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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Um Rui Rocha para Portugal?

Rui Rocha foi hoje eleito líder da Iniciativa Liberal. Muito na linha de João Cotrim de Figueiredo, o deputado de Braga poderá ser a pedrada no charco que é o marasmo político em Portugal.

Ele próprio assumiu a luta contra o bipartidarismo (PS/PSD) numa tentativa de ganhar espaço e força entre os descontentes que politicamente se situam ao centro (e são muuuuuuuitos).

Durante a sua campanha escutei dele numa entrevista televisiva que não se colará ao Chega. O que denota alguma sabedoria e acima de tudo algum cuidado com aquele partido extremista.

Com uma linguagem diferente, aguerrido sem ser arrogante, Rui Rocha poderá vir a tornar-se um sério caso de sucesso. Escutei o seu discurso de vitória e logo ali colocou o dedo em algumas feridas que continuam, em Portugal, a purgar.

Depois aquela ideia dos 15 por cento em próximas eleições, pode vir a ser uma meta perfeitamente alcançável para a IL, já que o PSD continua a dar tiros no próprio pé. E do PS nem vale a pena falar.

Vou ficar mais atento a este novo líder. Cheira-me que a actual classe política vai sentir novos ventos vindos de Braga.

O tempo o dirá.

PCP: que futuro?

Se ainda houvesse dúvidas quanto à postura subserviente do PCP ao Kremlin liderado por Putin, a ausência deste partido hoje, na Assembleia da República, aquando do discurso de Zelensky, eliminaria aquelas dúvidas.

Não sendo eu um simpatizante do PCP, portanto insuspeito, lamento, todavia, que um partido que se diz democrático e defensor das “amplas liberdades” tenha tomado uma atitude tão pouco democrática. Nem precisaria de aplaudir, bastaria estar presente.

O problema é que o PCP se encerrou numa ideia e postura da qual não pretende (ou não pode) sair. O fechar de olhos ao que o rodeia, durante os últimos anos, fez com que os outros partidos ganhassem eleitorado que já fora do PCP, mas que agora não se revêm naquele pensamento tão… soviético.

O caso desta ausência será mais um tiro no próprio pé do partido de Jerónimo de Sousa. E desta vez nem foi uma mera bala, mas um obus pesado e que irá deixar marcas profundas. Definitivamente um partido como o PCP não pode defender esta invasão bárbara por parte da Rússia à Ucrânia. Simplesmente não pode!

Mais… eu gostaria de saber qual seria a posição do Partido Comunista se a Coreia do Sul invadisse a Coreia do Norte?

Termino com o prognóstico que nas próximas eleições o PCP irá reduzir ainda mais a sua participação na AR. Depois não se queixe que a culpa é da direita!

Onde pára (agora) a esquerda?

Não esperava estes resultados eleitorais. De todo.

Certamente que não imaginaria que Rui Rio ganhasse, mas esta retumbante vitória de Costa muito menos.

A juntar a este espanto pessoal estão os paupérrimos resultados do BE, CDU e principalmente do CDS que deixou de ter representação parlamentar (já não será necessário um táxi!). Se da coligação liderada por Jerónimo de Sousa já não se espera grandes cometimentos políticos, já do BE a queda no número de deputados eleitos foi justamente o que mais me admirou.

Os partidos de esquerda mais pequenos pagaram com o próprio sangue a ousadia de deixarem cair o governo do PS obrigando o país a estas eleições antecipadas. O tal povo que, ao invés de muitos políticos, sabe bem o que fazer, castigou de forma quase violenta o voto esquerdista contra do orçamento para 2022.

Ora António Costa percebeu que poderia, num novo acto eleitoral, libertar-se do jugo que os partidos da esquerda lhe impusaramn (leia-se geringonça)! E deixou-se cair... (ou a velha ideia do "coitadinho" que o luso cidadão tanto aprecia).

Lendo os resultados já obtidos o PSD teve mais votantes que em 2019, mas ainda assim claramente inferior ao que desejava e precisava. Pelo outro lado o PS recolheu os seus votos e mais alguns desviando do BE e CDU, suficientes para lhe atribuir a maioria absoluta.

Neste contexto a esquerda do PS perdeu força e eleitorado. Espero que os seus lideres tirem as devidas conclusões.

Bom falta falar do CDS. É um fim de ciclo que há muito se previa. Ainda por cima com o aparecimento de organizações mais à direita como o CHEGA e a IL, o lider centrista só poderia ter este resultado. Cedo se percebeu que não tinha estaleca para a coisa!

Concluindo: há uma nova maioria parlamentar que a esquerda radical, sem pensar, ajudou a nascer.

A síndrome portuguesa!

