Hoje foi dia de escrita. Uma escrita feita a duas mãos muito dura e pesada. Pelo que sei ainda não há computador que tenha esta caligrafia, nem mesmo com a ajuda da IA.
As canetas foram estas,
E a escrita foi esta.
Aqui não surgem todas, mas posso afiançar que esta manhã escrevi na terra molhada, devida à chuva da noite, cerca de meio cento de couves do tipo "Pão de Açúcar", uma dúzia de couves galegas e mais uma dúzia de couves "pak choi" que dizem ser umas couves espectaculares e que é, para mim, uma estreia.
Ainda há mais um pedaço de terra para ser arranjado, mas os tomateiros estão ainda carregados de tomates... Portanto temos de aguardar.
Estas canetas são quase todas diferentes. Umas com um aparo simples, outras com dois e até com três. Umas pequenas, outras maiores.
Todas para a mesma função: escrever vida na terra.
PS - ando a pensar em comprar uma moto-cultivadora, pois a idade não perdoa! Não sei é se valerá o investimento!
Amanhã de tarde partirei para Castelo Branco para Sábado dar início à segunda parte da campanha da azeitona deste ano.
Se a primeira deu 1891 quilos de azeitona transformada em 224 litros de azeite eis chegada a hora de colher a azeitona beirã. Que este ano será naturalmente muito menos que noutros anos já que muitas oliveiras foram podadas e as que não foram receberam algumas cargas de água (especialmente granizo) quando estavam em flor dizimando o que poderia ser uma boa colheita.
Entretanto e percebendo que a chuva está para aparecer (só podia comigo à azeitona!!!) fez-se esta manhã uma espécie de monda manual às couves da minha horta. Há entre elas uma diferença de mais de um mês e isso nota-se no crescimento de umas e outras.
Das mais crescidas já apanhei algumas folhas para a sopa. Todavia falta-lhes algo essencial para se tornarem macias e apetitosas. Falo certamente do frio... com a respectiva geada.
Só mais uma coisa: as lagartas estão delirantes com esta plantação, Só espero e desejo que os melros façam a parte deles!
Estava-se no auge do Verão quando principiei as culturas de Inverno. Não obstante ser Estio as temperaturas não estavam por aqui realce-se muito elevadas e assim arrisquei a minha primeira plantação de couves Penca de Chaves (as especiais para a Ceia de Natal).
Como se pode ver na fotografia infra as primeiras duas dúzias de pés foram dispostas a 24 de Agosto, jamais imaginando que Setembro trouxesse calor e mais calor!
Muita rega, mas como a água da torneira é assaz diferente da água que cai do céu as couves pegaram é certo (perdeu-se apenas uma!) mas cresceram devagar... Tão devagar que quase duvidada de mim mesmo quanto à rega.
Decorreu Setembro e entrámos finalmente na estação de Outono. Uma estação que gosto muito especialmente pelas cores castanhas e alaranjadas próprias desta época.
Felizmente com a novel estação chegou também um pouco de chuva. Nada de muito forte mas ainda assim suficiente para ir borrifando as couvitas.
Um mês depois das primeiras plantei mais uma mão delas como referi neste postal.
Entretanto por aqui a chuva tem caído lentamente como se não quisesse magoar as minhas couves. Mas verdade seja dita é que nos últimas dias as primeiras deram um pulo no seu desenvolvimento. De tal forma que a lagarta já principiou a atacar. Mas neste momento estáo assim.
Não tarda nada estou a ferra-lhes o dente. Ai estou estou!
Por aqui principiou finalmente a chover por volta das 16 horas. Desde manhã que o céu vestira aquela roupagem cinza à base de novelos de nuvens pesadas que a qualquer momento pareciam querer desfazer-se em água.
Em vão aguardei por uns pingos e acabei por ir regar as novas couves plantadas na manhã de ontem. Entretanto fui à minha vida e após um almoço de arroz de pescada com camarão que estava divinal, percebi que iniciara a chover.
Primeiro de forma tímida e logo ali pensei que as nuvens haviam prometido muito, mas oferecido pouco. Porém enganei-me e está a chover de forma regular há quatro horas.
A janela da minha cozinha dá para a pequena horta e já quase noite olhei com gosto as minhas couves. Algumas já com semanas, outras recentes.
Até que, de repente, olhei para uma delas ali plantada e a receber toda aquela abençoada água e não é que percebi (ou será que imaginei?) que se ria para mim?
Estranho fenómeno que só acontece a quem vive em permanente fantasia!
Li que esta semana irá chover. Mais para o Norte e menos cá para baixo. Todavia e seguindo a ideia de alguém que sempre vai dizendo "mais vale um litro de água da chuva que dez da torneira", pedi ajuda a um dos meus infantes e ele fez os regos (por sinal enormes, nomeadamente em profundidade) e eu acabei por plantar mais três dúzias de couves do género "penca de Chaves" para serem colhidas por altura do Natal.
