Não sou jurista e sei pouco de leis, mas estranho que na passada quinta-feira o governo tenha aprovado um decreto-lei para o fim do uso de máscaras nos serviços de saúde e lares, mas este diploma ainda não entrou em vigor por não ter sido publicado no Diário da República.
Expliquem-me muito devagarinho por que se publicita uma lei que não tem data marcada para publicação ou entrar em vigor?
Desconfio que é mais um golpe publicitário do actual governo, tão desgovernado anda!
Este Doutor Costa como se costuma dizer na cultura popular é "cada tiro, cada melro"! E o pior é não termos fim à vista para a coisa.
Sinceramente o já falecido Doutor Jorge Sampaio por muuuuuuuuuuuuuuuuito menos asneiras que a actual equipa de António Costa, dissolveu a Assembleia da República. Por isso é tempo do Professor Marcelo usar das suas prerrogativas como Presidente, antes que seja tarde demais.
Neste mesmo dia de 2020 Portugal assumia publicamente que tinha entre mãos um grave problema de saúde pública. Falamos obviamente do covid-19 que tantas vítimas fez e que obrigou a um recolhimento nunca visto em Portugal.
Era sexta-feira e as ordens recebidas eram de recolher a casa donde se trabalharia. Iniciei pela primeira e única vez o teletrabalho, que valha a verdade para mim nem era mau de todo. Desde este dia 13 de Março de 2020 até finais de Junho quando entrei de férias para depois passar à reforma, só voltei ao meu gabinete uma única vez.
Nesse dia 19 de Maio fiz o que havia a fazer numa enormíssima sala completamente vazia e silenciosa. Foi realmente um dia triste, após tantos anos a ver a sala sempre repleta de colegas. Saí do andar, desci as escada a pé, despedi-me dos seguranças e entrei na rua quase deserta.
Temi que me assaltasse aquele sentimento de nostalgia tão próprio de quem sai de um local onde jamais regressará. Tal não aconteceu!
Como também não aconteceu quando neste mesmo dia 13 de Março me apercebi que a minha vida iria mudar radicalmente com a assumpção da reforma no Agosto seguinte.
A vida tem os seus momentos, nomalmente efémeros. Ousar percebê-los e aceitá-los é apanágio de muito poucos.
Parece que foi há dezenas de anos, mas só passaram três anos desde que o virus Covid19 principou a entrar nas nossas casas e a fazer parte integrante do nosso agregado familiar, mesmo contra nossa vontade.
Foi neste dia 2 de Março de 2020 que surgiu a confirmação dos dois primeiros casos da tal gripe chinesa que uma Directora-Geral da Saúde assumiria em Janeiro desse mesmo ano "um bocadinho excessivo" a possibilidade de contágio entre humanos" acabando por acrescentar "não existir "grande probabilidade" de o vírus chegar a Portugal".
Certo é que morreram milhares de pessoas (cerca de 28 mil pessas) e mais de metade da população portuguesa foi infectada (aproximadamente 5 milhões e meio de infectados).
Muito se escreveu durante o tempo que esta pandemia durou a até um arco-iris surgiu como símbolo da esperança em novos dias.
No entanto, e passado o tempo das fortes restrições emanadas por S. Bento e avalisadas por Belém, voltámos ao nosso rame-rame de antigamente, olvidando os meses que todos passámos em casa sem poder sair, afastados de tudo e todos.
A verdade é que o "dito-cujo" continua por aí a atacar. Quiçá menos, mas continua!
Após a libertação quase total das máscaras vejo ainda muitas pessoas protegidas com aquele acessório.
Sei que nos lares e hospitais ainda parece haver essa obrigação, mas por exemplo na rua? A sério?
Hoje fui com a minha neta à natação. Reparei que uma senhora supostamente mão de uma criança utente abriu e fechou a porta que dava acesso aos balneários... com os pés, evitando qualquer contacto com o puxador da porta. Depois trazia consigo a dita máscara cirúrgica.
