Porque é sempre importante invocar o passado para perceber o nosso futuro reconheço que aquele terá sido um dos dias mais importantes da minha vida. Como homem de trabalho, pai de dois filhos, avô de duas netas, mas acima de tudo como autor (longe de mim entitular-me cimo escritor!!!).
Felizmente não estive sozinho nesta aventura. Recordo que a sala estava cheia, como relembro a emoção que foi conhecer tanta gente boa e que comigo partilharam e ainda partilham o gosto pela escrita.
Falo obviamente da:
- Isabel mãe real do desafio dos contos de Natal na blogosfera;
- Olga a fantástica criadora da capa (que coisa maravilhosa!!);
- Cristina uma esplêndida contadora de estórias que mereciam mais visibilidade;
- Isa a simpatia e óptima escrita em forma de pessoa;
- Manuel um escritor que sabe o que escreve (e se escreve bem!);
- Lúcia uma enorme poeta (ai quem dera assim escrever poesia!!!);
- MJP que vindo de longe não quis deixar de estar presente mostrando a sua verdadeira liberdade;
- Casimiro a poesia é sem dúvida o seu verdadeiro luar.
Bom não posso esquecer a simpatia, competência e carinho da consagrada escritora Alice Vieira que a sua presença nos contagiou a todos com a sua boa disposição.
Tive pena que muitos de outros autores não pudessem aparecer, mas haverá certamente novas oportunidades.
Finalmente um dia, meus caros leitores, para nunca mais olvidar!
Como é do conhecimento de muitos de vós a aventura dos Contos de Natal que a Isabel em boa hora lançou em 2019, continua a fazer a sua caminhada para o estrelato (é uma piada)!
Entretanto fui ao passado recente para buscar uns breves apanhados e descobri que este ano ainda estamos muito longe do pretendido em termos de autores e estórias escritas.
Na realidade se este ano surgiram, até agora, mais autores que o ano passado (28 contra 24), isso não corresponde ao número de contos escritos (39 contra 44). Todavia há a alegria de registar mais estreias este ano (12 contra 10).
Todo este relambório estatístico para dizer o quê?
Que os mentores deste projecto (a Isabel, a Olga e eu) tinhamos na ideia, para este ano, um aumento exponencial de autores e contos. Algo que até agora ainda não se verificou. Todavia sei que há, nesta comunidade, muita gente com capacidade e estaleca para se juntar a nós.
Portanto e parafraseando os títulos de uns livros que há uns anos tiveram grande sucesso... 'bora lá escrever um conto de Natal...
Não se preocupem com as datas porque como escreveu o poeta José Carlos Ary dos Santos: o Natal é quando o homem quiser!
Falar do melhor de 2022 é como dizer que a melhor comida do mundo é o "cozido à portuguesa", pois cada um tem os seus gostos, as suas preferências e nada disso supõe que esteja mais certo ou mais errado que os outros.
Por isso não venho opinar sobre o melhor deste ano em termos genéricos, mas unicamente numa visão assaz pessoal!
Assim coloco em pé de igualdade duas situações que me preencheram totalmente:
O livro de "Contos de Natal" de 2022 contou desde a sua génese com a colaboração da jornalista e escritora Alice Vieira. Alguém que dispensa quaisquer apresentações.
Foi-lhe comunicado que a apresentação seria dia 3 de Dezembro, na biblioteca da Ericeira, ao que a escritora respondeu não poder comparecer devido a outra apresentação.
Ora como já referi aqui no dia 3 cheguei um pouco depois da hora marcada. A sala estava quase cheia e logo ali comecei a interagir com alguns bloguers que só conhecia de nome. Até que cheguei a uma senhora de um belo cabelo cinza e com o meu maior desplante, ousei perguntar:
- E a senhora é?
A resposta saiu rápida e sem cerimónia.
- Alice Vieira.
Pimbas, nuns breves nanosegundos fui ao tapete por KO. Todavia e sem demonstrar a atrapalhação que me assolou, recompus-me interiormente e devolvi:
- Se não é a verdadeira é muito parecida.
A resposta veio sonora traduzida numa sã e fresca gargalhada que me deixou deveras feliz.
Durante o resto da manhã tive oportunidade de escutar a Alice numa partilha sincera e muito pessoal que me sensibilizou para mais tarde brincarmos aos autógrafos...
