O meu primeiro objectivo para o futuro é tão simples como pedir para estar vivo no segundo seguinte. Mas mais a sério diria que o meu objectivo num futuro mais ou menos longo, quiçá menos, é poder publicar os livros que tenho em mente.
Valerão pouco para os outros, mas o suficiente para mim... É o que vale, não é?
Tema: qual o conselho que preciso de dar a mim mesmo
Que questão chata, hem!
Então sendo eu já velho ainda tenho de receber conselhos, quando deveria dá-los? Mesmo que seja de mim mesmo!
Passando a brincadeira e pegando na pergunta de forma séria, diria que quando olho para o meu dia a dia e com quem me relaciono encontro uma ideia (chamem-lhe conselho!) que devo alimentar diariamente: paciência.
Ter paciência para os outros não é coisa de somenos, mas falta-me paciência para me aturar a mim!
O problema é que a tal de paciência não se vende numa qualquer drogaria de bairro, daquelas que cheiram a creolina logo que se entra e muito menos numa farmácia!
Paciência constrói-se, alimenta-se, treina-se.
Portanto a este que hoje se assina não haverá melhor conselho a dar a não ser: tem paciência!
faz muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito tempo que não escrevo uma carta. Nem de amor, desamor, amizade ou somente uma daquelas formais em que iniciamos com V.Exª.
Mas esta não vai ser nenhuma das anteriores.
Vamos ao que aqui me trouxe.
Há uns dias lembrei-me de lhe escrever. Olho para dentro do meu espírito e fico a cismar como consegui chegar até aqui... Depois comento com os meus botões: não fosse a Esperança quiçá estivesse aí num qualquer buraco ou, quem sabe, morto. Muita coisa mudou dentro e fora de mim desde que ganhei consciência. A juventude ficou lá atrás, longe muito longe dos dias que ora se desfiam. Palmilhei nesta vida de pobre de Cristo caminhos estranhos. Uns ínvios, tortuosos outros rectos e simples. Corri demasiadas vezes atrás de diversos sonhos para quase sempre agarrar desilusões.
Aceitei também desafios que vou tentando diariamente ultrapassar. Chama-se a isto simplesmente viver, não é?
Pronto... o tempo passou, mas a Esperança continua, não obstante tudo o que me aconteceu, a viver dentro de mim. Para sempre.
Gostei de a rever nem que seja através duma mera missiva e de uma lembrança, professora Esperança. Eu sei que nunca fui o seu melhor aluno, mas creia-me que sou aquele que mais se recorda de si!