O pedinte de todos os dias!
Ainda por causa da iniciativa do Banco Alimentar contra a fome assumo que nunca fui muito apreciador de dar esmola. Lembro-me em 1979 logo pela manhã no Rossio em Lisboa um miúdo veio ter comigo a pedir uma esmola.
Disse que não dava dinheiro mas que em troca lhe daria de comer. O que ele aceitou. Fomos então à pastelaria Suiça e lá dentro ele comeu o que quis. Paguei e fui embora.
Perto onde hoje trabalho há uma casa onde normalmente vou tomar o pequeno almoço. Todos os dias. À porta está sempre um homem baixo de origem esgtrangeira, de barba branca e a todos cumprimenta e estende a lata para uma moeda.
Nunca lhe dei nenhuma, seguindo o mesmo princípio. Mas hoje uma antiga colega que trabalha muito perto de mim e que também toma a primeira refeiçãono mesmo sítio que eu trouxe um casaco para dar ao mendigo.
Eu assisti à oferta, mas esta criou uma situação complicada já que passados minutos o pobre estava rodeado de outros pedintes que quase estragaram o casaco… somente por inveja pelo que oude perceber.
E depois falam dos ricos capitalistas.