Não gosto de farmácias
Um local para mim stressante é, sem dúvida alguma, uma farmácia.
Não porque tenha de lá ir para comprar os meus medicamentos (vivo bem com isso!) mas essencialmente porque sempre que entro neste tipo de estabelecimento há uma quantidade de gente, que após ter aborrecido um médico com queixumes de maleitas que não tem, mas ouviu a vizinha queixar-se delas, vai ali para novamente chorar sobre a tal saúde que diz não ter, mas tem! Uma confusão…
E o pior é que estão ali minutos infinitos sem se preocuparem com quem está à espera de ser aviado. Depois e para além das suas eventuais doenças apresentam-se com um rol de desgraças de toda a família até à nonagésima geração que desbobinam para um empregado cansado daquele discurso.
E os outros à espera!
Quando finalmente, num anormal rasgo de lucidez, decidem que é tempo de sair, a loja está cheia de gente. Então aproveitam o interesse de algum cliente e dizem com a maior da desfaçatez:
- Esta gente não é nada simpática!
E deixam finalmente a farmácia…
Certamente para regressarem no dia seguinte!