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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Contabilidade!

Todos temos nas nossas vidas créditos e débitos à espera de serem recebidos ou pagos. Esta contabilidade que falo não se refere a valores pecuniários, que esses, já se sabe, são cobrados de forma rigorosa. Ou não!

A verdade é que esta espécie de escrituração contabilística a que me referi pode durar a vida toda e poderemos nunca ter necessidade de receber alguns dos créditos ou pagar outras dívidas. Serão as vicissitudes da vida que nos farão socorrer desta enviezada contabilidade.

Sendo assim repito todos temos aquele pequeno ou grande favor a pagar ou a receber.

É com base nesta quase filosofia social que assenta grande parte da corrupção. Seja nas finanças, num hospital, numa edilidade há sempre alguém a quem lançamos a escada para nos socorrer. Ou quando somos nós a pertencermos a algumas dessas oo doutras entidades, é a nós que vêm cobrar aquele favor feito há um ror de anos.

Assim é o início do esquema, para depois vir a restante e mais elevada troca ou paga de favores.

Da minha vida lembro-me de uma vez usar o conhecimento que tinha numa Repartição de Finanças para que esta emitisse uma ordem de pagamente do Imposto de siza para poder comprar o terreno onde construí a minha casa e sem o dito pagamento não poderia fazer a escritura.

Não sou melhor nem pior que os outros. Infelizmente tenho poucos ou nenhuns créditos sobre alguém, mas em compensação devo alguns favores. Mss ninguém a quem devo está já no activo!

Valha-me isso!

A morte de Pinto da Costa

A morte de alguém nunca será uma boa notícia.

Por isso o falecimento de Jorge Nuno Pinto da Costa é triste. Mas apenas como ser humano porque quanto ao perfil moral deste senhor já deixo as minha dúvidas quanto à tristeza e mágoa.

Quem vive neste país futeboleiro sabe ou tem consciência do que foi o longo reinado do antigo Presidente do FCPorto, plasmado em mais de 40 anos.

Muito do que hoje se vive nos estádios de futebol, especialmente no que se diz às (más) arbitragens e demais influências nasceu daquela personagem, que dominou o futebol português a seu bel-prazer. Sempre em benefício de uma causa única: o Futebol Clube do Porto.

E nem sob a ameaça do Apito Dourado PdC sentiu qualquer temor. Diria que até tinha prazer em ser o centro das atenções pelos piores motivos. Muitos o defenderam, poucos o atacaram porque tinham medo da troupe com que o agora defunto se rodeava.

Usou e abusou do seu poder perante muitos políticos. Recordo que apenas um Presidente da Câmara do Porto fez frente a Pinto da Costa. Chama-se Rui Rio e sinto que muito do seu insucesso político poderá ter derivado dessa bravata.

Enfim a história do FCPorto irá normalmente enaltecê-lo, mas a estória do futebol português não terá nada para lhe agradecer já que nada fez de bom pela seriedade desta actividade desportiva. Bem pelo contrário.

Enfim, paz à sua alma e se foi católico irá ter muuuuuuuuitos pecados para expiar esteja lá onde estiver!

Do MP ninguém está livre!

Dizia a sabedoria popular há uns anos que "no hospital e na prisão todos temos uma tarimba"! Traduzindo para miúdos esta frase corresponde à ideia de que ninguém está livre de ter problemas com a justiça e com a saúde.

Actualmente estará um tanto desactualizada porque a palavra prisão deveria ser substituída por uma mais fácil e que se traduz em apenas duas letrinhas, a saber: MP.

Deste modo a frase passaria a dizer: "no hospital e no MP todos temos uma tarimba". E isto se for num hospital privado porque se for público também se arrisca a ficar na rua!

Olvidando esta brincadeira a verdade é que todos os dias surgem notícias sobre mais investigações por parte dessa entidade devoradora a que se dá o pomposo nome de Ministério Público!

