Escuteiro para a vida!
Um destes dias alguém próximo declarava: nunca fui escuteira, mas dou a minha palavra que não mexi no que andas à procura.
Achei graça à referência ao escutismo. Especialmente dito por alguém que nunca teve nada a ver com aquela forma de vida.
Todavia eu tive!
Não foram muitos os anos que dediquei ao escutismo, mas reconheço que foi das melhores coisas que me aconteceram na minha vida de rapaz.
A referência primeira do escutismo foi, como não podia deixar de ser, Baden-Powell. Comprei o livro, que ainda guardo, e prometi solenemente seguir um dos diversos mandamentos dos escuteiros: praticar uma boa acção todos os dias.
Há quem numa demanda, bravata ou mera troca de palavras assuma a “sua palavra de honra” por qualquer coisa. Ora como eu considero que a honra é algo um tanto fictícia e facilmente comprável, diria que a honra de muitos vale tanto como uma nota de três dólares americana.
Talvez por isso uso geralmente a expressão “palavra de escuteiro” para dar a entender que a minha palavra é sagrada.
Por fim afirmo que ter sido escuteiro deu-me outra visão da vida. Quiçáz tenha sido neste grupo de jovens que aprendi o verdadeiro significado da palavra companheirismo e camaradagem. E que ainda hoje mantenho!
Por isso digo: escuteiro um dia, escuteiro toda a vida!