Li hoje a notícia que alguém na cidade do Porto havia sido brindado com um valor acima dos 200 milhões de euros fruto de um jackpot e de uma aposta de dois euros e meio no Euromilhões!
Só não sai a quem não joga! Esta é uma daquelas certezas... à portuguesa, mas que tem lógica. Por exemplo a mim nunca me sairá esse dinheiro pois não jogo.
No entanto fico preocupado com a pessoa a quem saiu esse volume de dinheiro. Porque deverá necessitar de apoio financeiro, não no sentido mais triste, mas no intuito de não gastar a fortuna lhe caiu nas mãos num instante. Porque como diria o meu sábio avô: dinheiro no bolso não consente misérias.
Dei por mim a pensar no que faria se eventualmente jogasse e me calhasse tal verba. Em primeiro lugar... calava-me muito bem caladinho e não dizia nada a ninguém. Depois iria calmamente ao meu banco, falaria com o gerente no sentido de transformar aquele dinheiro num real rendimento.
Ajudaria anonimamente algumas instituições e quiçá alguns familiares mais necessitados. Depois criaria uma pequena fundação.
Mas o que não faria de todo seria espalhar por toda a gente que recebera tal dinheiro. Nunca mais teria um dia de descanso. NUNCA MAIS!
Nestas coisas de dinheiros o pior que me poderia acontecer seria os amigos interesseiros (e não só), tomarem conhecimento do evento. Nunca mais me largariam a porta até que abichassem algum.
Entretando na Invicta e daqui a uns meses a pessoa talvez venha assumir que o dinheiro não dá felicidade a ninguém!
Esta semana estã a ser uma autêntica correria, com as filas associadas, aos postos de apostas do Euromilhões.
Segundo percebi são cerca de 190 milhões de euros para o primeiro prémio, aos quais serão retirados os respectivos impostos (olha esta medida do Vitor Gaspar não foi eliminada pela geringonça, porque terá sido?). Ainda assim muito... 'graveto'! Adiante...
No entanto fico sem saber, realmente, se quem joga terá a consciência do que é gerir tantos milhões.
"Antes problemas em gerir 100 milhões que gerir 360 euros por mês...", dirão alguns e desde já assumo que têm toda a razão.
Porém... continuo a pensar que a maioria das pessoas que jogam não percebem o que se tornaria a sua vida se tivessem acesso a tantos milhões. Obviamente que tudo dependeria da forma como comunicassem, ou não, a situação à família e amigos. Normalmente as pessoas não sabem lidar com o êxito. E falam demais...
Mas à questão que eu próprio formulei no título ainda não respondi. Provavelmente nunca me sairá qualquer dinheiro até porque mui raramente jogo.
Só que num bambúrrio de sorte eu posso apostar e... pimbas aquela ou o azar podem bater-me à porta.
Então imaginemos que eu ganharia um prémio único de mais de 150 milhões de euros. Tornando-me estupidamente rico, que faria então?
Para já ajudava algumas entidades de cariz social a pagar umas dívidas. Arranjaria um lar com óptimas condições para a minha família e o resto logo se veria... E os pobrezinhos?
A esses dar-lhes-ia trabalho no lar. Provavelmente arranjariam logo desculpas médicas para não irem trabalhar, mas isso é outra conversa.
Não mudaria de carro, nem de casa, nem de forma de viver a vida.
E tentaria viver o resto do tempo no total anonimato!