Um destes dias vi um pequeno vídeo onde um concorrente já com alguma se apresentava num desses concursos de talentos como cantor.
A história da sua vida resumia-se a ter estado preso durante 36 anos por um crime que não cometera. Foram os testes de ADN que acabaram por o inocentar.
O curioso é que o tal senhor não parecia revoltado com uma justiça que indevidamente o condenara. Cantou lindamente e foi muito elogiado pelo juri presente.
O caso passou-se nos Estados Unidos e de repente fiquei a pensar no nosso Código Penal cujo cúmulo jurídico só vai até aos 25 anos de pena efectiva.
Quando queremos que certos criminosos sejam condenados a mais anos de prisão devido às gravidades dos crimes cometidos, pensemos bem se a pessoa em questão será mesmo culpada, se a justiça está a ser devidamente aplicada.
Talvez comece a perceber que 25 anos seja tempo suficiente para alguém pagar pelos seus crimes, sejam eles quais forem. É que as prisões são tudo menos centros correcionais!
Sendo católico não posso deixar de me sentir profundamente envergonhado com os crimes de cariz sexual praticados pelos padres. Em Portugal e não só!
Vivemos num Mundo absurdo e sem valores. Já ninguém é de confiança, nem podemos garantir que tal personagem é incapaz de tais actos hediondos. Longe disso…
Neste momento a Igreja como instituição percorre estranhos caminhos. Por culpa própria, acrescento!
Entretanto a justiça humana terá de ser feita, custe a quem custar e doa a quem doer. Porque a justiça Divina será outra bem diferente e não caberá ao Homem fazê-la. Entretanto nestes caminhos não pode ficar uma suspeição, uma mera dúvida em aberto, um caso sem ser deslindado.
Escrevi acima que a Igreja é moralmente culpada por estes crimes horríveis, pois se deixassem aos padres abraçarem o matrimónio, como fazem outras confissões religiosas, provavelmente nada disto aconteceria.
Mas no Vaticano há uma Cúpula que pretende continuar (vá lá saber-se porquê!!!) esta estúpida regra.
A Igreja católica apostólica Romana vai ter que acordar para uma nova realidade se pretender manter a força política que sempre teve.
Porque a influência religiosa há muito que a perdeu!
O fundador do BPP é hoje um nome sonante pelas piores razões. Depois de ter fugido à justiça lusa, deu demasiadas indicações públicas para que fosse descoberto fazendo com que seja considerado (quase) como uma vítima. Ora todos sabemos como reage o povo aos "coitadinhos"...
Entretanto outros que fizeram bem pior que ele continuam calados, escondidos ou sei lá silenciosos ou silenciados por uma sociedade que não os querem ver, quanto mais ouvi-los.
Custa-me constatar que para os mesmos crimes cometidos pelo ex-Presidente do BPP haja posições e visões da justiça assaz diferentes.
João Rendeiro é neste momento não só um réu da sua ruinosa gestão bancária como uma vítima de criminosos alheios que, ao invés dele, continuam impunes e livres!
Há alguns anos bem distantes (quase) todos os dias se escutava a notícia de alguém que se atirava do cimo da Ponte 25 de Abril vindo esparramar-se ali na zona de Alcantara.. E quanto mais se falava disso mais exemplos apareciam. Houve alguém que teve então o bom senso de solicitar a toda a CI que deixassem de divulgar estas situações. Fosse disso ou doutra coisa qualquer a verdade é que os números de suicídios diminuiram consideravelmente.
Ora bem, é um tema complexo esta recente vaga da assassinatos de mulheres por partes dos seus maridos, namorados ou somente companheiros. Um crime ainda assim horrível que mostra que não obstante vivermos numa sociedade mais aberta há muito homem de mente fechada e retorcida. Tacanha mesmo!
Mas se seguissemos a dita ideia de há uns anos sobre os tais suicidios, teríamos os jornais, as rádios e as televisões silenciados não por uma questão de censura prévia, mas como forma de evitar as imitações. Rascas todas elas!
Definitivamente, e como homem, ainda não consegui entender o que se passará na cabeça ou no espírito daquele que mata a mulher com as suas próprias mãos. Ou no mínimo o que pretende mostrar...
Há crimes na sociedade para as quais não teria qualquer condescendência se tivesse que julgar os criminosos. Em consciência costumo assumir que tenho uma mente aberta e aceito as diferentes visões que cada tem para a vida. No entanto para os criminosos esta minha postura torna-se muito menos flexível.
Trago aqui este tema devido à notícia do casal que manteve os filhos aprisionados. Treze jovens presos a camas, subnutridos e seguramente com uma higiene deficitária.
A triste história aconteceu no estado da Califórnia nos Estados Unidos, onde mais poderia ser? A justiça americana atirou, obviamente, os pais para a prisão preventiva e com uma caução elevada, enquanto as crianças deram entrada no hospital.
Perante estes actos inqualificáveis fica a natural questão: como puderam aqueles pais tratar os filhos desta maneira?
Sinceramente custa-me entender como pode um ser humano, ainda por cima progenitor, tratar de forma tão vil os seus descendentes.
Nem a minha mente, por mais aberta que seja, aceita isso.
Tornou-se quase normal falar-se de crimes hediondos envolvendo crianças e jovens.
Ou seja porque nada mais há para saber neste país ou porque as televisões vêem neste género de acontecimentos um chamariz de audiências, o certo é que todos os dias há (más) novidades... deste género.
Não entendo e não desculpo a quem usa de inocentes como escape das suas estúpidas fúrias.
Não entendo e não desculpo para quem mata crianças indefesas.
Não entendo e não desculpo a quem se julga dono das vidas dos outros mesmo que seja o pai ou a mãe.
Não entendo e não desculpo a quem, após ter cometido um crime, tenha o descaramento de ainda vir dizer que é vítima.
Que justiça merece esta gente? Que causídico consegue defender estes criminosos?
Já falei por aí que alguns se valem de serem desequilibrados psicologicamente para fugirem às penas pesadas. Porém ainda gostava de saber porque o tal dito desequilibrio não os leva a fazerem mal a eles próprios em vez que cometerem um crime?