Tenho consciência que esta coisa do covid ainda não desapareceu por completo, mas temos de lidar com este virus como lidamos com os virus, dito normais, das gripes.
Resultado: agora consegue-se perceber muito melhor aqueles que são nosomaníacos! E são tantos!
Andava eu em terras beirãs a apanhar a pouca azeitona, quando recebi uma espécie de convite ou convocatória... sei lá, via SMS, para me ser administrada mais uma dose da vacina contra o Covid-19.
Quando olhei para a mensagem vi o dia e a hora (hoje) e fui à minha vida de pobre agricultor. Já estava na cidade quando regresssei à tal mensagem e reli-a até ao fim.
- "Ganda" bronca! - pensei.
No SMS para além do dia e hora havia mais uns dizeres que na altura não li. Teria até ao dia 6 para responder se iria ou não. Acabei por responder apenas no dia 9 e foi-me devolvida nova mensagem com a indicação de "resposta fora de prazo aguarde novo contacto"!
Bom... calculei que a toma da vacina... já era!
Hoje pela manhã recebi novo SMS a recordar a vacinação! Li e reli, porque estas mensagens, por vezes, são indecifráveis. Mas lá estava a relembrar a vacina hoje à hora prevista.
Fui antes da hora porque tive de levar a minha neta comigo. Tudo bem organizado de forma que cheguei a casa, já de vacina no braço, antes da hora da miúda almoçar!
Chegou a tarde e comecei a sentir-me desconfortável. Mas aguentei estoicamente. Porém ao início desta noite um mal-estar apoderou-se de todo o meu corpo e neste momento doem-me todas as articulações do corpo. Sinto-me ainda febril após o milagroso Ben-u-ron (passe a publicidade).
As minhas experiências com este tipo de vacinas nunca foram as melhores. Há quarenta anos tomei a primeira e única vez a vacina da gripe e estive bem doente. Na altura jurei para nunca mais...
Mas com uma neta e pessoas idosas e doentes em casa percebi que teria de tomar a vacina. Mas continuo a não ser forte apologista da coisa...
Sábado nove e pouco da manhá e afila de carros para as praias já tem mais de um quilómetro. Há quem diga que foi das rotundas que este início de Verão criaram a cada entrada e saída das praias.
Eu diria que o problema é que este ano as praias da Costa estão superlotadas. Talvez pelo preço do combustível, pelas portagens das autoestradas ou porque o tempo está demasiado quente para se passarem muitas horas num carro.
Deste modo às dez da manhã quando iniciei a minha caminhada à beira-mar apercebi-me do mar de gente que a minha vista podia abarcar. Um verdadeiro tapete humano.
Qual covid, qual carapuça... para o português veraneante não há bicharoco que ataque um luso banhista. orreria asfixiado pelo calor tórrido ou pela água gelada.
A meio da tarde tive de ir a Lisboa e regressar à outra margem. Às 17 horas a fila para passar a Ponte no sentido Norte-Sul principiava em Sete-Rios.
Nem consigo imaginar como terá sido, ao fim do dia, para sair das praias... e regressar a casa.
No início do ano 2020 começou-se a falar amiúde de uma tal de gripe oriunda na China. Alguns estudiosos cedo perceberam que o virus comummente denominado Covid19 parecia ser altamente contangioso.
Não é necessário dizer mais nada, pois não? Raras são as pessoas que ainda não apanharam qualquer uma das versões da dita gripe.
Esta entróito é apenas o caminho para vos fazer chegar ao tema que aqui trago hoje e que tem a ver com televisão portuguesa. Raramente ligo o pequeno ecran para ver notícias, Todavia como não vivo sozinho há quem se interesse por saber o que de mau vai no Mundo o que me quase obriga a assistir a diversos jornais. Mas o que achei interessante é que desde 2020 até ao dia 24 de Fevereiro deste ano todos os canais dedicavam longuíssimos minutos à pandemia, mostrando números de infectados e mortos, hospitais a abarrotar de doentes, o caos imperfeito na saúde.
