores e debates o que enriquece ainda mais este certame.
Hoje tive a oportunidade de escutar o Ricardo Araújo Pereira na apresentação de um autor Brasileiro. De ver António Lobo Antunes em amena cavaqueira. de perceber um debate envolvendo diversos jornalistas.
Cruzei-me com um antigo ministro de um governo socialista, encontrei um colega de trabalho e dei asas à minha imaginação ao ver tanta criança na feira.
Um sinal menos positivo são os corredores muito apertados entre os pavilhões, tanto mais que a multidão era realmente muita.
Bom quanto às compras... BD para não variar, alguns volumes para oferecer e outros romances para eu ler já de seguida.
Gostei especialmente da compra dos Contos Completos de Marcel Proust. Cerca de 300 páginas a pedirem para serem lidas o mais breve possível. Veremos quanto tempo levarei a lê-lo.
Por fim direi que a Feira do Livro é cada vez mais o centro de cultura Lisboeta especialmente neste mês das Festas da Cidade.
Este ano já fui à Feira do Livro por duas vezes. E em ambos comprei livros e quase todos de Banda Desenhada.
Parece que regressei à juventude, sendo certo que gostar da nona arte não é sinal de mocidade mas quiçá um gosto muito especial.
Para além de três albuns de BD veio um livro que eu já procurava faz muito tempo. Chama-se Lisboa em Camisa e o seu autor Gervásio Lobato.
Mas há algo nesta Feira que me deixa... assim um pouco, sei lá, estranho. É que naquele recinto misturam-se um sem número de cheiros de livros velhos dos alfarrabistas a que se juntam os dos livros novos mais os aromas de farturas fritas em óleo queimado e perfumes de hamburguers gordurosos. Todos tão contraditórios que quase me senti numa daquelas feiras de aldeia onde em cada barraca se confeciona uma coisa diferente.
Percebo que num local daqueles haja onde comer... Mas achei um tanto exagerado a quantidade de carros e roulotes só destinadas ao repasto.
Mas pronto isto sou eu e o meu costumado mau-feitio.
Pronto... já piquei o ponto na Feira do Livro de Lisboa deste ano.
E claro comprei livros... Não muitos porque infelizmente tenho outros sítios onde gastar os meus parcos rendimentos, mas seja como for ainda gastei uns euros.
O mais curioso é que a minha companhia deste ano foi uma estreia nestas andanças! O meu filho mais novo acompanhou-me nas três horas que levei a fazer a visita.
E também ele feirou... Ainda mais que eu! Quem diria?
Na verdade sinto-me bem naquele quase sub-mundo livreiro. Não posso esquecer que a minha vida profissional também passou pelos livros quando em 1979 fui fiel de aramazém de uma livraria. Fantásticos tempos...
Acontece que esta feira, nos moldes em que está organizada, pouco tem a ver com as antigas feiras do Livro. Os alfarrabistas pareceram-me poucos. E as grandes editoras surgem como as grandes denominadores, distribuindo-se tematicamente por diversos pavilhões.
Mas sinceramente ir à feira cheiinho de fome parece-me claramente injusto.
É que por qualquer sítio por onde passava tudo me cheirava divinalmente!
É já amanhã que começa mais uma edição, a octogésima sexta, da Feira do Livro de Lisboa. Faz anos que não visito este certame. Umas vezes por falta de tempo, outras por ausência de dinheiro suficiente para dar azo à minha vontade e provavelmente a mais fiel... a preguiça com a tão costumada desculpa... vou amanhã!
Mas este ano estou ali a trabalhar bem perto e portanto as desculpas esvanecer-se-ão, forçosamente.
A última vez que fui a uma feira do livro só comprei livros de Banda desenhada. Mais precisamente algumas das aventuras de Astérix. Porém todos eles com a mesma característica: estavam escritos na língua original, o francês!
Desta vez procuro o número 1 de uma colecção de antologias policiais compiladas em nove volumes por um dos mais conhecidos e reconhecidos escritores portugueses de aventuras policiais e que adoptou um nome anglo-saxónico para se identificar. Falo naturalmente de Ross Pynn ou Roussado Pinto na versão lusa.
Para além deste volume que provavelmente só o encontrarei num alfarrabista, procuro outrossim mais umas aventuras de Comanche para acabar a minha colecção.
Curiosamente li hoje num diário que a Porto Editora vai relançar a colecção Vampiro de bolso. Uma boa aposta da grande editora portuguesa e que terá um enorme sucesso. Serei provavelmente um dos seus fiéis compradores.