Este será um tema do agrado do meu bom amigo João-Afonso Machado já que é assumidamente monárquico. Por este lado, sinceramente, nem sei o que sou porque nunca vivi noutro tempo que não fosse república.
Politicamente falando, as monarquias europeias surgem bem à frente das repúblicas. Suécia, Nouega, Dinamarca ou Países-Baixos são alguns exemplos de países desenvolvidos e com uma mentalidade bem mais esclarecida que os países republicanos. Seja na área económica, seja nas questões sociais e muito mais ainda na vertente ambiental. Recordo que o primeiro político a falar dos cuidados que deveríamos ter com o ambiente foi o Engenheiro Gonçalo Ribeiro Teles, também ele defensor da Monarquia.
Talvez por isso aquando da recente visita da Princesa Leonor de Bourbon como representante da Coroa Espanhola a Portugal, a herdeira da Coroa do nosso país vizinho tenha estado no Oceanário de Lisboa onde falou aos jovens presentes sobre a necessidade de proteção do ambiente e conservação dos oceanos.
Uma vez mais alguém de uma Casa Real europeia a dar a cara por aquilo que deveria ser uma procupação constante de todas as repúblicas.
Daqui segue o meu veemente aplauso para esta Monarquia Ambiental!
Cada dia que passa neste conturbado Mundo, mais nos aproximamos de um final catastrófico.
Creio que tudo pode ser resolvido se algyuns dirigentes dos países ora em conflito pretederem a paz. O problema é que as fábricas de armamaneto espalhadas por esse Mundo fora precisam trabalhar e is seus proprietários mais ainda de ganhar dinheiro.
A guerra nunca será uma boa maneira de vivermos neste Mundo. Mas a verdade é qiue muitos de nós não vivemos em paz connosco mesmo!
É na política, é no futebol, é nas famílias, é no trabalho... as bravatas sucedem-se e nós sem capacidade de inverter a marcha dos acontecimentos.
Portugal é tão pequeno e tão ínfimo neste canto do Mundo que dificilmente alguém viria aqui atacar-nos... só porque sim! A nossa vizinha Espanha historicamente nossa arquirival durante centenas de anos nem pensa invadir-nos pois só arranjaria mais problemas para cima de si. Já basta Barcelona, País Basco e outras províncias.
Portanto quando a guerra começar a sério (diria que agora são apenas exercícios militares) irá demorara algum tempo até aqui chegar.
Todavia estou plenamente convicto que não estaremos a salvo. Seja na cidade. seja no campo.
Após um dia de ontem muitíssimo chuvoso temi que o dia de hoje tivesse o mesmo fim.
Felizmente tal não se confirmou e assim bem cedo parti para Quintanilha, uma aldeia encostada a Espanha. Aqui não consegyui perceber onde seria a antiga fronteira, mas pude embrenhar-me por caminhos desertos até encontrar isto.
Como não imaginava onde iria se optasse por um dos caminhos, preferi regressar ao carro.
Voltei à estrada e percorri muitos quilómetros sem ver vivalma, nem sequer um carro. A paisagem parecia quase inóspita com muitos terrenos pouco ou nada cultivados,
A determinada altura a indicação de Petisqueira. Virei para lá comecei a descer até que fui parar a Espanha, após atravessar umã fronteira natural que é o Rio Maçãs em português e Manzanas em castelhano
Após uma brincadeira com a fronteira meramente virtual acabei por chegar a Rio de Onor que foi uma bonita surpresa. O rio não é a fronteira como o Rio Maçãs, mas a beleza do local merece um cuidado especial. Um passeio lento por entre casas recuperadas e outras em mau estado.
E obviamente por Espanha oonde pude fazer este breve filme no meio do rio.
Aproveitei ainda para comprar artesanato nesta loja
Parti em busca de novas terras transmontanas e antes do almoço encontrei... França!
Acordei cedo já que queria aproveitar o dia o mais possível. Arrumei a mala, fiz ckeckout e parti para a vila para uma visita.
O dia nascera claro e não obstante a hora quase madrugadora, previa-se um dia muito quente.
Parei o carro bem perto do centro e fui tomar o pequeno almoço. Uma sandes mista e galão e que vieram assim:
Quase um almoço...