Quase todos os portugueses têm consciência que a corrupção e o tráfico de influências comem connosco à mesa. Tal como se concorda que os prevaricadores, neste e noutros capítulos, sejam apanhados, entregues à justiça e paguem pelos seus delitos, tal como eu pago as multas por excesso de velocidade.

Porém sinto que começa a haver uma certa banalização de casos. Buscas e mais buscas, pessoas detidas para interrogatório, arguidos presentes a juizes, enfim um manancial de situações que  muito alegram televisões, rádios e jornais.

Para depois todos saírem em liberdade,  provavelmente alguns sem culpa formada, mas com o prestígio da sua vida pessoal a roçar as "ruas da amargura"!

No entanto o mais estranho é que poucos serão levados a julgamento. Não sei se por falta evidente de provas ou porque a investigação não decorreu como deveria ser! Recordo a este propósito o caso hiper badalado "Apito Dourado" onde algumas chamadas relevantes e de cariz probatória não foram consideradas, por as escutas não terem sido superiormente validadas, o que originou no arquivamento do processo!

Posto isto termino então esta comunicação com um singelo aviso: se deixar de aparecer por aqui é porque fui apanhado pelo tal MP. Sem saber se alguma vez regressarei!

Filosofia à portuguesa!

Em Portugal a corrupção é assim como o nosso Vinho do Porto: pode-se não beber, mas está ali sempre à mão para uma eventualidade.

Ouso mesmo acrescentar que quase todos os portugueses já deitaram mão dessa garrafa, seja por necessidade premente ou por mero ensejo de chegar mais longe.

Não falo obviamente daquela grande corrupção que envolve políticos, empresários e demais DDD, mas somente daquele favorzito que se pede ao senhor presidente da Junta prometendo votar nele nas próximas elelições ou um simples pedido de emprego como servente lá na empresa por troca daquele presunto e da garrafa de vinho especial!

Começa-se sempre por baixo, onde a corrupção quase nem se nota, ou se se nota ninguém liga, porque "hoje és tu, amanhã serei eu"! Mas a coisa tende a crescer... em pesos e envolvidos. Da Junta de Freguesia passa ao Presidente da Câmara e deste a um adjunto de alguém conhecido. E a partir daqui... será sempre a escalar!

A corrupção vive tatuada na génese lusa... E há-de ficar para sempre! Porque está intimamente ligada àquela filosofia "tão nossa" do desenrascanço, que assenta na conhecida ideia: não importa como se resolve a situação... o que conta é que fique solucionada!

Portanto não vale a pena preocuparmo-nos com o que irá acontecer daqui para a frente em termos políticos, porque saindo estes, logo entram outros com a mesma filosofia!

Sempre foi assim e sempre será!

Bombas de hidrogénio... e lítio!

Rebentaram as bombas!

Muitas serão, provavelmente, as vítimas políticas destas explosões.

Em primeiro lugar o já demissionário Primeiro-Ministro, Doutor António Costa! Depois João Galamba e nem será necessário dizer porquê! O próprio Presidente da República, que em 2017 quase demitiu em directo uma Ministra, após os trágicos incêndios desse ano, não o conseguindo fazer com o actual Ministro das Infraestruturas e finalmente o Partido Socialista que ficará sem líder durante algum tempo.

Uma travessia no deserto que muitos partidos têm sofrido!

Esta situação não é nova! Já em 2011 José Sócrates havia colocado o seu lugar à disposição de Cavaco Silva cabendo agora, ao mais alto magistrado da Nação, decidir qual será o melhor caminho para Portugal.

O Professor Marcelo tem diversas opções para resolver esta crise, sendo que a aprovação do OGE para 2024 poderá criar alguns problemas e engulhos às soluções.

Todavia há muito que se esperava esta implosão governamental! Os sucessivos casos políticos não auguravam nada de bom!

Agora temos o futuro! E é este que me preocupa! Definitivamente!

