Sou pai de dois filhos, hoje homens e pais. Mas criei quatro crianças já que os meus dois sobrinhos viveram grande parte da sua vida comigo. Fui eu que os levei e fui buscar à escola, à natação, ao inglês. Muito eu corri naquele tempo, especialmente de carro, para que todos chegassem a tempo e a horas.
Da mesma forma também lhes dei muitas vezes de comer, ajudando os avós (os meus sogros!) nesses trabalhos.
Tudo isto para dizer que sempre tive o cuidado de dar a todos eles uma alimentação cuidada onde nunca faltou aquele peso de carne e peixe, muitos legumes e leguminosas e obviamente a sopa, para além da fruta. Talvez por isso cresceram saudáveis, sem problemas de maior.
Sei que já passou uma geração sobre aquele tempo, que hoje há uma nova filosofia para a dieta alimentícia, tendo muitos pais optado por uma alimentação mais à base de vegetais por troca da carne e do peixe.
Não sendo eu nutricionista, não me cabe dizer bem ou mal das novas experiências alimentares, o que conta mesmo é que as crianças cresçam saudáveis.
Mas se há pais que têm esta opção, também há aqueles quee alimentam os filhos à base de comida de plástico. Querem lá saber do peso da carne, do peixe que os infantes ingerem! Muito menos se bebem com fartura refrigerantes em vez de água. Depois enchem os bolsos dos miúdos de bolos, todos eles de qualidade muuuuuuuuuuito duvidosa.
Há também quem leve os filhos à pastelaria, logo pela manhã, onde bebem aquele sumo de pacote carregadinho de açúcar, mais um bolo envolto em creme e levam mais um ou dois para a merenda!
Eu que cuido de uma criança e quatro anos, longe de mim substituir o seu pequeno alomoço feito com fruta verdadeira e cereais, por produtos, quiçá mais saborosos, mas provavelmente menos saudáveis.
Pois é educar uma criança não é facilitar-nos a vida. Na maioria das vezes é complicá-la.
Ontem baixei a barreira (mais física do que psicológica!) dos 90 quilos de peso. De forma gradual tenho vindo a perder alguma gordura o que em termos de saúde não é mau.
Mas como o fiz é que pode ser curioso. Sem dietas tontas, nem exercícios físicos exacerbados, certo é que a balança lá vai dando boas notícias.
Há uns anos cheguei aos três dígitos. Olhava-me ao espelho e via… uma bolacha. Literalmente. Percebi que teria de ser mais regrado, mas acima de tudo alterei um pouco os maus hábitos alimentares. Todavia continuei com peso a mais...
Em 2021 com o Covid perdi muito peso, para mais voltar a aumentar.
Entretanto um dos assuntos estrela da internet é sempre o excesso de quilos e as milhentas formas de emagrecer. E como saberão há de tudo um pouco, como também há muitos culpados: o álcool, as gorduras, os doces, o sedentarismo e quase sempre o pão. Este encabeça assim muitas listas.
Durante tempos também acreditei que o pão era o principal culpado do meu peso excessivo. Até que no início deste Verão tive que levar com um implante dentário, para já provisório, e a recomendação da médica dentista é que não poderia comer uma “sandocha” à moda antiga, nem uma torrada bem tostada pois arriscaria a estragar o que havia feito. Obviamente que houve outras, mas não tão relevantes para mim.
Perante esta triste sentença optei por comer à mesma o pão todavia numa tacinha com leite e café. As tão conhecidas e velhas como o Mundo… sopinhas de leite! Que sinceramente nem aprecio mas que são macias e humildes aos dentes!
Não sei se foi disso ou de outra opção alimentar a verdade é que a balança é agora mais sensata.
Percebi por fim que o pão (geralmente água, farinha e fermento) não nos engorda. O que nos transforma em gordos são os acompanhamentos. Ou seja… a manteiga, o queijo, fiambre, um qualquer doce e mais não sei quantas coisas que podemos colocar como recheio. Anormalmente hipercalóricas!
Esta assumpção fez-me até recordar a piada do cientista que foi retirando uma asa a uma mosca e depois dizia-lhe para voar. E ela voava… Até que tirou todas as asas e mandou a mosca voar, Esta não saiu do lugar, obviamente. A conclusão do cientista era que uma mosca sem asas… ficava surda!
Constatei que a população portuguesa está cada vez mais obesa. Antigamente havia gente magra, gorda e obesa! Actualmente os magros não existem (nem nas crianças) para só surgirem gordos, muitos gordos e obesos.
Parece que temos um problema na alimentação. Ou isto ainda será cosnsequências do confinamento "covídeo"? Não sei dizer...
Mas o curioso é que há cada vez mais gente a fazer longas caminhadas na praia.
A nossa população entrou naquela fase "amaricana" de ganhar peso e no sentido inverso a perder inteligência! Depois as lojas de comida rápida, os petiscos e as comidas estranhas. Tudo acompanhado de muito álcool e daquele bem destilado.
Sempre que chego cedo à praia (não foi o caso de hoje) é frequente encontrar à beira bar os restos das noites bem bebidas.
Faz-se tanta campanha por minudências quando estes casos de obesidade social grassam pela nossa população em geral!
Quanto a mim, que também tenho peso a mais, estou numa fase de perder algum. Sem ginásticas nem remédios milagrosos, somente pela boca!
Em conversa com uma senhora amiga, acabei por lhe formular uma questão que no fundo estava a fazer a mim mesmo: Porque será que tudo aquilo que gosto me faz mal? E acrescento agora: ou me engorda?