Tenho vindo a aperceber-me que as próximas eleições, marcadas oficialmente para o próximo dia 30, poderão trazer diversas surpresas no que concerne à constituição do próximo hemiciclo legislativo.

Vou lendo que a esquerda poderá perder a maioria parlamentar sendo substituída por uma direita que começa no PSD e termina num CHEGA.

Se tal acontecer não poderá a esquerda assacar culpas à tal direita já que desde 2015 é aquela que tem governado este país!

Esta ideia faz-me concluir que os partidos, dito progressistas, não conhecem de todo a realidade da sociedade portuguesa. Passar o tempo de campanha a dizer mal deste ou daquele partido não é do gosto luso.

Os portugueses gostam que lhes falem ao coração, que lhes digam o que querem ouvir mesmo que mais tarde se venha a descobrir que não passaram de vãs promessas. Os lusitanos estão realmente cansados de ouvir uma certa esquerda desatenta e demagoga a apontar baterias para os adversários em vez de mostrarem ao que vêm, apresentando propostas reais e realizáveis.

Por tudo isto custa-me ver PS, BE, PCP e outros a caírem na lama política sujando-se mais que sujam os adversários, através de discursos muito inflamados, mas deficientemente assertivos.

Concordo que se deve criticar… Mas tudo o que seja exagero reverte, quase sempre, a favor dos atacados. Chamo-lhe a síndrome do “coitadinho!”

Tão popular em Portugal!

Sondagens, o mundo do nada!

Ao fim de mais de sessenta anos de vida e quarenta a votar e a assistir a eleições há informação que não consegui descodificar.

Refiro-me às sondagens que se fazem por tudo e por nada. Então nesta fase pré-eleições aquelas surgem como cogumelos e quase todos os dias, com dados antagónicos sobre os eventuais resultados do próximo dia 30.

Definitivamente não entendo para que serve a informação das sondagens. Ou provavelmente a questão estará mal formulada e deveria ser: a quem servem as sondagens?

Os partidos políticos interessam-se pouco por elas até porque na maioria das vezes os resultados finais são tão diferentes que a credibilidade das sondagens roça o ridículo.

Todavia os jornais e televisões adoram aqueles estudos e sobre eles debitam horas de opiniões com muito verbo, mas pouco conteúdo e só para o zé-povinho ficar entretido...

As sondagens continuam assim a sua caminhada para o mundo do nada! Nada a dizer, nada a informar!

Hoje vi o debate...

Não tenho ligado um caroço à campanha eleitoral, debates televisivos incluídos. E pelo que tenho lido por aí não perdi nada.

Percebi entretanto que esta noite haveria um debate entre o actual Primeiro Ministro e lider do PS, Doutor António Costa, e o líder do maior partido da oposição, Doutor Rui Rio.

Picou-me a curiosidade para perceber como o Presidente do PSD lidaria com alguma fanfarronice de António Costa. Fazia muito tempo que não assistia a estes debates, até porque já sei o que cada um diz e quer. Mas vi porque poderia haver surpresas. Que houve!

Gostei do debate e se AC começou até relativamente bem, com o caminhar do debate e com a chamada para cima da mesa de temas mais polémicos o senhor Primeiro-Ministro foi perdendo fulgor e estaleca enquanto RR foi sempre em crescendo.

Achei mesmo corajoso que o lider do PSD assumisse uma posição, por exemplo no que se refere ao salário mínimo, pouco popular. Poderia ter evitado, mas preferiu ser menos demagógico e mais realista.

Sinceramente gostei!

Os temas sucederam-se, mas Rio conseguiu (quase) sempre ficar por cima de AC (salvo seja!).

O tempo passou rápido, sinal evidente de que ambos se empenharam em responder tão bem quanto podiam ou sabiam.

Não imagino se este debate irá porventura influenciar algum eleitorado, mas tivessse eu dúvidas sobre em quem votaria, certamente que esta noite ficaria esclarecido.

Abstencionista empedernido!

Como aqui já assumi fui dos quase quarenta e muito por cento de abstencionistas. Todavia num postal lá atrás expliquei porquê. Vale o que vale!

Entretanto, no fim de semana prolongado no início deste mês, fui mais uma vez à Beira--Baixa. Ao fim do dia, princípio de noite passava quase sempre no café, mais que não fosse para rever alguns amigos e por vezes escutar umas estória que alimentam o meu espírito para outros desafios.

Bom... naquele dealbar de noite encontrei-me ao balcão pedi uma mini e fiquei ali a ver o futebol que passava da televisão. Como sou surdo, o barulho assim em conjunto incomada-me. Assim escontei-me o mais possível para o fundo da pequena sala. Porém já lá estava o Tó, um antigo GNR aposentado e agora meio alcoólico.

- Boa noite Tó.