Se o Presidente optar por dissolver a AR e convocar eleições acredito que a Direita saia reforçada no próximo acto eleitoral, atirando a esquerda para um secundarismo muito perigoso.

No entanto se tal acontecer e a esquerda perder a força que tem actualmente na AR, não culpem a Direita (e muito menos Pedro Passos Coelho!!!) do estado a que chegou o país político. Mais... arrisco mesmo a dizer que tudo isto terá começado (e mal) com a tal de "geringonça".

Repare-se no exemplo da TAP que deixou de ser um "parceiro estratégico para o país", como era em 2020, aquando da forçada nacionalização a pedido dos partidos da geringonça (PCP/BE/PS) para se tornar descartável e (mal) vendável em 2023! E já nem falo do novo aeroporto de Lisboa.

São estas e outras contradições que atiraram este governo para o charco político! Um charco podre, mas onde muita gente meteu as mãos!

E sujou-se!

Um país (obviamente) perdido!

Daqui a ano e meio comemorar-se-á meio século de... democracia. Já a tanta distância a falar disso? Perguntar-me-ão.

Bom diria que com o que estamos a assistir diariamente a tal democracia nascida em 74 tem sido a capa legal para todo o tipo de negócios e negociatas envolvendo empresários, políticos, autarcas e demais cidadãos.

Sinceramente a culpa não é totalmente daqueles que ganham dinheiro, fama e acima de tudo poder, à custa das trocas de influências, mas em grande parte de um povo que continua apático, amorfo, insonsso no que a este tipo de gente diz respeito.

Tivéssemos todos nós a bravura de outros povos e provavelmente muitos que agora aparecem envolvidos, mais aqueles que nunca ficaremos a conhecer, jamais ganhariam o que ganharam.

Recordo a este propósito uma conversa que escutei entre dois empresários há mais de 40 anos. Estávamos em vésperas de eleições legislativas e um deles perguntou ao outro, em tom de brincadeira, em quem iria votar. O interpelado foi célere na resposta dizendo que iria votar no PS porque com este partido a corrupção era muito mais barata. Estávamos em 1980!

Pergunta: mudou alguma coisa desde lá?

Continuamos tão brandos como sempre e somos cada vez mais incapazes de dar a este país uma sociedade realmente justa e evoluída! Como nos foi (e ainda nos é!!!) prometida!

Volto às comemorações que daqui a pouco mais de um ano se realizarão. Elogiar-se-á nessa altura a conquista da democracia, da liberdade ou da justiça em Portugal. Discursos que só servirão para continuar a enganar o povo luso, sempre tão crente nas bonitas palavras.

Pois é... na realidade sabemos que isso da verdadeira democracia só existe nos países onde os políticos reconhecem nos eleitores, que democraticamente os elegeram, dignidade e razão. Dois chavões fantásticos, mas que em Portugal são apenas sinónimos de... fantasia linguística!

Algumas considerações...

Acho estranho que venham profissionais de saúde para Portugal, quando há portugueses naquela área a sairem do país!

Admira-me que as sucessões de casos de vacinações indevidas surjam a toda a hora e não oiço uma palavra do PM nem do PR;

Parece que os deputados têm mais direitos que a maioria dos portugueses;

Desde sábado passado, data em que soubemos que havia infectados em casa, o meu telmóvel não pára de tocar: autoridade sanitária concelhia, comissão de saúde, delegado de saúde, um sem número de meninas a dizer que vão enviar um inquérito. Tanta gente supostamente preocupada connosco e ninguém nos diz se deveremos ou não repetir os testes;

A burocracia lusa a ganhar aos médicos e enfermeiros.

Provavelmente seria necessário importar mais gestores da Alemanha e menos médicos!

 

Um Rei… só!

Humildemente reconheço que nunca pensei na questão de ser republicano ou ser monárquico. Realmente jamais foi uma preocupação premente até porque sempre vivi numa República.

