Bons políticos precisam-se!
Com o chumbo do OE para 2022 subiu à tona, mais uma vez, o pior dos nossos políticos. Também não sou grande apreciador do voto (in)útil, pois este não serve a ninguém. Em tempos António Guterres actual Secretário-Geral das Nações Unidas conseguiu aprovar o seu orçamento pela diferença mínima de um voto de um tal deputado do CDS de Ponte de Lima. No fundo fez o trabalho de casa!
Mas nem isso António Costa conseguiu desta vez. Nem um acordo parlamentar. Após a prosápia usada aquando da criação da geringonça, ora AC não teve arte nem engenho para chegar mais longe ou mais perto no seu orçamento. Como disse alguém: O PM está cansado e desejoso de deixar S. Bento.
Com o que se passou recentemente cada vez estou mais crente desta ideia. Ou então Costa espera que o PS, naquele seu ar de vítima, consiga uma maioria absoluta, o que sinceramente não seria o melhor para o País.
É que se olharmos bem, a esquerda que tanto ajudou ao acordo de 2015 foi a mesma que agora retirou o tapete ao PS. Por egoísmo, malvadez ou somente inexperiência política?
Deste modo os lideres partidários continuam a ser meros aprendizes de feiticeiros ou políticos de vão de escada sem capacidade e vontade de levar este país para a frente. A esquerda lusa mantem-se apostada no seu discurso sempre pobre e pouco alternativo, enquanto a direita continua em permanentes suicídios políticos de dirigentes.
Sobra assim as franjas de um e outro lado do hemiciclo que podem aproveitar as próximas eleições para almejarem melhores resultados, nomeadamente à direita.
Mas se tal acontecer será bom que os dirigentes dos diversos partidos assumam publicamente o erro que agora cometeram, porque seria preferível ter um mau orçamento que não ter orçamento algum!
Depois não se admirem!