Calculo que ninguém goste de andar a contas com a justiça, mesmo que aparentemente nada tenha feito para tal. Porém quase todos os dias políticos, gestores, autarcas e empresas surgem como alvos de buscas por parte do Ministério Público.
Diz o povo que "quem não deve não teme" só que ultimamente, devendo ou não, há muita gente a entrar na roda da justiça. Eu desconfio ou melhor todos desconfiamos que há muitos negócios, já para não falar de decisões políticas, que estão viciados à partida, criando uma ideia de impunidade para os prevaricadores.
O Estado é um angariador de impostos, uns directos outros indirectos. Dinheiro que serve para sustentar uma mãquina estatal muito pesada como é a Educação, a Saude, os transportes públicos, a Segurança Nacional. São números a mais para a minha pobre cabeça.
O problema é que não sabemos se a gestão destes dinheiros públicos é bem feita. Daí necessitarmos de uma entidade que vele pelo nosso dinheiro, que tanto nos custar a ganhar e depois a pagar através dos impostos.
Só que o povo pagante tem direito a saber toda a verdade dos gastos do Estado. Para que deixemos de pensar nesta Entidade somente como uma sorvedora de taxas sem contrapartidas decentes.
Quem reside em Lisboa, principalmente nas rotas dos aviões que chegam e partem da capital deve viver sempre em sobressalto, já que um dia pode ter uma visita inesperada e mais que tudo indesejada.
Depois o som monstruoso dos motores que abafam qualquer conversa. Se adicionarmos a esta equação o movimento de veículos na zona do aeroporto de Lisboa temos a certeza de que a capital necessita de um espaço alternativo.
Este é um assunto recorrente na nossa sociedade. Uns dizem que deve ser Montijo, outros Alcochete e já foi Ota e até Montes Claros como eventuais candidatos a receberem um novo aeroporto.
Sei que para se construir um completamente de raiz serão necessários muuuuuuuuuuuuuuuuuitos milhões. Daí procurarem-se locais alternativos ao redor da cidade, minimizando despesas.
Como tudo o que o Estado faz em Portugal a nível de obras públicas há demasiados interesses instalados e se houver uma boa aportunidade de abichar mais algum... tanto melhor!
Nada me move contra ou a favor dos locais, mas percebo que tenha de haver um estudo profundo sobre os impactos ambientais e económicos de um novo aeroporto, seja ele onde for!
No entanto há uma hipótese que deveria ser considerada mesmo que seja a uma distância em linha recta de 130 quilómetros e que se chama Beja.
Faltará a este terminal os melhores acessos rodoviários e ferroviários, mas feitas bem as contas o que ficará mais barato para o país: um aeroporto feito de raiz ou aproveitar uma estrutura que já existe, bastando acrescentar meios terrestres de chegada e partida?
Gostaria então que me provassem por A+B porque é que Beja não serve para aeroporto alternativo! Mas com valores que é para eu perceber melhor!
Parece que o nosso país volta a estar em euforia pois foi um dos escolhidos para organizar o Mundial de Futebol em 2030.
Por este lado a minha alegria equivale a... zero!
Com tantas vidas estragadas por causa dos aumentos das taxas de juro (notem a quantidade de casas que há agora à venda!), com a questão da contagem de tempo dos professores que originaria um maior gasto do orçamento e a consequente abertura de um precedente para que outras classes viessem também reclamar, com Serviços de Urgência a fechar por falta de médicos que não querem fazer horas extraordinárias, repito com tantos problemas e vamos gastar mais uns milhões com a Organização de um Mundial.
Gostaria de saber quanto é que a FPF pensa despender com o futuro evento. Mais... quanto irá sair dos cofres do Estado e consequentemente de todos nós?
O mesmo Estado que para uns é um "mãos-largas" e para outros são só cativações!
Contudo enquanto existirem portugueses a alinhar nestes "futebóis" está-se bem! Mas depois quem se trama são sempre os mesmos!
Hoje recebi a visita do senhor IMI. Uma personagem virtual, mas que me visita todos os anos por três vezes, não vá, quiçá, eu escapar.
Por enquanto tenho conseguido recebê-lo em boas condições e fazê-lo partir da mesma forma.
Mas sobre este tema assisti há uns anos a um episódio que me deixou perplexo e dono de alguma revolta.
Estaríamos no ano de 2012 e o governo da altura mandou fazer uma reavaliação das casas tendo em conta que muitas estariam deficientemente avaliadas ou mesmo sem qualquer avaliação. Certo é que por essa altura foram visitados terrenos onde já existiam casas, sem destas os donos pagarem o devido Imposto Municipal.
Pois... e depois o Estado é que rouba os contribuintes.
Como diria um antigo colega de trabalho: pagassem TODOS os impostos devidos, TODOS pagaríamos menos impostos!
Desde que tive filhos e que estes começaram a andar na escola percebi que os professores eram muito diferentes daqueles que tive. Para melhor, obviamente!
Sempre que os infantes me brindavam com piores notas eu culpava-os a eles como alunos por não se terem aplicado e nunca os professores.
Ponto 2
Um país sem educação será sempre um país adiado e pobre. O dinheiro pode comprar muita coisa, mas não compra conhecimento. Note-se o exemplo dos paises árabes...
Ponto 3
Um professor em Portugal é uma espécie de caixeiro-viajante quase sem morada fixa e permanente. Sempre de mala às costas.
Tenho na família quem abdicasse de constituir família para se dedicar ao ensino.
Ponto 4
Quando se trabalha temos direitos e deveres. E neste caminho a dois (empregador e empregado) há que se ter respeito pelo outro. De outra forma nem vale a pena inicar a relação.
Ponto 5
O Estado Português não é uma entidade séria e honesta. Talvez por isso haja tanta fuga ao fisco. Ou como dia o ditado... "ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão".
Ponto 6
Estou com os professores na sua luta por aquilo que lhes é devido. Só lamento o oportunismo político de alguns iluminados. Ao invés do que pensam os professores sabem bem defender-se!
O Estado não é uma pessoa de bem. Paga aos seus fornecedores tarde e más horas, demonstrando uma falência técnica que lhe advém de políticas pouco correctas e sérias.
A maioria dos políticos servem-se dela (política) e não a servem. Os “boys” servem-se dos políticos e não os servem. Os autarcas servem-se das câmaras e não as servem. Os gestores públicos servem-se das empresas e não as servem.
Então o que se sobra?
Nada, ou melhor quase nada. Sobra a dignidade de um povo habituado a fazer sacrifícios em toda a sua história quase milenar. É este povo, que deu ao mundo outros mundos, que se encontra refém desses mesmos mundos que outrora foram seus.
Angola quer investir em Portugal, a China já entrou na EDP e sabe-se lá em que mais empresas está interessada. O governo também pretende investimento brasileiro em Portugal. Timor chegou a oferecer-se para comprar dívida soberana Portuguesa. Portanto estamos nas mãos daqueles que durante séculos foram chamadas “Províncias ultramarinas” se exceptuarmos a China.
Esta verdade que toda a gente vê mas ninguém quer assumir publicamente é fruto de anos de despesismo e “fartar-vilanagem” por parte do Estado e não só. O mesmo Estado que quer as pessoas a trabalhar mais, a ganhar menos e a pagar mais impostos. O mesmo Estado que não paga a quem deve e penhora a quem não lhe paga. Um Estado que quer o céu para si e o inferno para os outros. Um Estado que liberta mais depressa o criminoso que o queixoso. Um Estado que se preocupa mais com a opinião dos estrangeiros do que com a da sua população.