Trabalhei com alguns defensores da causa monárquica que sempre me pareceram gente de bem e sensata. Defendiam naturalmente a existência de um rei em vez de um PR eleito, algo que não me parece impensável em Portugal, desde que a restante democracia parlamentar funcionasse de forma livre.

Depois olho para alguns países europeus que são monarquias e vejo-os sempre na linha da frente do desenvolvimento, o que quererá significar também alguma coisa. Digo eu!

Entretanto aqui ao lado, no país vizinho o Rei emérito Juan Carlos parece que se eclipsou após a descoberta de recebimentos indevidos de um monarca saudita no valor de 100 milhões de dólares. Nada que muitos políticos republicanos não tenham feito já e que continuam a fazer.

Todavia percebo a tristeza de alguns defensores da causa monárquica. Ainda por cima por um Rei e não um súbdito… Se acrescentarmos a este caso as estórias envolvendo saias, fico com a sensação que a causa monárquica não conviverá bem com esta situação.

Entretanto já se pretende a queda do actual Rei Filipe VI como se ele fosse culpado dos actos irresponsáveis do pai. Nem imagino como se sentirá o monarca Castelhano com a catadupa de notícias sobre a Casa Real.

Provavelmente só!

Sem papas na língua

Escutei hoje a entrevista que Manuela Moura Guedes deu, um destes dias, a um canal de televisão. A antiga deputada do CDS denunciou publicamente muitos casos, que estava a investigar, enquanto jornalista de investigação.

A forma como MMG foi corrida do canal televisivo pareceu-me demasiado grave para ser verdade.

Umas das declarações que mais me chocou teve a ver com a questão da justiça portuguesa e de como esta esteve refém do Governo de José Sócrates.

Segundo MMG, tanto o procurador-geral da República da altura, o Doutor Pinto Monteiro, como a procuradora Cândida Almeida pouco fizeram no célebre caso "Freeport", que envolvia directamente na altura o PM, aquando da sua função como ministro com a pasta do ambiente.

Mas a antiga "pivot" do canal de Queluz não ficou por aqui e lançou diversos ataques, essencialmente à classe política pela forma como esta não deseja alterações à actual lei eleitoral.

Assertiva e sem papas na língua MMG foi igual a si própria e disparou para diversos alvos. Nomeadamente falou dos contractos do Estado com entidades privadas (PPP's, Portucale, Submarinos...).

Verdade ou mentira certo é que ninguém veio a terreiro desmenti-la.

O que me parece sintomático!

Um País pob/dre

Neste país chegámos a um ponto de não retorno.

Percebe-se que cada vez mais a política é um terreno deveras pantanoso onde evolui gente sem carácter e sem escrúpulos.

Os sucessivos casos que têm vindo a lume deixam-me triste. Muito triste mesmo. Não foi, com certeza, para isto que a democracia foi implementada em Portugal após o 25 de Abril.

Somos hoje um povo recheado de pequenas e grandes invejas, venenosas hipocrisias, sem méritos e sem estratégias. Vamos por isso dirigindo este “navio” ao sabor das ondas alteradas ou do mar chão, mas sempre com terra à vista, já que ninguém gosta de avançar para propostas mais desafiantes. Há muito receio de errar…

Talvez por isso:

- Tivemos um primeiro-ministro com demasiados interesses na Banca;

- Outro que mentiu descaradamente ao País fazendo-se passar por aquilo que não era;

- Tivemos um PR que criou uma Fundação que ninguém percebe para que serve;

- Existiu um Banco que alimentou governos e partidos;

- Governantes que foram para empresas privadas ganhar a vida;

- Outros foram somente à bola, com bilhetes à borla;

- Ministros com licenciaturas, no mínimo, muito duvidosas;

- Deputados a receberem dinheiro a mais, por viagens a menos;

- Autarcas reféns de empresários locais;

Por fim há o povo, que segundo as últimas tendências, um quarto deste está perto do limiar da pobreza. Para outros se passearem gordos e anafados.

A sociedade lusa está podre e pobre.

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