Após o café foi o momento de visitar finalmente Alcoutim donde se destaca o seu castelo altaneiro degladiando-se com o castelo castelhano pela melhor paisagem.
No interior alguns vestígios do que terá sido o castelo.
As ruas da vila floridas e alvas anunciam que o Alentejo está ali quase ao lado,
O Guadiana separa sw forma natural um casamento entre duas povoações de países diferentes, mas que se estimam e se compreendem, desde que o negócio de contrabando animava e sustentava as famílias, enquanto enganavam a polícia fronteiriça de ambos os lados, aqui muito bem representada.
Após um longuíssimo almoço em Vila do Bispo, parti com destino a Alcoutim.
Apanhei a estrada 125, mas rapidamente me arrependi da escolha, tal o trânsito que apanhei. Ainda assim passei por dentro de Lagos da qual fiquei com boa impressão e obviamente com vontade de regressar mais para a Primavera.
Eis-me então na Via do Infante transformada numa A qualquer coisa para haver cobrança de portagens e saí em Tavira em busca dos doces regionais do Algarve. Há uns anos largos, aquando das minhas férias em Manta Rota, fui à cidade do ciclismo comprar uns doces fantásticos. Portanto tentei repetir a graça, que após muita volta consegui fazê-lo com exito.
Voltei à auto-estrada até encontrar o desvio para Alcoutim. A temperatura externa do carro começava a subir de forma muito gradual. Começara no Barlavento com 26 graus e agora já acusava 35 graus. Eram 7 da tarde!
Chego a Alcoutim já um pouco tarde. Faço o respectico check-in no hotel e parto em seguida para o centro da vila.
O nosso léxico é rico, mas dificilmente encontrarei palavras suficientes para descrever a vila que encontrei... De mãos dados com a povoação espanhola Sanlúcar do Guadiana e tendo o rio somente a separá-las, Alcoutim é assim uma espécie de Hallstatt austríaca.
O jantar foi numa esplanada no centro da vila. Eram 21 horas e algures vi a temperatura de 38 graus... Irrespirável!
Quando a noite caiu totalmente a outra margem, isto é Espanha, via-se assim.
Humildemente reconheço que nunca pensei na questão de ser republicano ou ser monárquico. Realmente jamais foi uma preocupação premente até porque sempre vivi numa República.
Trabalhei com alguns defensores da causa monárquica que sempre me pareceram gente de bem e sensata. Defendiam naturalmente a existência de um rei em vez de um PR eleito, algo que não me parece impensável em Portugal, desde que a restante democracia parlamentar funcionasse de forma livre.
Depois olho para alguns países europeus que são monarquias e vejo-os sempre na linha da frente do desenvolvimento, o que quererá significar também alguma coisa. Digo eu!
Entretanto aqui ao lado, no país vizinho o Rei emérito Juan Carlos parece que se eclipsou após a descoberta de recebimentos indevidos de um monarca saudita no valor de 100 milhões de dólares. Nada que muitos políticos republicanos não tenham feito já e que continuam a fazer.
Todavia percebo a tristeza de alguns defensores da causa monárquica. Ainda por cima por um Rei e não um súbdito… Se acrescentarmos a este caso as estórias envolvendo saias, fico com a sensação que a causa monárquica não conviverá bem com esta situação.
Entretanto já se pretende a queda do actual Rei Filipe VI como se ele fosse culpado dos actos irresponsáveis do pai. Nem imagino como se sentirá o monarca Castelhano com a catadupa de notícias sobre a Casa Real.
Quando em 2015 a coligação PAF ganhou as eleições, sem maioria absoluta, e foi criada uma plataforma de entendimento entre diversos partidos de centro esquerda (vulgo geringonça) abriu-se uma espécie de caixa de pandora que agora Espanha tenta imitar envolvendo o PSOE como partido maioritário e mais uns acordos com diferentes organizações.
Tudo em nome de um poder que se diz democrático.
Este novo tabuleiro político só é possível porque a esquerda considera que tudo o que faz é bem feito desde que chegue ao poder.
Os Louçãs desta vida não percebem que ao jogarem o jogo político com estas novas regras estão, pura a simplesmente, a subverter o desejo popular expresso através do voto?