- Assine aqui se fizer favor.
- Agora é a sua vez de assinar o meu!
(Não me recordo qual a ordem ou as palavras, mas foi mais ou menos assim!)
Quando por vezes se diz que os escritores são pessoas demasiado presas à sua intelectualidade, como se vivessem num mundo paralelo, Alice Vieira é um espírito são e aberto, com uma enorme paixão pela escrita.
Uma escritora que adorei conhecer. Uma mulher fantástica que jamais esquecerei. Ela também não se esquecerá de mim. Obviamente por razões bem diferentes!
Quando peguei nesta ideia de reunir textos sobre o Natal para os juntar num só livro nunca imaginei que esta aventura chegasse tão longe.
Depois do primeiro exercício em 2021 que teve um relativo sucesso, a equipa constituída pela Isabel e pela Olga e obviamente por mim, considerou que seria importante dar um passo no sentido de divulgarmos e, acima de tudo, reunirmos o maior número de bloguers num lançamento público e alargado.
Tudo aconteceu de uma maneira fantástica como muitos dos presentes deram fé nos seus espaços e eu próprio também fiz referência.
Não me irei repetir nos agradecimentos pois quase parece a filosofia de "pescada-de-rabo-na boca": ora agradeço eu, ora agradecem os outros.
Mas de uma coisa tenho (quase) a certeza: a blogosfera é um mundo fantástico. Com gente boa, empenhada, séria e amiga. Que se juntaram de forma desinteressada para criarem e lançarem estes dois livros.
A vida continua e há quem continue por aqui, há quem simplesmente desista, mas acreditem foi um prazer enorme ajudar a criar os livros.
Uma alegria tamanha que não sei nem consigo descrever!
Ainda sob os efeitos inebriantes e quase opiáceos do lançamento oficial do nosso livro de Contos de Natal, o Domingo surgiu calmo e sereno, não obstante o frio e alguma chuva que fustigou quem andava na rua.
Os supermercados tinham muito mais gente do que é costume e nem sequer imagino como terá sido nos Centros Comerciais... Depois de umas breves compras para amanhã regressei a casa onde andei numa roda viva com molduras e fotografias. Coisas de avó!
Mas em mim permaneceu uma certa paz interior. Após umas semanas atípicas por causa da publicação do livro, eis por fim um dia mais sereno, mais calmo.
O dia convidava-nos efectivamente ao repouso e ao descanso. Mas quem como eu olha para a escrita como a sua humilde continuação, andei sempre preocupado com aquilo que as pessoas presentes sentiram no dia de ontem.
Pelo que li sinto que foi uma bonita jornada.
A desejar ter mais fins de semana iguais ou semelhantes!
Hoje foi o tal dia. Aquele em que muitos de nós ansiávamos pois não é à toa nem todos os dias que se lança um livro. Mesmo que seja em conjunto com outros escritores.
A belíssima vila da Ericeira foi o local. A biblioteca municipal o palco.
Cheguei atrasado, mas náo fui totalmente culpado. Tive de ir buscar a nossa especialista em plantas MJP do blogue liberdade aos 42 ao expresso que veio de Portimão (esta menina veio de propósito até cá!!!!) e por isso atrasei-me porque o transporte chegou as 10 e 15, mas depois até à Ericeira são umas dezenas de quilómetros. De tal forma que já estava quase toda a gente na sala. A vida é assim mesmo e neste dia tão importante teria de chegar realmente fora de horas. Então eu que detesto atrasos!
Posto isto posso afirmar com muita certeza que nunca um dia me correu tão célere. A apresentação decorreu de forma faaaaaaaaaaaaaaaaaantástica, tendo a presença de diversos autores, para além da anfitriã Isabel do blogue pessoasecoisasdavida (e que extraordinária que ela foi!!!), da nossa competentíssima desenhadora (que lindo ficou o livro!) e escritora Olga do blogue a cor da escrita.
Dos escribas dos Contos de Natal deste ano destacou-se a presença da jornalista e escritora Alice Vieira que não tendo blogue, ainda assim deu o seu maravilhoso contributo no livro através de um conto. Estiveram também presentes:
a Cristina do espaço contos por contar (uma senhora que transpira simpatia e doçuro por todos os poros:
e finalmente o Casimiro do folhas de luar, que não aparecendo ao lançamento juntar-se-ia a todos nós mais tarde num belo repasto no restaurante Gabriel, tendo como vítimas umas fresquíssimas garoupas grelhadas.
