Deficiências “invisíveis”!
O ser humano tem quase sempre a capacidade de olhar o outro que se mostra diferente e ter alguma, não direi pena, mas comiseração. É normal que assim seja…
Quando percebemos alguém a quem foi amputado um braço ou uma perna, ou que procura com a sua bengala o caminho correcto, ou se encontra preso a uma cadeira de rodas costumamos naturalmente ajudar, dar a mão, apoiar, ser prestável.
Então imaginemos alguém surdo devido a um AVC ou uma virose. Uma deficiência que não se nota nem se percebe à primeira vista. Este alguém não necessita de apoio para atravessar a estrada, nem ajuda para subir para o autocarro. Percebe o caminho que surge à sua frente, não necessita de nenhum cuidado… aparentemente.
Mas dirigimo-nos a ele e sem saber que essa pessoa é surda, colocamos um questão, que não ouve. Solicita para que repitamos e nós assim o fazemos, talvez num tom de voz ligeiramente mais alto. Ainda assim ele não conseguiu entender. È nesse instante que perdemos a paciência e procuramos outro transeunte.
Porque o que não se vê, não parece deficiência, apenas má-vontade!