A nossa língua!
Na minha escrita nunca fui adepto dos estrangeirismos, só se não tiver outra solução. Usar palavras oriundas de outras línguas não me parece uma forma escorreita da língua portuguesa evoluir.
Todavia também tenho consciência que a era da informática veio trazer à nossa língua vocábulos para os quais não temos uma tradução real. A própria palavra “internet” será, porventura, o primeiro exemplo.
Com esta veio “software”, “hardware”, "email", “server”, “pc” de (personal computer), “slot” ou “sim (leia-se sime)”.
Até nesta área recente da blogosfera, cuja palavra “blog” é a contracção de duas palavras “web” e “log”, surgem estas influências de estrangeirismos. Tal como a expressão “post” em vez de postal quando nos referimos a um texto publicado.
Temos o “streamming” e o “facebook”, o “world wide web” e o “instagram”, o “twitter” e o “google”.
Há outrossim o “print” e o “scanner”, o “usb” e a “drive”. Já para não falar dos extintos “cd´s” ou dos “blueray”.
Portanto um conjunto de vocábulos comummente usados e que, como já referi, raramente temos tradutor à altura, nesta língua que foi de Camões.
Por este lado sempre que não tenho uma palavra que possa substituir a original oriunda no estrangeiro tento aportuguesá-la. Um exemplo é o “feicebuque” que uso sempre que me refiro àquela rede social ou mesmo a palavra "blogue".
Contudo o que mais me custa é tanta gente escrever com estes e muitos outros estrangeirismos como se todos soubessem o significado. Então quando se referem a tipos de música… noto um certo exagero!
Talvez o problema seja unicamente meu, mas se escrevesse um texto em Charales do Ninhou (aquele linguajar tão próprio de Minde) a maioria não “penetraria na piação”*.
Como eu por vezes não entendo o que outros escrevem!
- * “perceberia a conversa”