Aproxima-se aquela sexta-feira que muitos anseiam, desejam, esperam e desesperam.
Bom... diria que o marketing teve uma grande ideia já que estes dias negros só servem, essencialmente, para se comprar o que não se necessita, por preços baixos é certo, mas provavelmente sem grande interesse.
Lembro-me a este propósito de uma tira nas Aventuras de Astérix e Obélix!
Aquilo não servia para nada, mas como os outros tinham...
No mesmo sentido não sou apreciador de saldos... Nunca fui. Desconfio mesmo que quem vai aos saldos (salvo algumas raríssimas e honrosas excepções) está a ser mais enganado que numa boutique de alcofa!
Portanto negra, negra ficará a carteira de muitos portugueses na próxima sexta.
A tecnologia é hoje parte integrante da nossa vida. Quase nenhum de nós vive sem um computador, seja ele portátil ou de secretária, sem telemóveis, sem um microndas, enfim sem uma série de equipamentos aos quais nos fomos habituando e sem os quais já nem conseguimos sobreviver... quanto mais viver
Talvez por isso as marcas aproveitem a época de Natal ou de início do ano para colocarem no mercado novos aparelhos, especialmente equipamentos telefónicos ou similares. O consumismo puro e duro a impor as suas regras.
Já nem trago aqui as consolas de jogos que fazem parte de uma outra mole de gente.
Os portugueses não fogem obviamente a este circuito e é vê-los nos cafés ou em almoços a dirimir prós e contras para a escolha na compra deste ou daquele novel telefone. E quase sempre o dinheiro não é a razão principal...
Todavia o que mais me espanta é que a maioria das competências dos equipamentos telefónicos não são nem nunca serão usadas. Ou porque os utilizadores não têm real necessidade ou porque nem sabem das possibilidades dos novos periféricos.
Ora se assim é porquê adquiri-los? Porque um novo telemóvel ou um recentíssimo "tablet" dá um certo estatuto. Provavelmente após a sua aquisição não haverá dinheiro para comer uma refeição decente. Mas isso a quem interessa saber?