Vi ontem em diferido (e muito!) o debate entre Trump e Kamala.
Ora bem se este debate tivesse ocorrido em Portugal diria sem necessitar de grande margem para erro que a vice-Presisente americana tinha ganho o debate e provavelmente com ele as próximas eleições.
Pois... só que estamos a falar dos Estados Unidos da América onde cada Estado é isso mesmo com ideias muito específicas e visões ainda mais contraditórias.
Voltando ao debate Trump foi igual a si mesmo. Inconsistente, amargo, azedo e obviamente sem nenhum sentido de Estado. Troca-tintas diplomado tanto diz que sim para logo dizer o seu inverso, fala para uma franja da sociedade americana reaccionária e misógena. Mas neste debate levou, usando um pouco de futebolês, um enormíssimo banho de bola.
Por seu lado Kamala apareceu serena e astuta e não se deixou enrolar nas malhas do seu oponente e mostrou estar muuuuuuuuuuuuuuuuuitos pontos acima do adversário. Um pouco na senda de Barak Obama, a vice-Presidente mostrou ser uma pessoa perfeitamente normal sem grandes subterfúgios nem estranhas ousadias.
Para mim que sou português de Portugal tanto se me dá que ganhe um ou outro, se bem que pessoalmente preferiria a vitória da senhora Kamala.
Agora naquele país onde tudo o que é estranho sabe a normal, não me admiraria nada que Trump, mesmo depois desta derrota em debate, ainda assim conseguisse uma vitória.
Há uns anos passou, creio que na RTP 2 uma série denominada 24! Desta guardo um toque de telefone que ainda é o que soa no meu aparelho.
Nas diversas temporadas percebeu-se que o Presidente dos Estados Unidos seria sempre uma vítima. Depois em seu redor evoluíam uns elementos que de forma quase dissimulada se propunham substituir o Presidente.
Aquilo foi uma história de ficção e na altura gostei de ver. Porém não imagino se a veria hoje… Mas adiante.
A verdade é que a precipitação de acontecimentos nos Estados Unidos nomeadamente com a desistência de Biden a favor de Kamala Harris fez-me lembrar aquela série. Ou melhor e como sempre digo a realidade da vida é sempre pior que que a ficção.
Dito isto o Partido Democrata americano tinha pouco por onde escolher para substituir o ainda Presidente Biden. E como costumo pensar, nada acontece por acaso, já que Kamala parece ter arregimentado muitos apoios para a sua campanha.
É certo que o sistema eleitoral americano é, para nós portugueses, uma enorme confusão porque nem sempre quem tem mais votos é quem ganha. Porém adoraria ver Trump cair aos pés de uma mulher ainda por cima filha de emigrantes.
Mas em Novembro logo se saberá, mas ao invés do que pensa Trump (será que alguma vez ele soube pensar???) a vitória pode não estar assegurada. Acrescento que quanto mais Donald atacar a emigração mais votos fugirão para a candidata Democrata!
Portanto não sendo uma cabala saída de qualquer série americana ainda assim Kamala Harris se ganhar as próximas eleições, repito se ganhar, não se livra de muitas desconfianças por parte da oposição e demais gente!
Não seria a primeira vez que um candidato se "oferecia" para levar uns tabefes de forma a ganhar umas eleições. Aconteceu com Mário Soares na Marinha Grande, com António Costa em Lisboa e mais recentemente com Luís Montenegro quando foi alvo de um ataque com tinta verde.
Ora como todos sabemos os americanos têm a mania das grandezas e deste modo um par de estalos num candidato não teria grande impacto. Mas um "tirito" já seria outra coisa bem mais grave e arriscada, mas certamente com maiores ganhos.
Pessoalmente não gosto nem nunca gostei de Trump. Um mentiroso, um demagogo e acima de tudo alguém com um ego do tamanho da sua popa capilar. Todavia do outro lado temos o Presidente Biden já sem capacidade fisica e intectual para o cargo.
Após umas (quase) impordoáveis gaffes por parte de Joe Biden e depois desta espécie de atentado contra Donald Trump alguns democratas assumiram já publicamente que o actual Presidente dos Estados Unidos não terá capacidade para bater o candidato republicano.
Já li que muitos apoiantes de Biden estão também a aconselhar o presidente a desistir a favor, mas a favor da sua Vice- Presidente Kamala Harris.
