Quem reside em Lisboa, principalmente nas rotas dos aviões que chegam e partem da capital deve viver sempre em sobressalto, já que um dia pode ter uma visita inesperada e mais que tudo indesejada.
Depois o som monstruoso dos motores que abafam qualquer conversa. Se adicionarmos a esta equação o movimento de veículos na zona do aeroporto de Lisboa temos a certeza de que a capital necessita de um espaço alternativo.
Este é um assunto recorrente na nossa sociedade. Uns dizem que deve ser Montijo, outros Alcochete e já foi Ota e até Montes Claros como eventuais candidatos a receberem um novo aeroporto.
Sei que para se construir um completamente de raiz serão necessários muuuuuuuuuuuuuuuuuitos milhões. Daí procurarem-se locais alternativos ao redor da cidade, minimizando despesas.
Como tudo o que o Estado faz em Portugal a nível de obras públicas há demasiados interesses instalados e se houver uma boa aportunidade de abichar mais algum... tanto melhor!
Nada me move contra ou a favor dos locais, mas percebo que tenha de haver um estudo profundo sobre os impactos ambientais e económicos de um novo aeroporto, seja ele onde for!
No entanto há uma hipótese que deveria ser considerada mesmo que seja a uma distância em linha recta de 130 quilómetros e que se chama Beja.
Faltará a este terminal os melhores acessos rodoviários e ferroviários, mas feitas bem as contas o que ficará mais barato para o país: um aeroporto feito de raiz ou aproveitar uma estrutura que já existe, bastando acrescentar meios terrestres de chegada e partida?
Gostaria então que me provassem por A+B porque é que Beja não serve para aeroporto alternativo! Mas com valores que é para eu perceber melhor!
Parece que o nosso país volta a estar em euforia pois foi um dos escolhidos para organizar o Mundial de Futebol em 2030.
Por este lado a minha alegria equivale a... zero!
Com tantas vidas estragadas por causa dos aumentos das taxas de juro (notem a quantidade de casas que há agora à venda!), com a questão da contagem de tempo dos professores que originaria um maior gasto do orçamento e a consequente abertura de um precedente para que outras classes viessem também reclamar, com Serviços de Urgência a fechar por falta de médicos que não querem fazer horas extraordinárias, repito com tantos problemas e vamos gastar mais uns milhões com a Organização de um Mundial.
Gostaria de saber quanto é que a FPF pensa despender com o futuro evento. Mais... quanto irá sair dos cofres do Estado e consequentemente de todos nós?
O mesmo Estado que para uns é um "mãos-largas" e para outros são só cativações!
Contudo enquanto existirem portugueses a alinhar nestes "futebóis" está-se bem! Mas depois quem se trama são sempre os mesmos!
Hoje recebi a visita do senhor IMI. Uma personagem virtual, mas que me visita todos os anos por três vezes, não vá, quiçá, eu escapar.
Por enquanto tenho conseguido recebê-lo em boas condições e fazê-lo partir da mesma forma.
Mas sobre este tema assisti há uns anos a um episódio que me deixou perplexo e dono de alguma revolta.
Estaríamos no ano de 2012 e o governo da altura mandou fazer uma reavaliação das casas tendo em conta que muitas estariam deficientemente avaliadas ou mesmo sem qualquer avaliação. Certo é que por essa altura foram visitados terrenos onde já existiam casas, sem destas os donos pagarem o devido Imposto Municipal.
Pois... e depois o Estado é que rouba os contribuintes.
Como diria um antigo colega de trabalho: pagassem TODOS os impostos devidos, TODOS pagaríamos menos impostos!
Desde que tive filhos e que estes começaram a andar na escola percebi que os professores eram muito diferentes daqueles que tive. Para melhor, obviamente!
Sempre que os infantes me brindavam com piores notas eu culpava-os a eles como alunos por não se terem aplicado e nunca os professores.
Ponto 2
Um país sem educação será sempre um país adiado e pobre. O dinheiro pode comprar muita coisa, mas não compra conhecimento. Note-se o exemplo dos paises árabes...
Ponto 3
Um professor em Portugal é uma espécie de caixeiro-viajante quase sem morada fixa e permanente. Sempre de mala às costas.
Tenho na família quem abdicasse de constituir família para se dedicar ao ensino.
Ponto 4
Quando se trabalha temos direitos e deveres. E neste caminho a dois (empregador e empregado) há que se ter respeito pelo outro. De outra forma nem vale a pena inicar a relação.
Ponto 5
O Estado Português não é uma entidade séria e honesta. Talvez por isso haja tanta fuga ao fisco. Ou como dia o ditado... "ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão".
Ponto 6
Estou com os professores na sua luta por aquilo que lhes é devido. Só lamento o oportunismo político de alguns iluminados. Ao invés do que pensam os professores sabem bem defender-se!
O Estado não é uma pessoa de bem. Paga aos seus fornecedores tarde e más horas, demonstrando uma falência técnica que lhe advém de políticas pouco correctas e sérias.
A maioria dos políticos servem-se dela (política) e não a servem. Os “boys” servem-se dos políticos e não os servem. Os autarcas servem-se das câmaras e não as servem. Os gestores públicos servem-se das empresas e não as servem.
Então o que se sobra?
Nada, ou melhor quase nada. Sobra a dignidade de um povo habituado a fazer sacrifícios em toda a sua história quase milenar. É este povo, que deu ao mundo outros mundos, que se encontra refém desses mesmos mundos que outrora foram seus.
Angola quer investir em Portugal, a China já entrou na EDP e sabe-se lá em que mais empresas está interessada. O governo também pretende investimento brasileiro em Portugal. Timor chegou a oferecer-se para comprar dívida soberana Portuguesa. Portanto estamos nas mãos daqueles que durante séculos foram chamadas “Províncias ultramarinas” se exceptuarmos a China.
Esta verdade que toda a gente vê mas ninguém quer assumir publicamente é fruto de anos de despesismo e “fartar-vilanagem” por parte do Estado e não só. O mesmo Estado que quer as pessoas a trabalhar mais, a ganhar menos e a pagar mais impostos. O mesmo Estado que não paga a quem deve e penhora a quem não lhe paga. Um Estado que quer o céu para si e o inferno para os outros. Um Estado que liberta mais depressa o criminoso que o queixoso. Um Estado que se preocupa mais com a opinião dos estrangeiros do que com a da sua população.