Hoje irei escrever sobre poesia neste que é o dia Mundial da dita!
Não será da minha, até porque tirando uns breves fogachos a que escrevi, é tão pobre que nem merece aqui qualquer referência.
Não me recordo do primeiro poema que li, mas certamente que o "IF" do nobel Rudyard Kipling marcou-me olimpicamente ainda muito jovem.
Quando frequentei a escola secundária (sei que nunca fui um estudante, porque este estuda e eu detestava tal desventura!) comecei a lidar com autores portugueses e com as suas poesias. Depois tinha na minha ínfima biblioteca um livro de poemas, odes e canções escritas por Luís de Camões e compiladas por um dos grandes escritores portugueses do século XX e que se chamou Vitorino Nemésio. Livro que ainda tenho e que de vez em quando folheio para reler um ou outro soneto, ou uma ou outra ode.
Diz-se que Portugal sempre foi um país de poetas. Eu quero acreditar que sim já que o património poético português é extremamente vasto e rico.
Certo que a par de Camões tivemos... Fernando Pessoa. Mas também tivemos Cesário Verde, Mário de Sá-Carneiro, Florbela Espanca ou Alexandre Oneil entre centenas de outros muito bons poetas. Já nem falo de Eugénio de Andrade ou Helberto Helder.
Com tantos e tão bons escritores de poesia há quem não a aprecie! Claro que é necessário uma sensibilidade específica para compreender alguns dos meandros de um poema, mas provavelmente também seria conveniente ensinar a ler poesia, às crianças na escola.
Por causa deste dia Mundial da Poesia andei em busca de alguns livros de poesia que tenho comigo. Encontrei David Mourão-Ferreira, António Nobre, Guerra Junqueiro, Pessoa e Alexandre O'neil. Dos estrangeiros Rosália de Castro, Jorge Luis Borges, Lawrence Ferlinghetti... E parei neste poeta.
Sabia que tinha muita idade, daquela que quase ninguém consegue chegar e fui pesquisar...
O choque... Lawrence Ferlinghetti partiu no passado dia 22 de Fevereiro a pouco mais de um mês de fazer 102 anos (isto é o mal de não ler jornais nem ver televisão!).
Desapareceu assim um dos enormíssimos poetas americanos. A poesia mundial ficou mais pobre. E eu não pude homenageá-lo no dia da sua partida como ele mereceria...
Fica assim a minha homenagem neste breve texto! Com um mês de atraso, mas profundamente sentida.
Hoje comemora-se o dia dedicado a uma das mais belas formas de escrita: a poesia.
Há muitos anos ouvia-se com regular frequência que Portugal era um país de poetas. Nunca percebi o verdadeiro sentido desta expressão. Mas isso agora já não é relevante.
Porém reconheço que desde Camões até agora existiram e existem ainda, no nosso país, poetas fantásticos. Nem vou nomeá-los porque seria fastidioso e eu tenho mais que fazer...
Há quem diga que os poetas escrevem com o coração, outros com a alma. Eu acho que eles escrvem todos com as mãos.
Mais a sério gosto muito de poesia. Por isso deixei-as de publicar aqui e passei-as para outro local quando por vezes me julgo outrossim um iluminado e ponho-me a escrever uns versos. Mas saem sempre coisas, na sua maioria bizarras e mal construídas.
Mas teimo, teimo e teimo. Pode ser que assim um dia saia algo de louvável.
Entretanto neste dia não se esqueçam de ler poesia. De preferência da boa!