Terei de recuar muitos anos... Dezenas deles para aterrar nos anos 80 onde durante cinco anos nunca me cuidei.
Comia alarvemente e bebia ainda mais. Já para não falar do tabaco que fumava. Dormia pouco e trabalhava sempre sob stress como era um caixa de um banco, ainda por cima aquele em que o volume de dinheiro era sempre muito superior aos dos outros bancos!
Entretanto fui tomando consciência que deveria evitar algumas coisas, começando obviamente pelo tabaco. Mas aqueles pratos fantásticos... não conseguia evitar. E sempre bem acompanhado, não só por pessoas, mas outrossim por umas botelhas vinícolas.
As noites eram sempre carregadas de cerveja... Muita!
Quando decidi casar (diz o povo que quem casa não pensa!!!) já havia deixado de fumar, mas continuei a comer sem cuidado.
Bom era inevitável... e hoje estou a pagar "com língua de palmo" as asneiras feitas naquela remota época.
Isto está de tal forma nos limites que neste fim de semana que passou abri uma garrafa de vinho branco para acompanhar uma galinha à goeza feita por mim, bebi simplesmente um copo pequeno de vinho para desde ontem os meus pés darem sinal de... gota. Tudo por causa da pinga... mesmo que ínfima!
Também não posso comer carnes vermelhas (porco, vaca e enchidos), mas aqui tem a ver com uma coisa chamada ferritina e que eu tenho a mais!
Portanto irá ser pela boca que irei desta para melhor. Se não for com a gota, será de coração por alguma comida com mais colesterol.
Hoje tive de fazer mais um furo no meu cinto que deveria segurar as calças. É que desde Outubro já perdi alguns quilos e ainda não os consegui encontrar...
Na verdade nunca fui grande apologista daquelas dietas meio parvas e imbecis, com quantidades de alimentos, horas das refeições e um número para estas.
Deste lado apenas deixei de comer carnes vermelhas (tenho, ao que parece, um problema oposto aos anémicos e do qual já aqui havia referido!) e evitei beber bebidas álcoolicas (no meu caso não bebo uma gota etílica desde Outubro). O resultado está à vista e já me abandonaram muitos quilos que nem as caminhadas antigas de muitos quilómetros retiravam.
Provavelmente e num futuro mais ou menos próximo terei de comprar roupa de números inferiores ou então buscar nalgum roupeiro vestes com muitos anos... quando era jovem e magro. O problema é que, provavelmente, estarão fora de moda.
Entretanto talvez seja melhor ir fazendo furos no cinto!
Decidi há umas semanas iniciar uma dieta. Sei o que me engorda (pão, manteiga, batatas, arroz...) e daí cortar com todos estes produtos. Obviamente que para isto não necessito de nenhum nutricionista.
Bem... de manhã como meio pão com queijo ou fiambre sem manteiga para duas horas depois comer a outra metade. Antes do almoço ainda marcha uma peça de fruta.
O almoço com carne ou peixe cozido ou grelhado acompanhado de mais legumes. De tarde mais fruta e à noite comida ligeira: uma sopa, frutos secos e iogurtes magros. Ah esqueci-me dizer que ando todos os dias 50 minutos seguidos a pé e bebo litro e meio de água, no mínimo.
Na verdade já perdi alguns quilos mas necessito perder muitos mais. Pelo menos mais onze... O que me parece uma empreitada atroz. Mas não pretendo desistir.
Todavia falta-me qualquer coisa... O meu corpo durante sessenta anos habituou-se a comidas diferentes e agora ressente-se com esta minha dieta. Mas como tudo na vida ele vai ter de se habituar.
Como é que se convence alguém que adora comer, e come bem, a fazer dieta? Não se convence... Não vale a pena andarmos atrás dele a dizer que está mais gordo... porque não se consegue convencer. A modos assim como os fumadores, que sabem que faz mal fumar, mas é sempre aos outros... Até um dia!
Quando cheguei da aldeia, após a campanha da azeitona, percebi que tinha perdido uns 2 quilos. Não fora muito, mas já era alguma coisa.
Foi nesse momento que decidi impor a mim mesmo determinadas regras alimentícias de forma a perder ainda mais peso. Tenho perfeita consciência que é pela boca que engordamos. Ora se não não tenho paciência para ir a ginásios, nem tempo para fazer longas caminhadas então o melhor mesmo será cortar naquilo que vem através da alimentação.
Sei que o pão engorda muito - cortei no pão. De seguida as batatas e arroz também engordam - cortei neles. E finalmente o álcool também ele fomentador de mais peso - cortei nos etílicos.
Bebo agora mais água, como mais legumes e mais fruta.
Não consultei nenhum nutricionista porque tenho a sensação que cada um tem uma ideia diferente para se chegar ao mesmo resultado. Portanto vou-me desenrascado sozinho resistindo aos acepipes que por vezes me poêm à frente.
Parece que não mas já aperto mais o cinto...
Todavia deixem-me confessar uma coisa: fazer dieta é um sacríficio atroz.
Uma simples dica... Se um dia pretenderem ser o centro das atenções e ter os holofotes apontados para vocês... basta irem ao dentista.
Foi o que me aconteceu hoje, com a bonita ideia de extrair dois dentes.
Pronto... após muita gritaria e correrias à frente das criminosas seringas lá conseguiram que eu ficasse quietinho e deram-me então uma longuíssima anestesia que durou pela tarde fora.
Meia hora depois estava mais magro sem dois dentes.
Durante uns longuíssimos dias estou destinado a comer dieta mole. A coisa boa é que podem ser gelados.