Resumindo os americanos vão ter proximamente mais uma "trumpalhada"! Com toda a frieza para estas coisas diria que Donald Trump já quase não necessita de fazer campanha!
Donald Trump ficará, certamente, na história dos Estados Unidos como o mais fraco e imbecil Presidente daquele grande país. Muito mal preparado para o cargo, demasiado truculento, sem educação e claramente pouco polido, vai tentando nas últimas horas inventar casos, de forma a não ser corrido da Casa Branca.
Com enormes laivos de ditador conseguiu a proeza de colocar todo o Mundo contra si. Exceptuando outro imbecil no Brasil, ninguém tomava a sério as palavras de Trump porque sabiam que tinham tanto valor como uma nota de três dólares.
Repito o que escrevi noutro postal… Trump nunca pensou chegar à Casa Branca. Mas aqui chegado, julgou-se estar num “reality show” tão comum no país do Tio Sam! Foi deste modo jogando com as pessoas e instituições e não fosse esta pandemia e a forma irresponsável como lidou com ela, talvez eu não estivesse a escrever este texto.
Também não reconheço em Joe Biden aquela figura carismática que poderá mudar a filosofia americana de um dia para o outro. Mas, desde o início da campanha, que era eBIDENte que o democrata, venceria Trump.
Agora é esperar por Janeiro para fazermos isto a Trump.
Mesmo que não seja oficial ou ainda que a justiça americana tenha de intervir, é quase um dado certo a derrota de Donald Trump nas eleições, que se realizaram na passada terça-feira.
Acrescento que, da mesma forma que Trump jamais imaginou ser Presidente dos Estados Unidos, também agora não quer aceitar a sua eventual derrota.
Como em tudo na vida há que saber ganhar e perder. O actual Presidente americano infelizmente não percebe isso e tenta por todos os meios manter-se na Casa Branca.
Se 70 milhões de americanos ainda consideram Trump alguém com capacidade de liderar um país como os Estados Unidos, a maioria entende que Donald Trump é um autêntico logro, um "twitterholic" pouco simpático, (muito) pouco polido tendo destruído muito mais do que construíu
Diria mais... Trump na sua louciura julga-se, quiçá, num daqueles jogos reais e em que ele fez somente (e mal) de Presidente dos EUA e não consegue perceber a diferença entre realidade e ficção.
Entretanto, o mundo que começa agora a suspirar de alívio com a sua saída, é muito diferente daquele quando entrou na Casa Branca.
E muito por culpa dele.
Portanto desta vez é ele que sai do jogo: Game Over Trump!
Cá por casa sou normalmente conhecido pelo inventor das teorias de conspiração, especialmente ligadas à política.
Na verdade há muito que deixei de acreditar nos políticos, sejam eles lusos ou estrangeiros. A política não é actualmente a acção de trabalhar em prol do bem comum (leia-se população), mas somente laborar em favor de alguns reencaminhando alguns benefícios para benefício próprio.
Tenho este introito para fazer a ponte para o caso do presidente dos Estados Unidos da América e a sua recente infecção por coronavirus. Assim que eu soube desta notícia comentei com os meus botões: não havia melhor altura…
Se não vejamos:
- o debate entre Trump e Biden foi um “bidon” de trampa (desculpem-me desde já a baixeza da linguagem!!!):
- as sondagens, que valem o que valem, mas ainda assim podem ser uma referência, dão vantagem ao candidato democrata;
- não há vacina eficaz ao invés do que o actual Presidente afirmava e as mortes de americanos por covid-19 sucedem-se (perto de sete milhões e meio de infectrados e mais de 200 mil mortes).
Ora pegando nestes factores e a um mês das eleições americanas nada melhor para Trump que fazer-se de vítima do vírus. Com esta atitude ele tenta:
- dizer ao povo americano que não está imune;
- que a doença não parece ser tão má quanto a pintam já que ele a teve e saiu dela (o internamento foi só para americano ver!;
- desviar as atenções da nomeação da nova juíza do Supremo Tribunal e do caso dos impostos não pagos;
- vitimizar-se perante os adversários políticos.
Desta forma Donald Trump vai tentando ganhar algumas simpatias em sectores menos favoráveis, de forma poder renovar o seu mandato.
Esta minha teoria poderá ser tão idiota quanto outras que já alimentei, mas que creio que é possível, isso creio.