Os livros correram de mão em mão para os respectivos e normais autógrafos. Até eu assinei uma série deles. Quem diria que este pobre escritor haveria um dia de pespegar a sua assinatura num livro.
Dificilmente conseguirei descrever com efectiva realidade ou pormenor o que se passou hoje e o que emoções senti neste frágil coração. Uma torrente de alegria...
Finalmente falta agradecer outrossim aos ausentes porque sem eles este livro, quase de certeza, não existiria!
Amanhã se tudo correr bem será um dia especial na vida de alguns.
Finalmente um livro, contendo os Contos de Natal, será formal e publicamente lançado, como foi bem divulgado aqui, aqui e aqui!
Um projecto repleto de calorice (só podia!) e outrossim de amizade, empenho, carinho, ternura e acima de tudo muito empenho. Não só dos organizadores da iniciativa mas principalmente de todos os autores.
Tem sido um enorme privilégio fazer esta caminhada com tanta e boa gente.
Como o evento será somente amanhã, nada melhor que uma música a condizer!
O que parecia ser quase impossível... desencadeou-se!
No próximo Sábado dia 3 de Dezembro, curiosamente um ano depois de surgir o primeiro volume, eis que será lançado, com toda a pompa e circunstância que o evento obriga, o volume 2 dos Contos de Natal!
A ideia de lançar este livro de modo mais oficial ficou a pairar no espírito dos organizadores desde o ano passado, para agora passar a ser uma realidade.
Assim segue infra o Convite formal de uma cor bem natalícia, como não poderia deixar de ser. Se tudo correr a contento lá estarei mais a Isabel (a enormíssima culpada deste projecto) e a competentíssima Olga com os fantásticos desenhos que ilustram a capa e contra capa do livro.
Do ano passado para este ano entraram novos bons autores, sairam outros, mas manteve-se a maioria.
O primeiro livros teve 34 escritores e 51 textos, para os actuais 26 autores e 47 contos. Todavia o livro de 2022 tem uma presença de peso que simpaticamente concordou em colaborar nesta nossa aventura (não divulgo o nome para vos obrigar a ir ao lançamento).
Portanto... apareçam! A Ericeira merece a vossa presença.
Li há muito tempo que "escrever é um acto de profunda solidão"!
Durante anos aceitei esta ideia como imutável e cheia de sentido. É certo que escrevemos quase sempre sozinhos (excepto eu quando estou na Aroeira), mas se entendermos bem, esta solidão só existe de forma temporária, pois assim que alguém pega num texto escrito, a solidão aquando da sua autoria deixa automaticamente de existir! Isto é, quem escreve estará totalmente só se ninguém ler o que escreveu.
Por aqui vou olhando a minha escrita de uma maneira quase simpática. Tem pouco valor o que escrevo pois dificilmente alguém mudaria de maneira de pensar lendo o que escrevi e muito menos alteraria a sua maneira de ser. Todavia não sou um solitário... bem pelo contrário. A interacção que a blogosfera trouxe à escrita tornou-se uma mais valia importante e quase imprescindível! Que nos últimos anos tem, por exemplo, culminado em livro, como por aqui já foi referenciado!
Todavia nada teria sido possível se a tal solidão de quem escreve existisse realmente. Escrevamos apenas um texto ou cinquenta o que fica para a posteridade, para além das mais de duzentas páginas, é o exemplo de coragem, de aventureirismo e acima de tudo de amizade e confiança entre todos os escritores.
O livro com os "Contos de Natal" publicados em 2021 e ora compilados é um exemplo de escrita intemporal e sem quaisquer requisitos, para além do apreço que cada um tem ao esgalhar e publicar os seus textos. Sem julgamentos ou críticas...
Por isso quero convidar todos os que gostam de passar para o papel (ou mesmo para o computador) as suas ideias, principiem a pensar no que escrever sobre o tema "Contos de Natal".
Adoraria ver gente nova a afoitar-se em mais uma aventura, pois a partir do dia 3 de Dezembro começamos já a pensar no próximo livro!