- Boa noite - respondeu-me educadamente.

Entre futebol e umas minis lá fomos dizendo umas larachas. Ou melhor ele falava eu abanava com a cabeça concordando, mas noventa por cento das coisas que ele foi debitando eu não as ouvi. Até que acabou a bola na televisão e a sala do café ficou quase deserta.

Finalmente consegui ouvi-lo, para a determinada altura perguntar:

- Como foram as aleições cá na aldeia, Tó?

- Ganhou o que lá estava... Agora como independente! - respondeu.

- O que interessa é que trabalhe em prol da aldeia...

Ui o que eu disse. De um momento para o outro o Tó abre a bocarra e começa a disparar impropérios  a torto e a direito contra os políticos locais e não só. Creio mesmo que deve ter decorado um compêndio de calão, daquele mais requintado, tal foi a abundância de asneiras.

Senti-me atrapalhado por ter desbloqueado aquela alma para depois conseguir dizer:

- Tó, tem calma. Não vale a pena enfureceres-te contra eles. Da próxima vez votas noutros candidatos.

Resposta rápida mais ébria que sóbria:

- Eu não votei neles...

Para depois rematar assim:

- Eu nunca votei na minha vida, nem sei como isso se faz.

Trabalhar para a promoção... ou será eleição?

Quando estava a trabalhar, o final do ano era assaz atípico, porque decorriam as "avaliações de desempenho", das quais poderiam sair melhoramentos salariais tendo em conta eventuais promoções.

Escrevi atípico porque era justamente por esta altura que alguns colegas apresentavam a sua maior hiprocisia, já que durante aproximadamente dois meses gostavam de se mostrar à chefia. Decorrido esta época, com ou sem promoção, regressavam à costumada calãzice.

Fazendo a ponte com a actualidade, note-se que estamos a pouco mais de um mês das próximas eleições autárquicas, o que equivale dizer que, de um momento para o outro, todas as edilidades acharam pertinentes as queixas dos seus habitantes. Vai daí toca a fazer as obras que todos querem e desejam.

Aquela cratera na estrada, um buraco no passeio, as guias nos arruamentos, as recolhas permanentes do lixo reciclável e mais um sem número de pequenas obras que neste tempo pré-eleitoral surgem feitas como de magia se tratassem. E agora nesta época pandémica não há almoços nem passeios para a terceira idade...

Decorridas as eleições autárquicas de Setembro regressamos ao marasmo de sempre, justificado com a estafada desculpa de não haver dinheiro. Todavia o povo adora isto, gosta que haja, de vez em quando, umas eleições para que surjam alguns melhoramentos citadinos.

A hipocrisia política no seu melhor. A exemplo de muitos dos meus antigos colegas.

Um virus americano!

Os últimos e trágicos acontecimentos no Capitólio norte-americano advêm de um vírus que se foi instalando nos últimos anos no país do Tio Sam. E parece que não terá cura!

De uma forma mais assertiva diria que os americanos viveram numa realidade política e social paralela. A democracia tal como foi implementada na América esteve sempre em perigo.

Não fossem algumas instituições internas, provavelmente os Estados Unidos viveriam hoje à beira de uma impensável ditadura.

Donald Trump fez vir ao de cima o pior dos seus concidadãos. A violência urbana, o racismo, as demandas com a China e não só, a fuga dos acordos ambientais, a saída da OMS e tantas e tantas acções ignóbeis que só prejudicaram os Estados Unidos. Já para não falar da não aceitação da pandemia…

O real problema vem agora quando Biden tomar posse, já que os apaniguados de Trump não irão deixar a sociedade recuperar das feridas causadas pelo presidente derrotado. Será bom que os Estados Unidos se preparem para uma guerra. Não contra o covid-19, não contra uma qualquer Jihad islâmica, mas contra um vírus que se instalou em muitos (demasiados) americanos: o virustrump!

Um herói (ainda) desconhecido!

Conhecemo-nos há uns anos através de um blogue onde ambos escrevemos. Aliás eu ainda lá vou escrevendo... pouco! Chama-se Pedro Azevedo e já há tempos falei dele. Aqui e aqui!

O Pedro assumiu há uns tempos ser candidato à Presidência do nosso Sporting. A vida ensinou-me a não acreditar em heróis. Mas este meu amigo de boa cepa não é um herói. Ainda...

Todavia sê-lo-á se conseguir subir ao mais elevado grau na hierarquia leonina.

Pelo meio continuo a ler as suas ideias sobre o que pretende para o nosso Sporting. Gosto sinceramente do que leio.

O Pedro Azevedo será mesmo um herói porque acredito que, genuinamemnte, tentará servir o clube e não servir-se dele.

E de mim terá sempre o meu apoio. Incondicional!

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