Ainda estou para descobrir qual o verdadeiro sentido e foco das sondagens. Não vejo qualquer utilidade nisso a não ser tentar inclinar o palco dos resultados eleitorais.
Se tomarmos bem atenção quase todos os dias temos novidades quanto às projecões eleitorais. A entidade X diz que a vitória vai ser do partido A, já a empresa Z assume que a sondagem feita dá um empate entre o A e o B. Em contraponto encontramos a empresa especializada e associada a uma universidade qualquer que avança com a projecão de que A irá ganhar com maioria...
Isto é há resultados para (quase) todos os gostos e feitios, para no fim do dia das eleições descobrirmos que o eleitorado escolheu uma coisa completamente diferente.
Mas o que a mim mais me admira é a maneira como os nossos políticos reagem à informação das sondagens, quando sabem de antemão que os resultados dos estudos são, quase sempre, opostos aos da realidade das urnas. Seja a ganhar ou a perder!
Recordo a este propósito aquando da primeira maioria absoluta de Cavaco Silva que nenhuma empresa de sondagens previu na dita maioria, nem a empresa que fazia os estudos para o próprio partido.
Portanto oiçamos na próxima campanha o que os lideres políticos terão para dizer (e oferecer!) e depois escolhamos em consciência e nunca, nunca por aquilo que as sondagens pretendem subrepticiamente impingir.
Começo com um paradoxo: temos a certeza de não haver certezas na vida!
Esta tarde ligou-me um jovem com quem trabalhei há uns anos, para matar saudades. Falámos um bom bocado e comuniquei-lhe a minha recente reforma e outras situações.
Também ele me anunciou a vontade de sair de Portugal para trabalhar na sua área. Para tal tem recebido alguns convites tendo respondido a alguns. Portanto prepara-se para dar um salto na vida.
Não imagino (provavelmente nem ele!) se será melhor ou pior do que está hoje, mas ainda assim prefere arriscar. E eu concordo!
O mais curioso é que este jovem que eu conheci quando ele tinha18 anos não queria estudar. Achava que o estudo não iria trazer grandes proveitos, bastava a prática. Mas eu dava-lhe sempre na cabeça para ir estudar.
Um dia decidiu finalmente pegar nos livros. Inscreveu-se numa Universidade privada e durante uns anitos conciliou estudos e trabalho. Com esforço, mas também com proveito. Agora quer ir fazer o MBA em Gestão de projectos mesmo que vá para fora de Portugal.
Sinceramente fiquei muito contente com a notícia. Quem diria que este jovem que há uns anos prefereria uma boa noitada com amigos a uma uma maratoma de estudo, estivesse agora deveras empenhado em diferentes vôos.
A vida dá cada volta!
Só espero mesmo é que consiga ser feliz! Ele merece!
Já perdi o conto às vezes que neste blogue falei das passadeiras e de como estas se tornaram uma praga perigosa. Neste e neste textos fiz referência às atitudes dos peões perante as linhas brancas pintadas no alcatrão.
Curiosamente é hoje notícia na primeira página da Sapo a conclusão de um estudo em que 15% dos peões que atravessam a passadeira estão mais preocupados com o telemóvel do que com aquilo que os rodeia.
Finalmente uma grande vitória pessoal!
Não que eu tenha tido alguma influencia no estudo - nem sabia que existia - mas somente porque este resultado vai de encontro àquilo que escrevo vai para muitos e muitos anos: as passadeiras são a prova provada da pouca cidadania do povo português!
Obviamente que nada vai mudar. Hoje e amanhã as pessoas poderão ainda preocupar-se mas daqui a dois dias já ninguém se lembra do que foi dito e toca a ir para a passadeira de telemóvel em riste, discutir as últimas cenas de uma qualquer telenovela. Os automobilistas que parem os carros...
Repito que não me vanglorio com esta espécie de ganho pessoal. Sinto que seria bem melhor jamais ter falado deste assunto e que nunca tivessem que existir estes estudos que, a meu ver, pecam talvez por defeito.
No entanto servem de alerta. As pessoas têm que entender que a estrada é de todos e não somente de alguns.
A consciência cívica é outrossim um bom exemplo de evolução humana. O que no caso português continua muito longe dos mínimos exigidos.