Lares: o (triste) fim de linha?
Soube hoje do caso de um lar na Lourinhã. Um caso de maus tratos, incompetência e acima de tudo desleixo! Ainda por cima em pessoas doentes, idosas e na maioria sem capacidade de se quiexarem.
Infelizmente a minha sogra teve de ser internada num lar. A sua demência a isso obrigou pois tornou-se incapaz de se valer a si mesma nas funções mais básicos. Quase todos os dias alguém dea família a visita e seja a que hora for que se vá percebe-se que está a ser muito bem acompanhada.
Tal como as dezenas de utentes daquela residência.
As empregadas são de um carinho extremo, cuidadosas e sempre disponíveis para quem delas necessita. Se um dia tiver que acabar assim os meus dias que seja num lugar como este!
Os lares são, tal como os infantários e creches, lugares muito especiais. Se nestes últimos são os pais que depositam nas instituições os filhos para que possam trabalhar, nos primeiros são os filhos a entregarem a alguém a responsabilidade de cuidar dos antecessotres. Seja como for em ambos as situações o ser humano deve ser a medida certa, o centro de todos os cuidados e atenções.
Todavia para muitos dos responsáveis o dinheiro estará sempre primeiro. Primeiro que as crianças, primeiro que os idosos, pois a dignidade da vida não tem preço.
Vive-se numa sociedade triste, cobarde, podre e onde os valores humanos são, infelizmente, mera retórica!