Na passada quinta feira cozi duas cabeças de pescada, daquelas enormes e que se compram congeladas, mas que são fantásticas!
Depois de os seis à mesa terem comido acabou-se por escolher o peixe que sobrou das espinhas e acabei por o trazer para o fim de semana!
Pensei em fazer um arroz de pescada, mas faltava-me a água onde fora cozida, o que é sempre um elemento preponderante. Assim optei por ir a um supermercado e comprei um quilo de camarão e cozi-o.
Aproveitei assim a água e após descascar o camarão guardei as cascas e passei-as mais tarde por uma trituradora.
Finalmente com a sobra da pescada, com os camarões cozidos, ao que acrescentei o caril, obtive este saboroso prato.
Fica no entanto uma dúvida e que se prende com o nome deste acepipe. Chamo-lhe "Caril de pescada com camarão" ou "Caril de camarão com lombos de pescada"?
Todos os anos, por esta altura, a cena repete-se e a cozinha, normalmente grande durante o resto do ano, torna-se num lugar ínfimo.
Cada um tem os seus doces para fazer e portanto é necessário espaço e tempo. Começaram ontem estas actividades de doçaria quando fiz a minha mousse de chocolate (uma utêntica bomba calórica).
Todavia hoje foi o dia principal para a doçaria. E nem merece a pena dizer quem fez o quê... Portanto e para não me alongar eis o que se cozinhou hoje:
Filhós beirãs - 8 quilos de massa, centenas de filhós, das quais só aqui apresento um prato, para comer e distribuir pela família;
Coscorões - 1 quilo de massa amassada pela minha mãe, mas tendidas e fritas por cá;
Bolo imperial - um bolo à base de frutos secos e açúcar;
Queijo de amêndoa - tal como próprio nome indica... ovos e muita amêndoa;
Rabanadas - Geralmente feitas com pão de forma, este ano não se conseguiu comprar, fez-se com outro tipo de pão;
Pudim Molotof - com cobertura de caramelo
Pudim Abade de Priscos - um doce conventual muito, muito bom;
E por hoje foi tudo. Para amanhã ficará:
Os cubos de chocolate,
as farófias,
a tarte de amêndoa,
quente e frio,
bolo de bolacha,
e
bolo de ananás e natas.
Se juntarmos a estes doces:
- um bolo raínha que nos foi oferecido,
- um bolo-rei feito pela minha mãe,
uma lampreia de ovos e umas azevias que se encomendaram e um bolo-rei de ananás que comprei ontem na loja dos Açores. creio ter doces suficientes para a festa de Natal e até ao fim de semana.
Andava a marinar a ideia há alguns tempos. Porém falta-me tempo e acma de tudo coragem.
Até que este fim de semna decidi que hoje seria o tal dia.
Escolhi da internet uma receita entre as muitas que encontrei, adquiri os ingredientes e logo de manhã após o pequeno almoço, mandei as mulheres para fora da cozinha (a colaboradora que nos ajuda e a minha mulher!!!) e lancei-me na arte da gastronomia o fazer uma arroz à Valenciana. Faltou-me o verdadeiro açafrão pois só encontrei açafrão das ìndias que não tem nem o mesmo gosto nem a cor.
Um par de horas depois chamai a malta para a mesa. O almoço estava pronto. E tinha este aspecto.
Não há nada como os produtos da aldeia criados ao sabor de todas as intempéries e de todos os insectos e demais bicharada.
Pode parecer que não, mas há obviamente grande diferença.
Assim hoje para o almoço assei marmelos, daqueles que apanhei das minhas árvores. Regados com Licor Beirão e polvilhados com açúcar amarelo.
Bom... só posso dizer que estavam fantásticos. Pena foi que tive de os tirar do forno muito tempo antes do almoço e assim o molho acabou por secar e ficar autêntico caramelo.
Por vezes dá.me para estas experiências gastronómicas.