Um trabalho que durou toda a manhã, pois acrescentei duas dúzias de acelgas que plantei em local diferente.
Finalmente estão plantadas as minhas couves e desejosas que venha a chuva benfazeja (eu também!). No entanto foram logo regadas e amanhã de manhã, se não chover entretanto, levam novo banho.
Pois não estou a falar de nenhuma intempérie, mas somente do que aconteceu ontem com a minha cirurgia.
Deste modo no sábado passado cavei a terra com a ajuda do meu varão mais velho, fiz os regos e no Domingo ao fim da tarde acabei a tarefa de plantar duas dúzias de couves portuguesas
e mais umas couves galegas e bacalãs (uma espécie de coração de boi)!
Por agora parecem todas iguais, mas daqui a uns tempos notar-se-á a diferença. Por enquanto regadas à torneira. Mas aguardo que a chuva faça a parte dela. Ou diria alguém que conheço bem: vale mais um litro de água da chuva que cinco da companhia.
A experiência de anos anteriores obriga-me a concordar.
Há quem, por esta altura, já tenha plantado as suas primeiras couves para o Inverno. O nome delas varia: há quem lhes chame couve branca, mas há também as Pencas de Chaves, as tronchudas e até imaginem as Pão de Açúcar!
Portanto amanhã será dia de principiar a cavar os terrenos livres, preparando-os para receber os novos pés de couve.
Com o calor que tem havido imagino que amanhã a caneta de dois aparos irá gemer. Ela e eu. Mas todos os anos a coisa repete-se mais ou menos por esta altura... (diria que este ano é mais cedo do que é usual).
Pois é... ainda decorre Agosto e já estaremos a pensar no que comer na próxima ceia de Natal! Mas sinceramente se não for assim quando chegar à altura das festas não há verdura alguma à mesa.
Levantei-me cedo para ir à feira comprar couves. Quando lá cheguei havia uma fila com mais de 20 pessoas à minha frente.
Chegou a minha vez e comprei três dúzias de "Penca de Chaves" e outras três de "Pão de Açúcar", uma dúzia de couve galega e outra de brócolos.
Ora a terra estava ainda por cavar. Portanto peguei numa "caneta" de dois aparos e bora lá revolver o chão. Porém de vez em quando caía uma gravanada de chuva e eu tinha de me recolher. Mas teimei, teimei, teimei...
Ao fim do dia e após muitas horas de trabalho eis o resultado.
A foto supra respeita à couves "Pão de Açúcar" e a de baixo às conhecidas e saborosas (assim espero) "Pencas de Chaves":
Hoje por aqui choveu! Não muito, todavia suficiente para entrar na terra e torná-la mais fresca e mais capaz de ser,,, cavada.
Amanhã irei à feira aqui perto para comprar meio cento de couves "pencas de Chaves" ou "Pão de Açúcar" de forma a preencher o quintal. O tempo anda fresco e mais ou menos chuvoso o que agrada sempre às novas plantações.
Todos os anos por esta altura se repete este fado... Para depois na noite de consoada se perceber realmente o resultado de tanta azáfama.
Estranho este Setembro tão dado ao mau tempo (ou será bom?)! Ou melhor... já não estou habituado a intempéries nesta altura do ano. Não é que me incomode, bem pelo contrário, mas que é estranho isso é!
Portanto o dia de Domingo será com certeza entregue à agricultura... caseira! Pode não ser muita, mas é importante para mim já que gosto de ver as couves tomarem forma e tamanho.
Com a cachopita a nosso cargo é obviamente impossível entrarmos na fase de fazer os doces e preparar a consoada com normal antecedência.
Deste modo será hoje a partir da hora do almoço que vamos, literalmente, meter as mãos na massa.
Primeiro as filhós à moda da aldeia Beirã (são boas para diabéticos já que quase nem levam açúcar!) amassadas e tendidas pelas senhoras, mas fritas por mim. Depois será a tarte de amêndoa, mousse de chocolate, cubos de chocolate, pudim de ovos, farófias, rabanadas, bolo de bolacha, bolo imperial, bolo de ananás.
Tudo feito aqui em casa.
E ainda se encomendou: uma lampreia de ovos, castanhas de ovo e umas trouxas da Malveira. Ah faltou falar do molotov que também será feito cá em casa.
Para a consoada teremos o polvo cozido, o bacalhau e um galo enooooooooooooorme. Tudo acompanhado por couves cá do quintal.
Algumas destas já foram distribuídas pela família e amigos. Mas não obstante estarem no meio da cidade não se baixam em qualidade às que trouxe da Beira Baixa.