O hemiciclo da AR está finalmente definido. O PS com a maioria absoluta, o PSD de Rui Rio muito longe, o Chega como terceira força política e o Iniciativa liberal como quarta.
Caiu estrondosamente a esquerda, sempre muito trauliteira, pagando um elevado preço pela reprovação de um OE para 2022. Agora irão levar com um provavelmente muuuuuuuuuuuuito pior do reprovado e podem bem estrebuchar, mas nada poderão fazer.
Entretanto o PCP já ameaçou com o fim da paz social numa manifesta tentativa de chantagem política com o próximo governo, olvidando que foram uns dos grandes culpados ao alcançarem este triste patamar.
A este propósito lembremo-nos que, não obstante a baixa votação na esquerda, os comunistas ainda tem uma invejável capacidade de mobilizar tropas no sentido de criarem a tal destabilização social.
Portanto preparemo-nos para nos próximos meses/anos assistir a inúmeras greves na FP (médicos, enfermeiros, professores, p.e.), transportes e em outras actividades económicas, assim como manifestações e demais formas de luta.
Li uma questão hoje que creio ter sido feita em tom de brincadeira mas que até faz todo o sentido. Reza assim a pergunta: se um eleitor que tiver votado antecipadamente e morrer antes do dia 30 o seu voto será válido?
Houve uma resposta curiosa e que dizia: "Não, porque foi duas vezes às urnas?". Não pude deixar de rir... Os portugueses no seu melhor e mais assertivo humor.
Todavia deixou-me a pensar... até porque posso ser um caso desses pois sei lá o que me irá acontecer até Domingo.
Votar antecipadamente pode ter os seus benefícios em termos de aglomeração de pessoas, mas pode outrossim falsear os próximos resultados, já que eu posso ter votado em consciência num determinado partido, mas entretanto durante a última semana percebi que o dito partido alterou a sua postura e estratégia e eu passei de votante a desiludido...
A campanha eleitoral está novamente na rua! Numa altura em que o Covid se alastra sem temor, manter as arruadas como eram feitas antes da pandemia, mesmo com máscaras, parece-me um tanto arriscado!
A verdade é que nenhum partido abdica desse quinhão de cinco minutos de fama já que as televisões estarão lá para dar cobertura.
Ora como sabemos os actuais partidos pouco têm para dizer de diferente do que disseram há dois anos, aos portugueses. Ou há seis, dez...
As promessas de um futuro doirado mantêm-se inalteradas quando no fundo, no fundo nenhum lider partidário, em consciência, sabe o que poderá vir a fazer.
Faz tempo que deixei de acreditar em ideologias políticas geralmente plasmadas de utópicas realidades. Por isso não me identifico com uma esquerda pouco ciente de como pensa e reage a sociedade lusa, nem com uma direita que não se mostra na sua totalidade, escondendo quiçá parte de algum jogo político.
Mas desta vez desejo ir votar... Não sei em quem... Provavelmente em branco, mas certamente votarei!