O próximo ano vai trazer mais eleições. Perfilam-se por isso novas demandas contra este governo de forma a fragilizá-lo e retirar a força que ainda tem. O PCP e o BE farão de tudo para que isso aconteça. A tal paz social que reinou desde que a geringonça assaltou o poder vai deixar de existir.
Exemplo disto foi a greve de hoje nos comboios que prejudicou milhares de passageiros. Virão de seguida as greves de professores e provavelmente daqui a uns tempos a FP por causa de um decreto qualquer.
Aproximam-se novos e estranhos tempos. O PSD tarda em encontrar um rumo num Rio repleto de incertezas. Cristas contradiz-se entre aquilo que propaga e o que fez enquanto governante. O AC, bem à moda de Trump americano desfaz o que PPC fez, não medindo as consequências nos seus futuros acordos. Enquanto a esquerda vai lançando algumas armadilhas já sobejamente conhecidas.
Se a inveja soez é o nosso pior defeito, a brandura da aceitação será, quiçá, a nossa maior virtude.
É mais ou mais conhecido a eterna rivalidade entre Barcelona e a capital espanhola, Madrid. Começa no futebol e termina nos eventos mais ínfimos.
Conheço bem aquela cidade condal e daí talvez entender o amuo entre as duas cidades que, até há pouco tempo era bem conhecido, mas quase sempre apaziguado.
Porém esta espécie de vulcão político teria de eclodir e a questão do referendo para a independência da Catalunha foi o percussor dessa implosão.
O problema é que se Espanha aceitasse a independência da Catalunha, logo a seguir teria o País Basco ou a Galiza (que há muuuuuuuito tempo gostaria de estar ligada a Portugal) a baterem à porta do PM castelhano com a mesma proposta de Independência para as suas regiões. Uma verdadeira caixa de Pandora dos tempos modernos que se abriria…
No entanto a forma mais ou menos violenta como o governo de Rajoy está a lidar com esta causa, não me parece que seja a mais apropriada. Utilizar a força para proibir um referendo só irá criar mais antagonismo contra o Palácio da Moncloa.
E parece ser já uma vitória dos independentistas.
Depois há a questão dos outros países da União Europeia que poderiam ser vítimas de convulsões semelhantes. O caso da Valónia ou mesmo da Escócia poderia ser um desses casos.
Finalmente creio ser tempo do Rei de Espanha, Filipe VI, pegar neste assunto com as suas próprias mãos e levá-lo para uma mesa de negociações onde todas as partes envolvidas estivessem presentes.
Espanha teria muito mais a ganhar e a Catalunha também.
Com a abdicação do Rei Juan Carlos a favor de seu filho varão Felipe de Bourbon, abriu-se uma caixa de Pandora. De um momento para o outro a nossa vizinha Espanha viu-se a braços com um problema político que não imaginava: a dúvida sobre a “real” razão de existência da monarquia.
Milhares de pessoas têm vindo para a rua exigir a convocação de um referendo, a questionar se os espanhóis preferem manter uma monarquia mesmo numa versão do século XXI ou bem pelo contrário desejam a implantação de uma 3ª República, a exemplo de Portugal.
Se me perguntarem se sou republicano ou monárquico, responderei com a primeira opção, tomando em consideração que jamais vivi numa monarquia. No entanto a figura de um Presidente da República num sistema parlamentar como o nosso, cinge-se a dar posse a ministros e secretários de estado, ou a condecorar individualidades no dia 10 de Junho.
Tirando isso o PR é apenas e apenas uma figura de retórica, quiçá com algum peso institucional, mas muito pouco poder. E é esta noção da realidade republicana que os nossos vizinhos espanhóis ainda não têm.
Enquanto qualquer candidato a presidente sai do arco dos políticos da governação, provavelmente refém de muitos apoios recebidos para a sua eleição, o futuro rei de Espanha, Felipe VI, conseguiu para já o feito invulgar de casar por amor com uma jornalista já anteriormente casada e mais tarde divorciada e tem vindo toda a sua vida a preparar-se para ser Rei de Espanha.
A minha reflexão final vai para a ideia de que, no actual contexto europeu, não sei se a manutenção de uma monarquia não seria o mais sensato.