Durante dois anos martelaram incessatemente os telespectadores com as mesmas notícias. Levadas até à exaustão.
Só que a 24 de Fevereiro um tal de Putin achou que haveria coisas mais interessantes e iniciou um conflito bélico com a Ucrânia que ainda hoje perdura. Eis então as televisões a deixarem o covid muito descansadinho a matar doentes, para apontarem agora as suas câmaras para o conflito bélico no extremo europeu!
Quase cinco meses decorridos ainda há muita informação sobre a Guerra, mas o que interessa agora são os incêndios. Devastadores e incontroláveis!
Só que estranho que todos os canais tenham a mesmíssima agenda noticiosa, com os mesmos tempos e às mesmas horas, como tudo fizesse parte de um acordo prévio entre as diversas direcções de informação dos diferentes canais.
Até os intervalos são ao mesmo tempo. Mas isso percebe-se!
Entretanto hoje uma dos canais (não sei qual) apresentou uma reportagem sobre as colecções de carros de luxo de diversos jogadores de futebol.
Fica a pergunta: o que interessa esta informação ao povo?
Portanto entre um covid, uma guerra ou um incêndio há sempre espaço para um carrinho de luxo para saborear ao almoço!
Passaram mais de dois anos desde que andai pela última vez de Metropolitano em Lisboa. Teria de recuar a Maio de 2020.
Tirando o facto das pessoas no Metro andarem de máscara colocadas diria que tudo se mantém como antigamente. Nada mudou...
Mas teria forçosamente de mudar? Perguntar-me-ão alguns de vocês que lêem isto. Não sei de deveria mudar alguma coisa pois quem poderá responder à questão são os utilizadores permanentes deste meio de transporte.
Voltando à minha viagem, fiquei a saber que o meu instinto de orientação continua intacto, não obstante na estação de Campo-Grande surgir uma breve dúvida sobre que linha teria de apanhar. Que rapidamente percebi.
O Metropolitano continua a ser o meio de transporte mais rápido para atravessar a cidade de Lisboa.
Ontem regressaram os almoços de antigos colegas de trabalho.
Após dois anos de ausência eis que nos encontrámos, mais uma vez, decorrido que foi este longuíssimo tempo. Mais velhos, obviamente, mas ainda assim com bom aspecto tendo em consideração a idade da maioria (quase todos são mais velhor que eu!). Senhoras incluídas!
Retirando dois casos está tudo reformado, vivendo os dias naquela aposentada calma que se deseja e merece. Pois... mas eu nada referi sobre os meus preenchidos dias. Para quê? Provavelmente nem acreditariam.
Mas o que melhor me soube deste repasto foi ter almoçado nas calmas sem aquele stress de quem tem horários a cumprir, algo impensável enquanto elemento activo.
Combinou-se entre todos novos almoços, falta agora marcar o dia e o local!
Termino dizendo que todos tinham máscaras. Não vá o Diabo tecê-las!
Soube esta manhã que o caldense João Almeida não partiu com o pelotão para a etapa de hoje por estar infectado com Covid.
Durante as últimas semanas tenho ficado pregado ao canal da Eurosport para seguir em directo o sobe e desce do Giro transalpino que curiosamente começou... na Hungria!
Obviamente que continuarei a seguir a corrida até porque gosto muito de ciclismo, mas esta prova, agora sem o chefe de fila da equipa Emirates, deixou naturalmente de ser gira. Aquela postura quase sombria de João Almeida mas que o colocara na quarta posição da Geral individual foi um exemplo que não é usual ver.
Sei que há mais dois portugueses e da mesma equipa do homem de A-dos-Francos em prova, mas nunca será a mesma coisa.